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Testamos: com elementos de MMO, "Dragon Ball Xenoverse" muda trama da série

Pedro Henrique Lutti Lippe

Do UOL, em Tóquio*

22/12/2014 10h00

Ao invés de apenas recontar pela milésima vez todas as batalhas da saga "Z", "Dragon Ball Xenoverse" quer fazer algo de diferente ao acrescentar um personagem criado pelo jogador à história da série.

Com versões para PS4, PS3, Xbox One, Xbox 360 e PC, o novo game da clássica franquia terá uma série de elementos de MMO e parece fazer de tudo para que o jogador sinta-se como "parte deste mundo", nas palavras do produtor Masayuki Hirano.

Ele revela que jogadores poderão optar por mais de 450 itens cosméticos e 200 habilidades especiais para personalizar suas criações. "Os avatares serão os protagonistas do game", garante Hirano.

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Grande legado

Apesar de ser desenvolvido pela mesma Dimps da série "Budokai" e de "Burst Limit", "Dragon Ball Xenoverse" tem uma jogabilidade que lembra muito mais a de um "Budokai Tenkaichi". Aliás, falar apenas em lembrança é um eufemismo; o sistema de combate é extremamente parecido com aquele criado pela Spike para o game de PS2.

Os sempre incrivelmente poderosos personagens da série andam, nadam e voam por cenários tridimensionais abertos que podem ser parcialmente destruídos.

No um contra um, tudo parece familiar até demais. Os diferenciais de "Xenoverse" começam a aparecer apenas quando as novas batalhas de três contra três entram em destaque, e torna-se evidente que o ritmo de jogo foi balanceado para favorecer essa modalidade de combate.

Há ainda batalhas de três guerreiros contra macacos gigantes (e possivelmente outras criaturas), mas elas não estavam disponíveis para teste.

Universo alternativo

O impacto dos avatares personalizáveis já fica evidente no título do game. A palavra "Xenoverse" faz referência a um universo alternativo da saga em que os novos vilões Mira e Towa alteraram o tempo e a história criando desafios ainda mais perigosos para Goku e companhia.

Nesse cenário, Trunks invoca Shenlong com as Esferas do Dragão e pede para que ele traga a ajuda de alguém que possa socorrer seus amigos. E esse alguém em questão é exatamente o personagem criado pelo jogador.

No modo História de "Xenoverse", apenas o avatar pode ser controlado. Ele deve lutar ao lado dos heróis da série para enfrentar versões "mais poderosas do que nunca" de vilões como Frieza, Cell e Buu.

Hirano promete, porém, que todos os personagens clássicos da série podem ser selecionados no modo Versus, como de costume. A lista ainda inclui algumas figuras como o Super 17 de "Dragon Ball GT", e Bills e Whis do filme "A Batalha dos Deuses".

Pseudo-MMO

No controle de seus avatares personalizados, jogadores poderão interagir com centenas ("até 300") de outros fãs de "Xenoverse" enquanto exploram a inédita Toki Toki City.

A cidade é essencialmente um 'hub' online. Nela, é possível comunicar-se através de frases pré-selecionadas e poses, ou então desafiar diretamente outros jogadores para participar de lutas ou objetivos cooperativos. O cenário também serve, claro, para que os fãs possam exibir a aparência de seus avatares.

Hirano revelou que a Bandai Namco pretende integrar a comunidade do game através de torneios que decidirão os melhores jogadores de "Xenoverse" do mundo.

Familiar e diferente em doses bastante equilibradas, "Dragon Ball Xenoverse" será lançado em 17 de fevereiro de 2015.

* O jornalista viajou a convite da Bandai Namco.