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Com preço acessível e jogos indie, Ouya desafia consoles e smartphones

Claudio Prandoni

Do UOL, em São Paulo

25/06/2013 17h13

Enquanto Microsoft e Sony se preparam para lançar o Xbox One e o PlayStation 4 no final do ano e a Nintendo trabalha para revigorar o Wii U, um pequeno desafiante começa a buscar seu lugar ao sol: neste dia 25 de junho saiu nos EUA o Ouya, pequeno console que promete preço acessível e grande acervo de jogos gratuitos.

Com preço sugerido de US$ 99 e o tamanho de um cubo mágico, o console roda o sistema operacional Android e já conta com uma lista de mais de 170 jogos disponíveis, incluindo franquias consagradas, como "Final Fantasy" e "Sonic", e promissoras novidades, a exemplo de "ChronoBlade" e "TowerFall".

Todos os jogos rodam em resolução 1080p e contam com demonstrações gratuitas para baixar e testar.

Além disso, o Ouya chega com a promessa de ser um sistema personalizável: cada unidade do aparelho acompanha um kit de desenvolvimento para que programadores profissionais, amadores e outros curiosos possam modificar as configurações do videogame.

As armas do pequeno polegar

Será que uma máquina destas têm em um mercado com tantos consoles, telefones celulares e tablets com games e poder gráfico igual ou superior ao Ouya?

COMEÇO HUMILDE

O pequeno console iniciou sua carreira no Kickstarter, o popular site de financiamento coletivo.

Com meta de arrecadação de 950 mil dólares, o Ouya fez grande sucesso, fechando a campanha com cerca de 8,5 milhões de doletas.

Depois disso, a fabricante ainda conseguiu mais US$ 15 milhões de investimento de empresas de capital de risco.

A empresa fabricante do console, que também se chama Ouya, aposta na trinca de preço amigável, Android e facilidade de publicação de jogos.

O sistema operacional garante alta compatibilidade com virtualmente todos os games lançados para telefones e tablets com o mesmo software, enquanto a pouca burocracia para lançar títulos atrai estúdios pequenos, com pouca verba para desenvolvimento e marketing, mas potencial talento e criatividade de sobra.

Em contrapartida, o hardware é um aspecto que limita muito do potencial do Ouya. Para efeito de comparação, seu poder gráfico e de processamento é algo entre os modelos SII e SIII da linha Samsung Galaxy. Ou seja, é um aparelho capaz de gerar games elaborados, mas sem grandes requintes

Outro problema está no controle. O Ouya possui um joystick convencional, com duas alavancas analógicas e vários botões de ação, e funciona com outros controles via USB, mas não é lá muito prático para jogos projetados para telas de toque. Um touchpad no meio do controle até tenta cumprir esse papel, mas é uma telinha muito pequena e pouco precisa.

TESTAMOS UMA VERSÃO PRÉVIA DO OUYA; VEJA

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E no Brasil?

Já disponível nos EUA, ao preço sugerido de US$ 99, o Ouya não possui qualquer tipo de anúncio oficial feito em relação ao Brasil.

Tentamos entrar em contato com a fabricante várias vezes para tentar saber os planos dela para o país, mas não recebemos nenhuma resposta.

Por ora, o único jeito de ter um Ouya é comprar pessoalmente no exterior, já que mesmo as lojas online que o comercializam não enviam o aparelho para o Brasil.

JOGOS BRASILEIROS

Atrair pequenas produtoras indies é um dos mantras do Ouya e ele parece já estar funcionando - ao menos para desenvolvedores de games no Brasil.

Ao menos dois jogos da linha de lançamento do aparelho - "Deep Dungeons of Doom" e "TowerFall" - contam com o talento do estúdio paulista Miniboss, enquanto a Flux e a Reload trabalham em "Devnation", futuro RPG tático para o console.

Você também está trabalhando em um game para o Ouya?

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