À sombra de "Call of Duty", shooters buscam sucesso em celulares e tablets
Enquanto jogos como "Call of Duty" e "Battlefield" vendem dezenas de milhões de unidades nos consoles e computadores anualmente, seu gênero ainda não conseguiu engrenar de maneira parecida nos tablets e celulares.
Existem, sim, shooters em primeira pessoa de qualidade disponíveis nos dispositivos. Mas é raro vê-los perto do topo das listas dos mais baixados ou mais rentáveis nas lojas de aplicativos, que normalmente são dominadas por hits de estratégia ou quebra-cabeça.
UOL Jogos testou uma série de games do gênero e encontrou alguns dos melhores títulos que ele oferece para iOS e Android... E também o principal problema pelo qual eles ainda não alcançaram o sucesso de um "Call of Duty".
ASSISTA AO TRAILER DE "DEAD TRIGGER 2"
Controles
Há quem diga que jogar um shooter em um controle já é fazer concessão. Os FPS nasceram nos computadores, terra de mouse e teclado e de shooters frenéticos que cobravam precisão como "Unreal Tournament" e "Counter-Strike".
E a diferença entre jogar no controle e em uma tela sensível ao toque é ainda mais gritante. Direcionais analógicos e gatilhos 'virtuais' nunca conseguirão equiparar-se aos seus equivalentes reais pela simples falta de feedback tátil.
Produtoras mobile tentam mitigar esse problema de logística implementando, por exemplo, botões de posicionamento personalizável. Mas mesmo com a configuração ideal, navegar pelo espaço 3D ao mesmo tempo em que a mira da arma deve ser controlada pela tela nunca será um processo natural.
O resultado: para fazer de um game 'jogável', os estúdios acabam criando experiências menos complexas e desafiadoras do que as vistas nos consoles. Os inimigos de "Modern Combat 4", por exemplo, ficam expostos como se não tivessem amor à vida, parados para que os jogadores consigam atingí-los depois de mirar com dificuldade. Já em "Dead Trigger 2", as armas disparam sozinhas para reduzir o número de comandos que o jogador precisa realizar.
"MODERN COMBAT 5" TERÁ BELOS GRÁFICOS; TRAILER
Experiência diferente
A menos que controles para celulares e tablets virem um padrão, é difícil de imaginar um FPS mobile que consiga entregar uma experiência a nível de console e PC. Mas só por causa dos controles, pois em termos gráficos a distância entre os dois mercados já não é tão grande. E a busca por propostas diversificadas rende games pensados especificamente para celulares e tablets.
Ganham as produtoras que tentam, ao invés de imitar "Call of Duty", fazer algo diferente. Um exemplo: ainda não disponível para download, "Modern Combat 5" terá como uma de suas principais novidades uma estrutura de missões mais curtas, feitas para serem jogadas no transporte público ou em outros breves momentos de espera.
Confira abaixo alguns dos shooters para celulares e tablets que acertam:
iOS • Android • Windows Phone | iOS • Android |
Os inimigos de "Modern Combat 4" são lentos e poucos inteligentes, mas as missões conseguem entreter por causa de seus gráficos. O modo multiplayer online permite partidas para até 12 jogadores. | "Dead Trigger 2" tem disparos automáticos das armas, elementos sociais e muitos zumbis. O game é bonito e atualizações gratuitas aumentam sua vida útil consideravelmente. |
iOS • Android | iOS • Android |
O principal mérito de "Strike Team" é o de não copiar a experiência "Call of Duty" cegamente. Ele alterna entre momentos de tiro em primeira pessoa e de coordenação de um esquadrão em terceira pessoa. | "Blitz Brigade" é essencialmente uma versão mobile de "Team Fortress 2" com veículos. O foco do game é seu modo online, e seu download inicial é gratuito. |
iOS • Android | iOS • Android |
"Neon Shadow" tenta recapturar o espírito dos shooters de arena dos anos 1990. O game não tem a criatividade dos clássicos da id Software, mas dá para o gasto. | Com armas geradas aleatoriamente, árvores de habilidade e elementos de RPG, "Bounty Hunter" é essencialmente um clone mobile de "Borderlands". E funciona. |
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