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Testamos: Novo motor de física muda radicalmente jogabilidade de "Gran Turismo 6"

Rodrigo Guerra

Do UOL, em Los Angeles

14/06/2013 19h01

Não é de hoje que conhecemos a pista de Silverstone, na Inglaterra - ao menos nos games. Jogos como “F1 2012” já nos permitiram dar voltas e mais voltas no traçado, conhecer os pontos de frenagem e os melhores pontos de ultrapassagem.

Se você sabe do que estou falando, então desapegue-se desde já, pois nada do que você aprendeu vai ajudar em “Gran Turismo 6”.

O motivo é o novo sistema de física de aerodinâmica e suspensão do simulador, que UOL Jogos teve a oportunidade de experimentar durante a E3 2013. Foram quatro voltas no traçado, duas com um Nismo 350Z e duas com um Audi Quattro Group B S1, e eu que estou acostumado com a mecânica da série, senti na pele que muita coisa mudou: e para melhor.

Começando com a redução das marchas do carro. Antigamente bastava frear antes da curva e diminuir as marchas rapidamente para fazer a tangência perfeitamente. Agora não é bem assim. É preciso reduzir as marchas gradualmente para não sentir solavancos.

Pilotar com volante está mais realista do que antes. O carro ‘briga’ com você nas curvas. Ele quer seguir em frente a todo custo e sai de traseira com mais facilidade do que nos jogos anteriores.

Esse é um reflexo direto da mudança do motor de física e aerodinâmica, mostrando que as promessas da Polyphony Digital são reais, e não apenas discurso de propaganda. Agora, pilotar com volante e pedal em “GT6” é tão rigoroso quanto simuladores mais ‘hardcore’, como “GTR 2”. Você precisa ir com cautela, pois basta um movimento brusco para sair da pista.

Sei que esta configuração é usada por uma pequena parcela dos jogadores de “Gran Turismo”, mas não posso dizer com certeza se esta sensação de realismo será transmitida para o DualShock 3, pois não experimentei “GT6” com o controle convencional.

ASSISTA AO TRAILER DE "GRAN TURISMO 6"

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Mais bonito, mais veloz

A pista de Silverstone é muito bonita. Você pode ver detalhes que não são exibidos em transmissões da televisão. Um bom exemplo disso é a textura do asfalto e suas pequenas imperfeições, ou mesmo na elevação da Zebra.

Por dentro, os carros são extremamente detalhados e bonitos. Você vê a costura do couro no volante, a luz do sol iluminando o interior dos carros e até mesmo os pequenos detalhes, como os riscos do conta-giro em alta definição.

Todos esses detalhes chegam ser até mais bacanas do que em “DriveClub”, um dos primeiros jogos de corrida do PS4.


Tudo roda a 60 quadros por segundo, um deleite visual que Kazunoru Yamauchi, o criador da série, faz questão que seja uma das ‘features’ do jogo. Isso faz com que você tenha uma maior sensação de velocidade, quase como se estivesse dentro de um daqueles carros na pista.

Esta pode não ser a versão final de “Gran Turismo 6”, mas do jeito que está posso garantir: você vai gostar. Yamauchi disse nesta E3 que faltava pouco para "Gran Turismo 6" ser o ‘simulador real de direção’, e não estava brincando.

"Gran Turismo 6" chegará ao Brasil totalmente localizado para nosso idioma. Exclusivo para PS3, o game está previsto para o fim do ano.