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E3: ambicioso, "Horizon" brilha nos combates contra animais gigantes no PS4

Théo Azevedo

Do UOL Jogos, em Los Angeles

17/06/2015 13h02

Exclusivo para PlayStation 4, "Horizon Zero Dawn", da Guerrilla Games, é um jogo single-player em 3ª pessoa ambientado no mundo pós-apocaliptico mais bonito que você já viu. Isso porque o enredo se passa 1.000 anos após um cataclisma que dizimou a humanidade e fez dos animais, novamente, a espécie dominante do planeta.

O UOL Jogos acompanhou uma demonstração a portas fechadas deste que, segundo a própria Guerrilla Games, é  o título mais ambicioso da desenvolvedora por trás de "Killzone", seja pelo apuro técnico - um mundo aberto totalmente explorável e sem tela de carregamento -, seja pelos combates estratégicos contra máquinas de proporções bestiais

A trama é cercada de mistérios, sobre os quais a Guerrilla ainda não quer falar, e o primeiro deles são as criaturas, híbridos de animais e robôs, que populam o jogo e normalmente sempre estão em maior número e tamanho se comparadas à protagonista Aloy. Não se sabe de onde vieram, quais seus propósitos e porque  têm esta aparência.

Da própria Aloy também não se sabe muita coisa, exceto o fato de que ela integra uma civilização antiga e que se trata de uma exímia e ágil guerreira que, de alguma maneira, entende este mundo ao seu redor.

A demonstração partiu de onde o vídeo exibido na conferência da Sony, na E3, parou. Mark Norris, produtor de "Horizon", mostrou alguns dos elementos de RPG do jogo, como a necessidade de coletar loot das criaturas abatidas e da própria natureza, seja para fazer poções ou munição customizada.

Aloy mantém uma curiosa relação com estes "animais", especialmente os pacíficos, como os Grazors, que precisam ser abatidos porque, por alguma razão, as cânulas em suas costas carregam uma substância muito importante a para a sobrevivência da tribo da protagonista.

O HUD tem o que se espera de um jogo do gênero, da barra de saúde à bússola, e o botão L1 abre a roda de armas. É possível carregar quatro diferentes armas, com três tipos de munição para cada uma, e o jogador consegue alternar rapidamente por entre elas durante um combate.

Estratégia em ação

Mark Norris, produtor do jogo, mostrou algumas das mecânicas que cercam os combates de "Horizon", especialmente com o arco e flecha. A natureza reage às ações do jogador quando ameaçada. Há criaturas como os Watchers, que aparecem para proteger um bando de Grazors, por exemplo, enquanto estes fogem por sua vida.

Mas é o Thundermow, a criatura gigante e feroz que apareceu no vídeo exibido na conferência da Sony, que rouba a cena. Além do tamanho descomunal, o bicho possui 93 elementos destrutíveis, ou seja, que podem ser atingidos ou removidos pelo jogador. Debaixo de sua forte armadura há pontos fracos que, se atingidos, inflingem muito mais dano e facilitam a árdua tarefa de botá-lo abaixo.

O Thundermow lembra um dinossauro, que dizima pedras e árvores por onde passa, mostrando como certos elementos do cenário podem vir abaixo. Depois de atacar o animal com flechas de choque e explosivas, arrancando pedaós de sua carapaça, Norris consegue abatê-lo de vez usando uma corda que enrola em suas patas.

É uma luta que dura alguns minutos e empolga pelas possibilidades estratégicas, já que o próprio Thundermow tem pelo menos 12 ataques diferentes, usando da cauda às investidas com a cabeça para tentar acabar com Aloy.

Como foi uma demonstração apenas para os membros do Game Critics Awards, do qual UOL Jogos faz parte, tratava-se de um build que rodou em tempo real - mas "Horizon" ainda tem um longo caminho pela frente até ser lançado, em 2016.

Se seguir por este caminho, com embates estratégicos entre Aloy e tais criaturas, num mundo cercado de mistério e totalmente aberto à exploração, "Horizon" está mais que apto a figurar entre os principais jogos de mundo aberto.