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Impedidas de jogar torneio de "CS", brasileiras reclamam e ESL volta atrás

Jogadora brasileira "camyy" em campeonato profissional. Torneios femininos são muito escassos no cenário competitivo. - Reprodução/Clown
Jogadora brasileira "camyy" em campeonato profissional. Torneios femininos são muito escassos no cenário competitivo. Imagem: Reprodução/Clown

Barbara Gutierrez e Théo Azevedo

Do UOL, em São Paulo

31/01/2017 15h30

Após vetar a participação de equipes sul-americanas nas classificatórias para a competição feminina Intel Extreme Masters Katowice 2017 de "Counter-Strike: Global Offensive", a organização internacional de eSports ESL voltou atrás.

As equipes brasileiras SemXorah e CUBE, cujas jogadoras possuem grande experiência no cenário de "CS:GO", se mobilizaram para reclamar sobre a situação de veto aos times de outras regiões que não fossem da América do Norte e Europa.

Nas redes sociais, as jogadoras reclamaram sobre o ocorrido, falando como elas tiveram a chance de participar sem problemas em outras edições do campeonato da IEM.

Jogadoras protestam contra ESL - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
Leia a publicação de Pamella "pan" Shibuya no Facebook: http://bit.ly/2knez2Q
Imagem: Reprodução/Facebook

O cenário feminino nos eSports é conhecido por suas limitações, como uma quantidade escassa de campeonatos exclusivos e premiações muito abaixo dos valores quando comparadas aos prêmios de torneios tradicionais.

O barulho que as jogadoras fizeram nas redes sociais, junto ao braço da ESL no Brasil - que também advogou em favor da equipe -, fizeram a ESL internacional rever sua decisão. Em resposta ao UOL Jogos, a assessoria da empresa explicou que a decisão foi revista e que as equipes sul-americanas poderão participar do campeonato. Veja a mensagem na íntegra:

"A razão pela qual decidimos limitar as qualificatórias norte-americanas para outras regiões é que temos quase certeza de que as jogadoras de fora experienciariam problemas de conexão e ping, possibilitanto uma grande influência no desempenho dentro das partidas. Nós queremos certificar um alto nível de competição para todas as equipes participantes, mas não é possível equilibrar a experiência de jogo para a América do Sul igual à da América do Norte."

"Dito isso: decidimos deixar as equipes sul-americanas participarem das qualificatórias norte-americanas e acabamos de informar às jogadoras desta decisão, junto com as limitações técnicas. A decisão será delas caso elas queiram ou não competir - fomos honestos das prováveis limitações. Espero receber a equipe na competição e nós da ESL desejamos a elas uma boa sorte."

A SemXorah é composta pelas pro players Amanda "AMD" Abreu, Bruna "bizinha" Marvila, Gabriela "GaBi" Maldonado, Mayara "may" Prado e Diana "mittens" Trevisan. Da CUBE, são as seguintes jogadoras: Camila "camyy" Natale, Pamella "pan" Shibuya, Juliana "juliana" Maransaldi, Erika "eriika" Babio e Bruna "bubu" Santos.