Moradores de cidades pequenas têm dificuldades para jogar "Pokémon GO"

A ausência de ginásios e Pokéstops tem tornado "Pokémon GO" uma experiência frustrante para quem mora fora dos grandes centros urbanos brasileiros. Se com a chegada do jogo na última quarta-feira (3) diversas pessoas circulam pelas ruas das capitais do país capturando monstrinhos e batalhando em ginásios, o mesmo não ocorre em cidades do interior do Brasil.

O problema motivou a criação da hashtag "#PokestopsForEveryone" por usuários brasileiros do Twitter. A ideia é chamar a atenção da produtora Niantic para a questão - por isso, algumas publicações estão em inglês. Da mesma forma, youtubers têm gravado vídeos que mostram a escassez desses pontos em cidades pequenas. 

UOL Jogos também tem recebido reclamações similares via Whatsapp.

A situação se repete também nos bairros mais afastados de cidades grandes, como São Paulo. Ainda que seja possível jogar o game, a variedade de Pokémon existente e o escasso número de Pokéstops e ginásios - por vezes, os existentes situam-se em locais de difícil acesso ou perigosos - atrapalha a experiência.

Problema mundial

Engana-se, porém, quem pensa que esse problema é exclusividade dos brasileiros. Nos Estados Unidos, terceiro país a ter o game, as zonas rurais também sofrem com o baixo número tanto de Pokémon quanto de pontos de interesse. 

Uma das razões para isso é que a base de dados do jogo utiliza os pontos de interesse listados por "Ingress". Por meio de um formulário, jogadores do game podiam solicitar a inclusão de pontos de interesse no game. A página, porém, foi fechada em setembro do ano passado.

Até o final de julho, o mesmo poderia ser feito em relação a "Pokémon GO". O site da produtora Niantic, porém, parou de aceitar novos pedidos de inclusão, substituindo a opção para isso por uma mensagem onde relata a decisão (de não aceitar mais essas solicitações) e diz que quem quiser jogar deverá procurar um parque ou ponto histórico de sua comunidade.

Já a ausência de Pokémon em quantidade e variedade em regiões mais afastadas pode ter a ver com uma teoria de que a aparição dos monstrinhos se baseia na densidade demográfica dos locais. Essa seria uma forma de evitar que pessoas invadissem propriedades privadas ou áreas de risco atrás dos Pokémon. Com isso, os jogadores se concentrariam em mais movimentadas quando estivessem jogando. 

Ainda não há previsão para que a Niantic volte a aceitar pedidos do tipo - isso se ela voltar a aceitar.

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