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E3: "Pro Evolution Soccer 2016" evolui pouco em nova versão

Neymar é capa de novo "Pro Evolution Soccer" - Reprodução
Neymar é capa de novo "Pro Evolution Soccer" Imagem: Reprodução

Théo Azevedo

Do UOL, em São Paulo

16/06/2015 10h01

Nem parece, mas “Pro Evolution Soccer” está completando 20 anos. A série da Konami nasceu no Super Nintendo como “International Superstar Soccer”, alcançou o auge no PS2 como “Winning Eleven” e, desde que virou “Pro Evolution Soccer”, ou simplesmente “PES”, enfrenta altos e baixos nos gramados virtuais.

“Pro Evolution Soccer 2016” entra em campo para dar sequência às mudanças iniciadas na versão anterior, que colocou a casa em ordem após o desastroso “PES 2014”, repleto de bugs por causa da mudança de tecnologia gráfica, que passou a ser a Fox Engine, de “Metal Gear Solid V”.

Nos estúdios da Konami em Los Angeles, o UOL Jogos testou uma versão de “PES 2016” entre 60% e 65% concluída, segundo representantes da empresa. Talvez por isso boa parte das novidades reveladas para o jogo até o momento sejam ajustes finos, nada aparentemente capaz de mudar de forma significativa a experiência de jogo.

Agora, por exemplo, há uma nova câmera, (ainda) mais semelhante a uma transmissão de TV. Com os ângulos amplos, é possível ver as duas laterais do campo, o que ajuda a ter uma noção melhor da movimentação dos laterais, planejar contra-ataques ou o posicionamento da defesa.

Com um pouco mais de experiência com a Fox Engine, a PES Productions melhorou o visual do rosto dos atletas e mesmo do gramado . Animações inéditas mostram o protesto do jogador ao receber uma falta mais dura e a expressão de descrença ao perder um gol feito.

Dentro de campo, o que chama mais a atenção são os novos recursos para as disputas mano a mano em de dribles, carrinhos ou no jogo aéreo. Num escanteio, por exemplo, um atleta empurra o outro a saltar para cabecear, enquanto numa tentativa de desarme malsucedida é possível que o defensor se levante com mais rapidez para tentar uma outra investida.

Por fim, a Inteligência Artificial facilita momentos em que é possível controlar ao simultaneamente até três atletas (dois deles sem a bola), especialmente em situações de ataque para deixar um deles na cara do gol. Com atletas mais “espertos”, esse tipo de jogada passará a funcionar com maior frequência.

E o Brasil?

A Konami ainda não fala sobre como vai ficar a questão dos times brasileiros em “PES 2016”. Na versão anterior, constavam os 20 times da temporada do Brasileirão em 2014, além de Vasco da Gama – porém, vários deles com escalações genéricas, fruto de um imbróglio entre a empresa e os atletas.

Não está confirmado oficialmente se Silvio Luiz e Mauro Beting permanecem à frente da narração e comentários, mas o primeiro postou uma foto no Twitter enquanto estava no estúdio gravando, o que sugere que a dobradinha deve continuar.

Quem gostou do “Pro Evolution Soccer” anterior vai se sentir em casa com “PES 2016”, o que ao mesmo tempo faz pensar se há novidades suficientes para justificar a compra do jogo. Vamos aguardar para ver o que mais a Konami tem guardado na manga para promover o game.

Até o momento a Konami não divulgou oficialmente quais plataformas receberão versões de "PES 2016". A edição do ano passado chegou tanto para os consoles atuais, PlayStation 4 e Xbox One, quanto os da geração passada, PS3 e X360, além, claro, dos computadores.