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E3 2012: novidades para Live transformam Xbox 360 no "astro da sala de estar"

Théo Azevedo

Do UOL, em Los Angeles

06/06/2012 16h55

Com 40 milhões de assinantes, a Xbox Live extrapolou há muito tempo o conceito básico de “rede online do Xbox 360”: oferecendo serviços de música, filmes e televisão, o serviço vai além do multiplayer e, pelo que foi mostrado na E3 2012, a Microsoft quer definitivamente estabelecer, através da Live, o console como a central de entretenimento da sala de estar.

Quem topa pagar os US$ 60 anuais pela assinatura do pacote Gold da Live tem acesso a conteúdos da Last.fm, Hulu Plus, NHL TV, NBA TV, ESPN e por aí vai - ainda que, no caso da ESPN, nos EUA seja obrigatório pagar também pela assinatura da TV a cabo. "No próximo ano vamos dobrar a quantidade de conteúdo disponível no Xbox", disse Yusuf Mehdi, executivo da Microsoft, fazendo referência a vindouros parceiros como Paramount e Nickelodeon.

E a Microsoft, que não é boba nem nada, vai usar o colosso que é a Live para alavancar o Windows Phone, especialmente através do SmartGlass, recurso revelado durante a E3, que funciona como uma "segunda tela". Ou seja, o usuário pode assistir a um filme em um tablet ou no PC e, quando quiser, "transferi-lo" para a tela da TV. Ou usar diferentes telas para complementar informações de filmes, games etc.

Ainda este ano a Xbox Live ganha o navegador Internet Explorer, permitindo acessar a web pelo videogame – algo que, na verdade, você se pergunta porque não aconteceu antes. E neste caso, com o SmartGlass, o tablet vira uma espécie de teclado, facilitando o uso do IE.

Para os brasileiros, o acesso a tantas novidades ainda é restrito: a Microsoft trabalha para expandir o leque da Xbox Live brasileira, que vai passar a reconhecer o português do Brasil para comandos de voz, além de implementar recursos como Bing e Internet Explorer no idioma local.

Com relação aos serviços que envolvem filmes e música, o gargalo está nos direitos de copyright, que precisam ser negociados em cada país. De qualquer forma, a expectativa é a de que, nos próximos doze meses, a Live brasileira passe a oferecer filmes sob demanda.

Não é que a Microsoft queira, com a Live, transformar o Xbox 360 em um PC: na verdade a ideia é focar no aspecto do entretenimento e extrapolar o conceito de “videogame para jogar”. A julgar pelo número de assinantes, a companhia parece no rumo certo.