Nintendo 3DS XL agrada com telas grandes e botões confortáveis; veja a análise

Desde o bom e velho Game Boy, no início dos anos 90, a Nintendo possui uma tradição estabelecida de lançar diversas revisões de seus videogames portáteis.

Neste mês de agosto foi vez do Nintendo 3DS ganhar sua primeira repaginada, cerca de um ano e meio após o lançamento original. O 3DS XL traz como principal novidade uma par de telas maiores, acompanhadas de outros pequenos detalhes e ajustes.

Para quem ainda não possui um 3DS, mas considerar comprar o console um dia, vale partir direto para a versão XL. Para quem já possui o primeiro aparelho, a migração é altamente recomendada caso você tenha mãos grandes e se incomode com os botões e direcionais apertados.

Fora isso, vale conhecer melhor o 3DS XL e se possível até testá-lo para decidir se vale a pena ou não trocar já seu antigo 3DS pelo novo.

Telão cristalino

O tamanho das novas telas impressiona bastante. Desta vez, a tela superior conta com 4,88 polegadas (12,4 cm) contra 3,53 polegadas (8,6 cm) do 3DS original, sendo que a inferior apresenta 4,18 polegadas (10,6 cm) em contraste com as 3 polegadas (7,62 cm) do primeiro portátil.

O brilho e contraste estão mais refinados, tornando as cores mais vibrantes na tela, sendo que a tela maior também proporciona um efeito 3D mais cristalino e menos incômodo.

Vale destacar também o trabalho mais apurado de anti-reflexo nas telas que, em conjunto com o acabamento fosco do console, deixam mais fácil e confortável focar nas telinhas - algo que o visual brilhante do 3DS original atrapalha um pouco.

Em contrapartida, o 3DS XL estica o visual dos games, ocasionando alguns pixels estourados que podem incomodar jogadores que preferem um visual mais nítido e definido nos games. De fato, não é algo tão berrante como aconteceu na transição do Nintendo DS Lite para o DSi XL, mas mesmo assim acontece.

Outros detalhes

Telas à parte, o 3DS XL promove outras novidades bem vindas. A caneta stylus voltou a ficar na lateral direita do aparelho e não é mais retrátil, duas mudanças que facilitam o uso da canetinha.

Os cantos do portátil também ficaram mais arredondados. Pode parecer mero detalhe estético, mas faz uma diferença enorme: as pontas do videogame não machucam mais as palmas das mãos em sessões prolongadas.

Outra grande reclamação do 3DS foi resolvida (ou quase): a duração da bateria.

O 3DS XL ganhou de 40 minutos a 1h30 a mais de jogatina (dependendo, claro, de configurações como brilho, economia de energia e uso de Wi-Fi). Poderia ser mais, mas já é algo bom.

Pelo lado negativo, o novo console é um pouquinho mais pesado que o Nintendo 3DS original (cerca de 100 gramas a mais) e, obviamente, um bocado mais incômodo de carregar pra cima e pra baixo.

O tamanho avantajado não permite colocá-lo em qualquer bolso, complicando a vida de quem gosta de jogar no metrô ou ônibus. Porém, para quem usa o 3DS mais como companheiro de viagens longas, deixando na mala ou mochila para jogar quando tiver um tempo livre, praticamente nada muda.

Por fim, outra pedra no sapato do 3DS XL é a falta de suporte a acessórios do 3DS original. A base carregadora não encaixa, assim como cases de proteção. Outro que não funciona é o Circle Pad Pro, que adiciona um disco analógico extra e um par de botões ao videogame.

A Nintendo promete que lançará em breve um Circle Pad Pro próprio para o 3DS XL. Além de tornar o aparelho ainda maior, o fato levanta a questão: por que a Nintendo já não aproveitou o espaço extra do XL para encaixar ali ao menos um disco analógico a mais?