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Jogamos "Pro Evolution Soccer 2013": aprenda os novos dribles do game

Théo Azevedo

do UOL, em São Paulo

30/05/2012 09h01

No início de maio a Konami reuniu a imprensa, estrangeira e nacional, para mostrar pela primeira vez “Pro Evolution Soccer 2013”. E, quem diria, a cidade escolhida para a première foi São Paulo.

UOL Jogos esteve no evento e, terminado o embargo, explica quais são as novidades do jogo. Além disso, os editores Théo Azevedo e Claudio Prandoni jogaram algumas partidas entre Real Madri e Flamengo, e dizem o que acharam da peleja. Para completar, ensinamos como fazer os novos dribles e movimentos de “PES 2013”. Confira:


Ter um bom domínio de bola é fundamental e "Pro Evolution Soccer 2013" expande opções ao permitir, após um lançamento pelo alto, amortecer a pelota e controlá-la instantaneamente.

Para tanto, é preciso apertar o R2 no momento exato.


Feito inédito na franquia, o controle manual total do passe e do chute requer aprendizado - curva esta que pode ser longa, conforme a proficiência do jogador.

Uma vez dominada a técnica, torna-se possível determinar altura e direção do chute e do passe, um diferencial estratégico e tanto. Para completar o famoso “um-dois” agora permite controlar totalmente o atleta que vai receber a bola.


Sim, as fintas sempre estiveram presentes na série, mas em "PES 2013" a Konami parece determinada a fazer dos dribles não somente uma firula, mas parte decisiva do jogo.

Tanto é que o ritmo de jogo está mais lento em relação aos jogos anteriores, para que o jogador tenha tempo para tomar a melhor decisão. É o botão R2 que permite variar o estilo dos dribles.


Diante das mudanças nos dribles, passes e chutes, para equilibrar o jogo os zagueiros possuem um novo repertório de movimentos: pressionar o R2 e o X atrasa o ataque adversário, enquanto dois toques no X, feitos no timing correto, desarmam o oponente - ou fazem falta, variando conforme a precisão do jogador.

Quanto aos goleiros, "PES 2013" introduz uma barra de força na reposição de bola, dando mais autonomia na hora de criar oportunidades especialmente para contra-ataque.

Testamos “Pro Evolution Soccer 2013”

Sabe como é, início de temporada é sempre complicado: no caso de um novo “PES”, leva tempo até se habituar às novas “features” e, por fim, colocá-las em perspectiva em relação à versão anterior. Após jogar uma meia dúzia de partidas de “Pro Evolution Soccer 2013”, o que posso dizer é que foi um início muito mais animador se comparado a “PES 2012”.

PLAYER ID

A Konami escolheu cerca de 50 craques da bola para recriar com fidelidade em “PES 2013” – o jeito de correr, dominar a bola, chutar e até comemorar golaços. Conheça alguns dos craques que serão “transplantados” para o jogo:
CasillasNeymar
C. RonaldoMessi
KakáRobben
IniestaXavi
TerryPuyol
Ribéry

O que se nota, logo de cara, é que o ritmo de jogo está mais devagar. Faz sentido: com as novas alternativas para driblar, chutar e tocar a bola, são milissegundos bem-vindos, que ajudam a (tentar) tomar a melhor decisão e conseguir executá-la a contento.

Se as inovações de “PES 2013” se espelham no concorrente “FIFA” – e, na minha opinião, a reposta é sim -, esta é uma discussão para o final do ano. O que é certo é que o jogo está mais complexo e, sobretudo, há um esforço para dar aos dribles e às opções manuais de passe e chute uma utilidade mais prática no contexto das partidas – e não algo meramente cosmético.

Por outro lado, a Konami alega ter melhorado a inteligência artificial do goleiro, hipótese esta que foi por água abaixo logo no primeiro gol que marquei no Claudio Prandoni, após uma saída bizarra do goleiro Felipe, do Flamengo. Tem que ver isso aí, Konami.

Além disso, os gráficos estavam bastante... humildes, por assim dizer. Mas vamos descontar pelo fato de se tratar de uma versão em construção.

No final das contas, “Pro Evolution Soccer 2013” conseguiu me deixar animado como há muito tempo eu não ficava com a série. Vejamos se em 1º de novembro, quando o jogo chegar às lojas, todas as promessas serão cumpridas.

- Théo Azevedo, editor do UOL Jogos

Outra opinião

"PES 2013" ficou mais lento para ficar estratégico e, de quebra, ganhou golpes especiais. Nada ao estilo Hadouken ou Fatality, mas sim dribles eficientes, que funcionam de verdade - e não apenas firulas visuais.

Agora, aplicar um drible da vaca ou um chapéu não é mais apenas um requinte técnico para tirar um sarro do adversário, mas sim um precioso recurso em campo se usado nos momentos certos.

Os sistemas de chutes e passes manuais, de fato, ecoam características de "FIFA", mas são adições muito bem vindas.

Por um lado os controles empolgam bastante, mas os gráficos ainda ficam devendo melhorias mais radicais. Por mais que o visual dos atletas seja melhor que em "FIFA", a movimentação ainda é muito robótica e falta personalidade aos estádios.

O game se propõe a recriar a Copa Libertadores, mas falta a algazarra dos estádios, o papel picado caindo pelo campo, os fogos de artifício saindo da torcida e a fumaça espalhando pelo gramado. Pequenos detalhes, é verdade, mas que podem ser toda a diferença entre um ótimo jogo e o melhor jogo de futebol no mercado.

A inteligência artificial falha não é exclusividade dos goleiros: por mais que tenha melhorado, a defesa ainda bate cabeça. Em contrapartida, deu para ver que os companheiros de ataque fizeram a lição de casa, buscando espaços para oferecer opções de jogada.

- Claudio Prandoni, editor-assistente do UOL Jogos

ASSISTA AO TRAILER DE "PES 2013"

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BASTIDORES DA PELOTA VIRTUAL

Anibal Vera, gerente da Konami no Brasil, revelou que “PES 2012” já vendeu cerca de 500 mil unidades por estas bandas, o que coloca o país em pé de igualdade com o México em relação à popularidade da franquia. “Ter Silvio Luiz e Mauro Beting como narrador e comentarista criou um valor enorme para a série”, disse o executivo, que também destacou a aparição de Neymar na capa. O número leva em conta apenas revendas oficiais. Para “PES 2013”, o crescimento esperado é de 45% em relação ao anterior.
Seja em “PES” ou em “FIFA”, você já encontra praticamente de tudo, da Libertadores a multiplayer de 11 contra 11. Qual seria a próxima barreira a ser quebrada? UOL Jogos, no melhor clima brainstorm, perguntou aos produtores do jogo o que achavam da ideia de jogar com o juiz. Depois de algum debate em japonês, Naoya Hatsumi e Manorito Hosoda responderam, em tom meio sério, que o “juiz é uma figura sagrada”. Portanto, melhor deixá-lo em seu lugar.
Quem joga “PES” há algum tempo já deve ter notado que a Konami não é lá muito prática ao lidar com a lei da vantagem: em vez de deixar alguns lances seguirem, tal qual acontece no futebol real, a partida é interrompida. Indagados sobre o assunto, os produtores se mostraram surpresos, como se nunca houvessem pensado naquilo antes, e prometeram rever esse aspecto em “Pro Evolution Soccer 2013. Estamos de olho.