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"Dying Light" é mais físico e brutal do que "Dead Island", diz produtor

Theo Azevedo e Pablo Raphael

Do UOL, em São Paulo

22/01/2015 17h37

A produtora polonesa Techland é bem conhecida pelo trabalho em "Dead Island", jogo que chamou muita atenção em 2011 ao retratar um apocalipse zumbi em uma ilha paradisíaca. Mesmo com falhas técnicas e longe do hype gerado antes do lançamento, "Dead Island" conquistou muitos fãs pelas partidas online cooperativas e o sistema de combate corpo-a-corpo.

O game teve uma expansão 'standalone', "Riptide", que não provocou muito impacto e a continuação, "Dead Island 2", que não está nas mãos da Techland, tem uma pegada mais divertida e descompromissada. Atualmente, o estúdio foca em "Dying Light", um promissor jogo para PC e para os consoles de nova geração PlayStation 4 e Xbox One (versões para PS3 e Xbox 360 foram canceladas durante a produção).

Semelhanças com o antigo sucesso não faltam: zumbis aos montes, mundo aberto para explorar, perspectiva em primeira pessoa e multiplayer cooperativo estão presentes. Seria "Dying Light" a verdadeira experiência que os fãs de "Dead Island" procuram? UOL Jogos levou a pergunta ao produtor Tymon Smektala. "Sim, o jogo é isso mesmo", ele respondeu. "É isso e muito mais".

"Em 'Dying Light' temos combate corpo-a-corpo - mas dessa vez é mais físico, visceral e brutal. Nós temos um mundo aberto visto em primeira pessoa - mas é um mundo quatro vezes maior que a ilha de Banoi em "Dead Island". Temos muitos zumbis - mas agora são bandos com centenas e não dúzias".

Além de aumentar as dimensões do game, "Dying Light" busca inovar, adotando um sistema de movimentação que permite muito mais liberdade para o jogador, com movimentos que lembram o 'parkour'.

VÍDEO DESTACA LADO SOMBRIO DE "DYING LIGHT"; VEJA

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"Esperamos inovar não só o gênero de zumbis, mas os jogos em primeira pessoa em geral.  Acredito que nosso sistema de liberdade de movimento - que é um pilar de 'Dying Light' - se torne algo que os jogadores esperem encontrar em outros games também".

"O game também possui um ciclo de dia e noite, que muda completamente a forma de jogar", explicou o produtor. No jogo, os zumbis ficam muito mais agressivos durante a noite, obrigando o jogador a ser mais cauteloso e furtivo nesse período.

Por fim, ao invés de oferecer personagens com estilos diferentes para escolher, "Dying Light" permite que o jogador decida as habilidades e vantagens do herói conforme progride, de forma mais maleável do que em "Dead Island". "O novo sistema de desenvolvimento do personagem permite que você crie um herói que se encaixe no seu estilo de jogo".

ASSISTA AO TRAILER DE "DYING LIGHT" DO TGA 2014

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Enredo caprichado

Jogos de sobrevivência em cenários apinhados de zumbis, como "Dead Rising", "Left 4 Dead", o próprio "Dead Island" ou o recente "Day Z" não são exatamente um primor quando se fala de enredo. As tramas exploram clichês e em muitos casos tendem para a galhofa. Segundo Tymon, esse não é o caso em "Dying Light".

"Não queriamos que o enredo fosse muito sério. 'Dying Light' é um jogo de ação e sobrevivência, então a história tem que ter o tom e a escala de um filme de ação - com várias reviravoltas, alguns ganchos e personagens que evocam emoções fortes", disse o produtor. "Contratamos profissionais para o trabalho. O roteiro foi escrito por um camarada muito criativo, Dan Jolley, que trabalhou em Hollywood e na DC Comics".

"Dan teve o apoio de Jerry White, que nos ajudou a transformar todas as missões paralelas em histórias fechadas e memoráveis", completou o produtor. Com isso, é possível que "Dying Light" evite um dos pontos mais criticados de "Dead Island", a repetição de missões secundárias sem importância.

Dublado e legendado em português, "Dying Light" sai na próxima terça-feira (27) para PC, PlayStation 4 e Xbox One.