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Jogamos: Tensão e medo são as principais armas de "The Last of Us"

Rodrigo Guerra

Do UOL, em Boston*

24/03/2013 11h14

"The Last of Us" é dos mesmos criadores da série "Uncharted" e é fortemente ligado na narrativa – mas essas são todas as semelhanças entre os dois títulos.

Um dos mais aguardados jogos exclusivos do PlayStation 3 em 2013, o game da Naughty Dog promete mudar a forma que vemos os jogos de sobrevivência.

Antes de qualquer coisa é preciso esclarecer que "The Last of Us" não é um jogo de tiro. Atirar é a última coisa que você vai querer fazer, pois apenas o som do disparo pode ser sua sentença de morte – e isso ficou bem claro na demonstração que jogamos durante a PAX East.

A demonstração pode ser dividida em duas partes: a exploração e a fuga dos infectados. A primeira parte mostra como Joel guia Ellie e Tess pelos escombros da cidade de Boston. O grupo tem uma discussão sobre qual caminho a ser seguido e Joel decide seguir por dentro de um prédio de escritórios caindo aos pedaços.

  • Reprodução

    Em "The Last of Us", Joel, Ellie e Tess trabalham juntos para coletar recursos e tentar sobreviver.

Nesta parte vemos que o trabalho em equipe é muito útil: Tess encontra itens e os entrega para Joel, escala paredes com a ajuda do coroa e coisas do tipo.

Ellie não faz muita coisa, na verdade a garota parece muito assustada, dando a impressão que este é o início da jornada dos dois – o produtor da Naugthy Dog que nos acompanhou na demonstração não disse em qual altura estava o jogo.

Preste muita atenção no que encontrar pelo caminho: tesouras, fitas e outros materiais são essenciais para a sobrevivência. Em certa parte, Joel consegue itens suficientes para fazer uma arma branca – mais silenciosa e mortal do que uma pistola. Na verdade, criar itens é uma tarefa especial e obrigatória, não uma tarefa paralela descartável.

Com essa ferramenta de jogo você cria não só armas brancas, mas também outros itens como bandagens de primeiros socorros e até ferramentas para fugir de uma situação perigosa.

Medo do inimigo

Em um determinado momento, Joel encontra um Clicker, um dos mais letais infectados de "The Last of Us". Neste monstro, o fungo salta pelos olhos, deixando o seu hospedeiro cego, porém muito mais letal. Essa fera se guia pelo som, ou seja, qualquer barulho vai atrair sua atenção.

Ao chegar à estação de metrô, encontramos uma dezena de Clickers e infectados. O som que esses monstros fazem causa aflição e desespero. Mas, claro, um Clicker nunca está sozinho, outros infectados também estão na sala e conseguem usar seus olhos para tudo, até mesmo para ver Joel chegando na surdina.

Morri todas as vezes que optei pelo combate. Atirar na cabeça não adianta de nada: eles já não usam o cérebro pra nada. Além disso, a pontaria de Joel não é tão boa quanto a de Drake (de "Uncharted") e os inimigos são muito mais rápidos do que o velhote.

Andar devagar é sempre a melhor alternativa – e foi assim que consegui sair da estação. Se conseguir fazer um ataque surpresa, melhor. Caso contrário, siga seu caminho. Proteja sua vida. Esse é o sentimento que sempre vem em "The Last of Us".

A partida durou exatos 30 minutos, mas isso foi o suficiente para dizer: este  é um dos melhores games que você vai jogar em neste ano – "The Last of Us" chegará ao PS3 em 14 de junho. Este é um jogo de sobrevivência, por isso, tire o dedo do gatilho e se prepare para uma das aventuras mais assustadoras desta geração.

INFECTADOS ATACAM EM "THE LAST OF US"; ASSISTA

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*O jornalista viajou a convite da Blizzard