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Veja cinco motivos para prestar atenção em "Destiny"

Pablo Raphael

Do UOL, em São Paulo

09/09/2014 12h01

Um dos jogos mais aguardados dos últimos tempos, "Destiny" chega hoje (9) para os consoles PlayStation 4, Xbox One, PlayStation 3 e Xbox 360.

Em um primeiro olhar, pode parecer mais um jogo de tiro com ambientação de ficção-científica, como "Halo". A comparação é válida, pois "Destiny" é a mais nova obra da Bungie, produtora da conhecida série estrelada por Master Chief nos consoles Xbox.

"Destiny" é uma aventura espacial onde os jogadores interpretam os últimos Guardiões da Terra em um futuro distante. Apoiados pelo poder do misterioso Traveler (uma esfera enorme que flutua sobre a última cidade humana), os heróis enfrentam ameaças alienígenas e o terrível poder das Trevas em uma luta contínua pela sobrevivência. Só isso já daria um jogo bacana, não é mesmo?

Mas "Destiny" ambiciona ser mais do que isso. O jogo é o primeiro de uma franquia que deve durar 10 anos e terá um investimento estimado em US$ 500 milhões. A Bungie quer criar "um game perfeito" e mais do que isso, um produto com impacto cultural tão grande ou maior do que "Star Wars" e "O Senhor dos Anéis", por exemplo.

Como? Essa é a pergunta de US$ 500 milhões (ou mais). UOL Jogos lista cinco motivos pelos quais você deve prestar atenção em "Destiny" e que não respondem totalmente a questão, mas dão uma amostra significativa do que o game vai oferecer.

"Destiny" não é uma aposta curta da Activision ou da produtora Bungie. O jogo já nasce como a primeira parte de um projeto com 10 anos de duração.

Aproximadamente US$ 500 milhões serão investido na franquia "Destiny" nos próximos 10 anos. É uma cifra elevada, bem maior do que o valor de produção de filmes como a trilogia "O Senhor dos Anéis", "Vingadores" e outros campeões de bilheteria. A série "Breaking Bad" inteira custou bem menos.

CUSTO DE PRODUÇÃO (ESTIMADO)

Franquia "Destiny"US$ 500 milhões
Trilogia "O Senhor dos Anéis"US$ 281 milhões
"Harry Potter e as Relíquias da Morte 1 & 2"US$ 275 milhões
"Avatar"US$ 237 milhões
"Titanic"US$ 200 milhões
"Breaking Bad" (série completa)US$ 186 milhões

O jogo promete oferecer uma experiência épica para os jogadores. Falando ao UOL Jogos, o gerente de comunidade David 'DeeJ' Dague disse que "'Destiny' é o maior jogo que já criamos. Os destinos dentro do jogo são expansivos e o jogador é livre para explorar o território. Além do Cosmódromo (cenário inicial do jogo ambientado na Terra), as aventuras dos jogadores vão até a Lua, Vênus e Marte - cada planeta com suas próprias localidades e segredos".

Durante todo o game, o jogador de "Destiny" é acompanhado por Ghost, um pequeno robô criado pelo Viajante e que faz o papel de narrador, guia turístico e tutorial, apresentando ao personagem e ao jogador os conceitos e situações que surgem pela frente. Ghost é interpretado por Peter Dinklage, o Tyrion Lannister do seriado "Game of Thrones", com todas as nuances que se espera do ator que coleciona indicações ao Emmy.

Peter não está sozinho no game. O elenco do jogo conta com as vozes de Bill Nighy (o Davy Jones de "Piratas do Caribe") como o Speaker, o porta-voz mascarado do Traveler. Lauren Cohen (a Magie Greene de "The Walking Dead") faz a voz de Exo Stranger, personagem de motivações misteriosas. Nathan Fillion (o capitão Malcolm Reynolds de "Firefly"), interpreta Cayde-6, membro da Vanguard que distribui armas para a classe Hunter.

E por fim, Lance Reddik (que fez Cedric Daniels em "The Wire" e Phillip Broyles em "Fringe") dá vida ao Commander Zavala, o mais poderoso Titan de "Destiny".

A trilha sonora pode fazer toda a diferença em uma obra de entretenimento, como mostrou muito bem o longa-metragem "Guardiões da Galáxia" e seu "Awesome Mix".

Para cuidar dos arranjos e músicas de "Destiny", a Bungie promoveu o encontro de dois monstros sagrados, um das trilhas de games, Martin O'Donnell (compositor da clássica música-tema de "Halo") e o outro, ninguém mais do que o ex-Beatle, Sir Paul McCartney.

O tema orquestrado de "Destiny" foi gravado no estúdo Abbey Road (onde mais seria?) e conta com a direção de Giles Martin, filho do produtor George Martin (considerado por muitos "o quinto Beatle"). Paul McCartney vai lançar a música tema de "Destiny" como o próximo single de sua carreira, que inclui clássicos do rock como "Yesterday" e "Live and Let Die".

ASSISTA AO TRAILER "LIVE ACTION" DE "DESTINY"

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"Destiny" é o primeiro jogo da Bungie desde que a produtora se separou da Microsoft, onde foi responsável pela franquia "Halo".

"Halo" é a mais famosa franquia da Microsoft, responsável por popularizar o primeiro Xbox e as partidas online via Xbox Live. Após trabalhar em cinco jogos da série "Halo" (os três primeiros jogos da série principal, "ODST" e "Reach") a Bungie possui um amplo expertise em jogos de tiro, ficção científica e multiplayer online.

"Destiny" também é apadrinhado pela Activision, publisher responsável por "Call of Duty", franquia de tiro que movimenta milhões de dólares todos os anos, colecionando recordes de vendas e, para muitos desenvolvedores, o jogo a ser batido em todo final de ano. Outra franquia da Activision é "Skylanders", fenômeno entre os jogadores mais novinhos e que também rende milhões de dólares a cada novo título lançado.

Poucas empresas sabem lidar com propriedades intelectuais multimilionárias como a Activision. A publisher é uma das empresas que melhor entende o que funciona e o que dá dinheiro no mundo dos games. Tanto que "Destiny" mal chegou ao mercado e já começa a colecionar recordes: o jogo já é "a franquia original com mais vendas antecipadas da História", diz a Activision, sem divulgar números.

"Destiny" não é exatamente inovador: você já viu as mecânicas de tiro do game em "Call of Duty" e "Halo", assim como já viu os elementos cooperativos, até certo ponto, em jogos como "Borderlands" e "Journey". "Destiny" bebe da fonte de todos esses games e também de RPGs online como "World of Warcraft", combinando mecânicas de combate, cooperação e interação social em um mix único.

Os detalhes do enredo foram bem preservados pela Bungie ao longo do desenvolvimento, para ser descoberto pelos jogadores enquanto seus Guardiões avançam nas aventuras pelo Sistema Solar. "Tudo que você faz em 'Destiny' aprimora a narrativa da humanidade lutando para sobreviver", explica David Dague ao UOL Jogos. "Cada missão da história, strike cooperativo ou patrulha livre levará essa trama adiante, e recompensará seu herói pela bravura".

A própria ambientação de "Destiny" é uma mistura de gêneros. Quando foi idealizado pela primeira vez, em um distante 2007, o game se passaria em um mundo de fantasia épica, como "WoW" e "Dragon Age", por exemplo. De lá para cá, o game passou para a chamada "Ficção Centífica Mítica".

"Essa combinação de fantasia futurista é o produto da exploração artística de uma tela em branco", diz David Dague. "A oportunidade de imaginar um mundo novo protegido por novos heróis enfrentando inimigos inéditos é um desafio libertador".

"Nosso objetivo foi criar lugares que parecessem familiares, mas ao mesmo tempo tivessem a capacidade de surpreender o jogador", diz o gerente de comunidade da Bungie.

E talvez a surpresa, o frescor da novidade, seja o principal motivo pelo qual você deve ficar de olho em "Destiny". Não é todo dia que se assiste o nascer de um novo universo.