Topo

Campanha de "For Honor" dá personalidade à divertida ação do game

Pedro Henrique Lutti Lippe

Do UOL, em Los Angeles

15/06/2016 12h29

"For Honor" veio ao mundo em 2015 na forma de uma mecânica de combate engenhosa. Agora, aparecendo na E3 pela segunda vez, o novo game de ação do criador de "Red Steel" finalmente ganha uma personalidade.

Cavaleiros, vikings e guerreiros samurai lutam há séculos. Nenhuma das facções se lembra da razão por qual o conflito teve início, mas a inércia as conduz de batalha em batalha. Esse é o curioso cenário de "For Honor", onde "os maiores guerreiros da história da humanidade" devem compartilhar um mundo da única maneira que eles sabem: lutando.

Inicialmente, "For Honor" foi apresentado ao público como um game focado em seu modo multiplayer. Jogadores assumem o controle de vários mestres das armas brancas em vastos campos de batalha. Soldados comuns são presas fáceis - mas outros jogadores oferecem um desafio diferente. E é aí que "For Honor" mostra seu diferencial.

Cada golpe de espada, machado ou katana deve ser friamente calculado antes de ser desferido. Caso contrário, é bem provável que ele acabe sendo revidado. O sistema de combate de "For Honor" coloca dois soldados oponentes em patamar de igualdade: ao movimentar o direcional analógico para a esquerda, para a direita, ou para cima, os guerreiros conseguem guiar seus cortes, e também bloquear golpes inimigos que venham a partir das mesmas direções. O resultado é uma luta rítmica, na qual observar a postura dos inimigos antes de cada nova rodada de ataques é essencial.

Pois bem: tudo isso foi mostrado na E3 2015. Para a edição de 2016 da feira, o diretor Jason VanderBerghe apresentou uma outra faceta do game: a campanha para um jogador.

A história de um mundo em guerra se desenvolve através de várias perspectivas. Em um teste, UOL Jogos pôde experimentar duas missões da campanha. Uma delas, provavelmente a primeira do game, contava a história de uma mercenária (ou mercenário) que ascendeu à posição de cavaleira após provar seu valor em batalha. Na outra, vikings invadiam os castelos de um poderoso líder samurai.

A estrutura das missões lembra bastante a de "Ryse: Son of Rome" - ainda que "For Honor" tenha coragem de ir muito além do game da Crytek no quesito complexidade de combates. Embates contra poderosos inimigos são intercalados por cenas brutais e cheias de alusões à "lei da espada". "For Honor" não tem medo de glorificar a violência sem sentido.

Estilos distintos

Se no multiplayer os diferentes níveis de habilidades dos jogadores ditam a variedade da experiência, na campanha as três facções de guerreiros parecem cumprir tal papel. Cavaleiros lutam com mais cadência, por exemplo, enquanto os samurai preferem investir contra seus oponentes com rápidas sequências de ataques curtos. Cabe ao jogador adaptar suas estratégias de acordo com o tipo de oponente.

Ainda é difícil saber se "For Honor" conseguirá manter-se interessante ao longo de várias horas, mas ele certamente já provou que consegue impressionar quando experimentado em doses curtas. Ele é bonito, engenhoso, e recompensante: ao final de minha sessão de testes, que durou cerca de 40 minutos, eu senti que já tinha melhorado muito no controle dos guerreiros, mas ainda enxergava espaço para melhoras.

"For Honor" sairá no dia 14 de fevereiro de 2017, com versões para PlayStation 4, Xbox One e PC.