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Toque para jogar: UOL Jogos testa e escolhe os melhores tablets para games

Pedro Henrique Lutti Lippe

Do UOL, em São Paulo

10/02/2014 17h15

Com seus diversos formatos, tamanhos e especificações, tablets são dispositivos multifuncionais, que atuam de maneiras completamente distintas nas mãos de diferentes pessoas. Leitores assíduos usam os seus como e-readers, enquanto outros podem utilizá-los para substituir seus PCs e navegar pela internet. Em geral, os aparelhos não precisam ter alto poder de processamento, nem um poderoso chip gráfico para satisfazer tais usuários.

Mas jogadores são diferentes. Eles esperam alta performance e confiabilidade de seus tablets, já que estes, cada vez mais, demonstram serem capazes de abrigar games muito mais complexos que um "Doodle Jump" ou um "Angry Birds".

Em um mercado em que hardwares tornam-se obsoletos em um período de um a dois anos, selecionar o melhor tablet para saciar a vontade por jogos do formato não é algo fácil. Pensando nisso, UOL Jogos testou os principais dispositivos disponíveis hoje no mercado, com a intenção de determinar quais deles podem se tornar os novos melhores amigos dos gamers.

iPAD AIR

Grande lançamento da Apple em 2013, o iPad Air ainda é, até a publicação deste artigo, a estrela do catálogo de produtos da marca. Mais fino, leve e poderoso que seus predecessores, ele se mostra a melhor opção dentre todos os tablets para jogos disponíveis no mercado. Mas só para aqueles que não estiverem preocupados em desembolsar um bom dinheiro.

Custando a partir de R$ 1,750 em revendedoras oficiais, o tablet possui uma tela que exibe diferente cores com mais clareza do que os modelos Retina anteriores e um processador extremamente rápido, que elimina telas de carregamento para boa parte dos jogos do formato. A vida útil de sua bateria também surpreende, mesmo quando games como "Infinity Blade III" estão rodando.

Além de ter vantagens técnicas perante a concorrência, o iPad Air ainda tem o mérito de ser compatível com o ecossistema da AppStore, que oferece um cardápio muito mais variado de jogos do que os da Google Play ou de outras lojas digitais proprietárias.

SAMSUNG GALAXY TAB 3 10.1

Para quase todos os fins e propósitos, o Galaxy Tab 3 10.1 é um bom tablet. O hardware tem um slot para cartões microSD de até 64GB - algo que faz falta na linha iPad -, e mesmo sendo bem leve ainda aparenta ser resistente. Mas a relação entre seu preço, que fica na faixa dos R$ 1.450, e sua performance para games simplesmente não compensa.

Apesar de ser relativamente novo, o modelo fica muito atrás até mesmo do iPad de quarta geração em testes de processamento gráfico. E isso com imagens rodando a uma resolução muito inferior. Frente ao iPad Air, então, o Galaxy Tab 3 10.1 só compensa para aqueles acostumados com o sistema Android que acumularam uma biblioteca enorme de aplicativos ao longo dos anos e não querem começar do zero na AppStore.

LG G PAD 8.3

Marcando a volta da LG ao mercado de tablets, o G Pad 8.3 é uma opção melhor do que o Galaxy Tab 3 10.1 para aqueles que optarem por um dispositivo que rode o sistema Android. Apesar de ter uma tela menor, ele tem melhor resolução - o que resulta em imagens muito mais detalhadas -, e é surpreendentemente mais rápido em todos os sentidos. Inclusive o que importa: jogos.

Custando por volta de R$ 1.000 no Brasil, o aparelho não é tão bonito quanto os da linha da Samsung, e sofre pelo excesso de aplicativos pré-instalados que não podem ser removidos com facilidade, mas servirá com sobra para rodar os próximos lançamentos em termos de jogos pelos próximos anos. E, sim: assim como o Galaxy Tab 3 10.1, ele possui um slot para cartões microSD, que permite aumentar o espaço de armazenagem no sistema.

iPAD 2

Lançado originalmente em março de 2011 - o que, em termos de tablets, faz dele um ancião -, o iPad 2 ainda se mostra uma opção surpreendentemente consistente para jogadores que desejam um tablet para rodar exclusivos do iOS, como a linha "Infinity Blade". Apesar de não ter uma tela Retina, ele tem uma bateria de vida útil excelente, e consegue rodar o sistema iOS 7 melhor até mesmo que um iPhone 4S. Da mesma forma, jogos podem não ser tão belos nele quanto no iPad Air, mas ainda sim funcionam sem muitos momentos de lentidão.

O único problema é que, diferente do que aconteceu nos EUA, a sucessão de novos lançamentos da linha não barateou muito no iPad 2 no Brasil. Por aqui, ele ainda sai por R$ 1.350 - o que torna difícil justificar a compra, sendo que por um pouco mais dá para comprar um tablet mais moderno.

RAZER EDGE PRO

Completamente diferente dos outros tablets contemplados neste artigo, o Razer Edge Pro está aqui mais como uma curiosidade. Ainda não disponível oficialmente para compra no Brasil, o aparelho é descrito em seu material promocional como "o tablet mais poderoso do mundo". E, de fato, é.

Pesado e nada portátil, o hardware tem porte de laptop. E até mesmo roda Windows 8, que é compatível com telas de toque, ao invés de um sistema Android. Apresentado ao mundo durante a CES de 2013, o Edge Pro também deu as caras durante a BGS 2013. Na ocasião, o diretor da Razer no Brasil Victor Martins afirmou a UOL Jogos que quer lançar o aparelho em território nacional para que o público deixe de ver a marca como apenas a de uma fabricante de acessórios para gamers. Mas o preço atrapalha.

Nos EUA, o aparelho custa US$ 1.300. Para tentar justificar essa alta soma, o tablet tem a performance de um PC high-end, com um processador Intel i7 e 8 GB de RAM. Em suma, é um tablet do futuro, que ainda precisa perder um pouco de peso para tornar-se verdadeiramente portátil. Mas ver um aparelho com seu formato rodando "Call of Duty: Modern Warfare 3" ou "F1" nas opções gráficas máximas é impressionante.