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Consoles Android ganham utilidade como emuladores de videogames antigos

Akira Suzuki

Do UOL, em São Paulo

31/01/2014 14h40

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    O Ouya é um console que tem como premissa ter todos os jogos gratuitos para testar e ser amplamente 'hackeável'. Apesar de ser Android, não aceita aplicativos do Google Play.

Entre outras coisas, 2013 foi marcado pelo lançamento de diversos consoles e portáteis 'alternativos', grande parte deles com sistema Android, que equipa muitos smartphones.

Nada indica que esses videogames vão ameaçar as grandes fabricantes, como Microsoft e Sony, mas, e quem comprou, o que estão achando de aparelhos como o Ouya, GameStick ou o nVidia Shield?

O UOL Jogos foi conversar com proprietários dessas plataformas e a maioria relatou que seu principal uso é para rodar emuladores e jogar games antigos. Sobre os jogos próprios de cada um desses sistemas, a quantidade de jogos bons é reduzida.

Ouya ou oh no?

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    O Shield é um portátil composto de um controle e uma tela. Roda jogos para Android e também faz streaming de jogos para PC que tenham placa de ponta da nVidia.

Para o estudante Lucas Melo, de Saquarema (RJ), que comprou o Ouya num site de leilões, o "joystick estraga grande parte da experiência" e tem "poucos jogos bons e exclusivos". Conclusão: não vale o investimento. Mas diz que é uma boa opção para emulação e nisso o Ouya faz bem o seu papel.

É mais ou menos a opinião de Luciano Rocha, programador em São Paulo, que foi financiador do Ouya no Kickstarter. "Como sou fã de jogos antigos, o console é perfeito pra emulação, que, creio eu, é o seu forte", opina.

Já o administrador Fabio Kade, de Recife, diz que o Ouya superou as expectativas por méritos próprios. "Possui jogos excelentes, com ótimos preços que proporcionam uma boa diversão e com uma qualidade gráfica surpreendente, mesmo possuindo um sistema operacional e o hardware 'aparentemente' simples", diz.

Operação emulação

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    Praticidade é o que promete o GameStick, que consiste num controle e um aparelho que é conectado na entrada HDMI da TV (parece um pendrive).

O Shield, da nVidia, é outro que tem uma biblioteca fraca. "Os poucos  que valem a pena são 'ports' de jogos antigos de PC, como os 'GTAs', 'Max Payne' e 'Bard's Tale'", diz o estudante de arquitetura Guilherme Kaspary, de São Leopoldo (RS). No entanto, o aparelho é o "emulador portátil perfeito".

Por fim, o curitibano Thiago Stocco, que trabalha como gerente administrativo, diz que comprou o GameStick durante a campanha do projeto no Kickstarter. Na sua opinião, o produto é "razoavelmente bom". Diz que "não é tão portátil como anunciado pois precisa de um cabo de alimentação" e o sinal do controle tem fraca recepção. Ele acha os jogos extremamente casuais, mas espera por um jeito que permita rodar emuladores. "Aí sim seria perfeito e eu recomendaria sem dúvida", afirma.

Nenhum dos aparelhos citados é vendido no Brasil. Eles podem ser adquiridos no exterior ou em sites de leilões e em lojas online.