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"Fallout 4" mistura "GTA" e "Minecraft" em mundo pós guerra nuclear

Claudio Prandoni e Pablo Raphael

Do UOL, em São Paulo

09/11/2015 20h45

Foram sete anos de espera, mas ela valeu a pena: "Fallout 4" mostra que a produtora Bethesda não perdeu a mão para criar mundos abertos enormes e cheios de aventura.

Ao preço sugerido de R$ 200, o jogo chega nesta terça-feira (10) em versões para PlayStation 4, Xbox One e PC com legendas em português (uma novidade na série) e revela também que a produtora conseguiu superar pontos fracos crônicos de seus títulos passados: o game traz toda a liberdade que se espera de um "Fallout" somada a uma narrativa envolvente e personagens bem desenvolvidos.

Clique aqui para ler a análise completa de "Fallout 4".

Mais do que apenas adaptar as mecânicas e ambientação já conhecidas da série, "Fallout 4" traz novos sistemas, com destaque para a robusta ferramenta de construção, que ocuparão os jogadores por centenas de horas. Para os veteranos da série, o game não só mostra muito do rico universo pós-apocalíptico, como coloca o jogador para interagir com alguns de seus maiores mistérios.

Na história game, você descobre os perigos e mistérios de uma terra estranha e ao mesmo tempo familiar através dos olhos de um sobrevivente de uma guerra nuclear acontecida 200 anos antes, congelado antes das bombas começarem a cair. É possível se aliar a vários grupos diferentes, cada um com sua própria agenda, viajar ao lado de companheiros fascinantes e até mesmo reconstruir parte desse mundo arruinado.

Muito da narrativa é apresentado por personagens secundários extremamente carismáticos. Mas, a partir de certo ponto, as coisas ficam bastante pessoais e o jogador se torna realmente o protagonista dos eventos que mudarão para sempre a vida no Commonwealth (como é chamada a região de Boston no game).

Fãs veteranos vão se deliciar com os acontecimentos de "Fallout 4" e com a forma que a Bethesda apresenta antigos mistérios da mitologia da série, não só falando deles mas colocando você para jogar ao lado ou contra facções que antes eram vistas apenas por fora ou simplesmente citadas em missões paralelas de "Fallout 3".

Por sinal, o mapa em pouco lembra as terras devastadas do título anterior, mostrando uma paisagem rica em atividades. Diamond City, por exemplo, é um lugar cheio de intrigas políticas, um comércio bastante ativo e até um detetive particular.

Em meio a combates violentos e aventuras ao lado dos personagens mais carismáticos vistos em um "Fallout", é possível pacificar áreas e se aliar a moradores locais para construir diversos tipos de estruturas, como casas, lojas e até plantações e canhões de defesa. Vale notar, muito disso é opcional, mas dominar o sistema é garantia de muitos benefícios em combates contra inimigos e outras situações.

São centenas de horas de diversão, seja explorando e reconstruindo a Wasteland, interagindo com personagens carismáticos e desvendando uma trama bem mais complexa do que se imaginaria ou combatendo gangues selvagens, mutantes poderosos e outras criaturas malignas com toda a hiper violência que se espera de uma aventura na América pós-apocalipse nuclear.