BGS: "Unity" é novo começo para série "Assassin's Creed"

As filas para jogar “Assassin’s Creed Unity” no Brasil Game Show 2014, em São Paulo, são prova da predileção do jogador brasileiro pela série de ação da Ubisoft. Para o designer Benjamin Plitch, o game também representa um novo começo para a franquia, após tantas reviravoltas e personagens nos jogos anteriores.

Foi o que contou o designer de “Assassin’s Creed: Unity” em entrevista ao UOL Jogos no BGS.

“Assassin’s Creed’ já teve o arco de Altair, de Ezio, dos Kenway… é muita história para quem está chegando agora”, diz o produtor. “Como ‘Unity’ é o primeiro ‘Assassin’s Creed’ feito exclusivamente para a nova geração, também aproveitamos para iniciar uma saga independente, com um novo protagonista e uma nova ambientação”.

Segundo o produtor, você vai encontrar referências aos personagens antigos, como Altair, em alguns momentos do jogo. “Para os veteranos, será legal porque eles vão saber do que se trata, afinal, são aventuras pelas quais eles passaram”.

“Mas para os recém-chegados, será apenas uma história que eles vão conhecer, uma lenda dos Assassinos”.

“Unity” se passa em Paris, durante os turbulentos dias da Revolução Francesa. Mas, diferente do que foi feito em “Assassin’s Creed III”, em que o protagonista Connor estava envolvido diretamente com os principais acontecimentos da guerra na América do Norte. O novo herói da série, Arno, está mais preocupado com a eterna disputa entre Assassinos e Templários e com sua vida amorosa - a relação entre Arno e Elise terá grandes desdobramentos na trama do jogo. Apesar da Revolução Francesa ser um período bem sangrento, parece que o jogador não vai matar Robespierre ou outros personagens históricos.

“A Revolução Francesa é um acontecimento dos mais importantes da História moderna, mas tem vários momentos que não combinam com um jogo de ação e aventura”, diz Benjamin. “Arno não é um líder revolucionário ou um político, não vai participar de um comício e erguer o punho para incitar a revolução”. Ainda assim, os fatos marcantes da França revolucionária serão o pano de fundo para os eventos do game e a agitação nas ruas pode influenciar as ações do jogador. “Você pode aproveitar o tumulto para passar despercebido pelos inimigos, mas também pode ser visto por alguém na hora errada e atrair a atenção da multidão”.

Com uma cidade enorme e populosa, “Assassin’s Creed: Unity” chama mais atenção pelo conjunto da obra do que por aspectos específicos, como resolução gráfica ou coisa do tipo. A população de Paris é um dos pontos fortes do jogo, com muitas pessoas nas ruas agindo de forma independente e quase imprevisível. Não é mais tão simples se misturar na multidão e os jogadores veteranos terão que aprender novos truques para as missões mais furtivas.

Experimentando novas mecânicas

“Unity” é o primeiro “Assassin’s Creed” com um modo multiplayer cooperativo. É bom notar, porém, que apenas algumas missões podem ser jogadas dessa forma, em partidas online para até 4 jogadores. É tudo bem simples: não há personagens diferentes, mudam apenas as cores das roupas de Arno.

“Mesmo sem uma história mais complexa por trás, essas missões cooperativas são empolgantes e divertidas de jogar”, explica o produtor. “Quando você reúne os amigos e discutem como vão cumprir a missão, posicionam os personagens e espreitam os inimigos, esperando a hora certa de avançar e então caem sobre as vítimas, acertando-as com as lâminas dos assassinos… é muito empolgante! É a mesma sensação que você tem ao jogar sozinho, mas mais divertido por fazer isso junto com os amigos”.

A mecânica é divertida e desafiadora, mas por enquanto, parece que o modo cooperativo de “Unity” é mais uma experiência para o estúdio do que uma modalidade completa. É um sistema novo, mas que se for bem recebido, certamente voltará de maneira mais robusta nos próximos e inevitáveis “Assassin’s Creed”.

"Assassin's Creed: Unity" sai em 11 de novembro para PC, PlayStation 4 e Xbox One.