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Controles pequenos e funções limitadas ofuscam brilho do Switch

Testamos o Switch nos EUA; veja nossas primeiras impressões

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Do UOL, em São Paulo

01/03/2017 15h47

O Switch, novo videogame da Nintendo, chega às lojas dos Estados Unidos na próxima sexta-feira (3) - no Brasil, ainda não há previsão. A imprensa norte-americana, contudo, já testou o aparelho e destaca que o Switch brilha por fugir do convencional e cumpre com excelência o que propõe: ser um misto de console de mesa e de videogame portátil. Por outro lado, o tamanho pequeno dos controles Joy-Con e a ausência de funções extras, como ver Netflix ou navegar pela Internet, estão sendo alvo de críticas.

O que eles têm a dizer

Há pontos que quase são unânimes entre os jornalistas que testaram o aparelho. Em suas análises, Game Informer, Kotaku e Polygon criticaram o tamanho dos Joy-Cons, o que acaba tornando seu uso desconfortável em sessões mais longas de jogo. No caso da Game Informer, a crítica aos pequenos controles se estendeu ao fato de que eles não podem ser carregados separadamente. Uma alternativa seria usar o Pro Controller, que segundo a revista só peca por usar botões de gatilho digitais, em contraponto aos analógicos vistos no PlayStation 4 e Xbox One.

Switch - Joy-Con adicionais - Divulgação - Divulgação
Tamanho reduzido e posição dos botões dos Joy-Cons renderam críticas por cansarem as mãos em sessões de jogo mais longas; modularidade do console, por sua vez, foi um dos pontos mais elogiados
Imagem: Divulgação

Para completar a sequência de críticas, a bateria do aparelho no modo portátil durou menos de três horas ao se jogar "The Legend of Zelda: Breath of the Wild", seu tamanho não o torna exatamente fácil de carregar e o suporte da traseira, que permite que o console em seu modo portátil fique apoiado em uma mesa, é frágil - e se soltou durante o uso. 

A Game Informer, por sua vez, apontou diversas qualidades no aparelho. Os (segundo eles) desconfortáveis Joy-Cons brilham devido ao seu sistema de vibração e à duração de suas baterias, a interface do console é limpa e fácil de usar e a qualidade visual dos jogos continua boa mesmo no modo portátil. 

Esses elogios para a bateria dos controles e à qualidade visual dos jogos no modo portátil foi endossada pelo site Destructoid, que somou a isso o fato de não ter tido qualquer problema de sincronização dos controles com o aparelho. Por outro lado, o site levantou outra questão quase unânime sobre o console: a ausência de aplicativos e funções para que o Switch seja utilizado além dos jogos. O preço dos periféricos também foi apontado como uma falha do console, o mesmo valendo com a pouca utilidade - no momento, ao menos - da tela tátil do aparelho. 

No caso do Kotaku, o Switch agradou por oferecer várias maneiras de ser jogado, com destaque especial para o fato de que os jogadores podem montar pequenas redes de até oito aparelhos para jogar ao mesmo tempo - algo que deve ser muito bacana em jogos como "Mario Kart". Assim como a Game Informer, o sistema de vibração dos Joy-Cons foi digno de nota, segundo o site. Destaque também para a possibilidade de carregar o aparelho sem, necessariamente, ele estar acoplado à sua doca.

The Legend of Zelda: Breath of the Wild - Reprodução - Reprodução
A biblioteca de lançamento do Switch é restrita: o único grande título é "The Legend of Zelda: Breath of the Wild"
Imagem: Reprodução

As críticas do Kotaku se concentraram, especialmente, na impressão de que a Nintendo lança o Switch ainda "cru": ao menos por ora, não há informações detalhadas sobre a sua rede online e a possível chegada de funções e aplicativos para ele ser usado além dos games. O desconforto dos Joy-Cons, a fragilidade do suporte da traseira, a ausência da saída de fones nos controles, a posição da conexão de energia que, por estar na parte inferior do Switch, impede que ele seja carregado enquanto se joga com ele apoiado em uma mesa e, por fim, o espaço interno bastante restrito foram os pontos negativos relatados.

O Gamespot foi econômico em sua análise do aparelho. Entre os pontos positivos, a publicação ressalta a qualidade da tela, que é brilhante e tem boa resolução, e o peso do Switch, que é mais leve do que o seu tamanho pode sugerir. Por outro lado, o som do console em seu modo portátil e a recorrente fragilidade do suporte traseiro do aparelho foram, segundo o site, os principais pontos negativos do videogame. 

Por fim, o Polygon elogiou a já citada interface do aparelho, a sensação de inovação que o Switch traz e sua robustez. Outro ponto positivo citado pelo site diz respeito ao fato de que os games em mídia física não precisam ser instalados no videogame - ao contrário do que ocorre com PlayStation 4 e Xbox One -, algo providencial considerando o seu parco espaço de armazenamento. Por outro lado, o Polygon repetiu críticas já vistas acima, como o suporte da traseira frágil, a impossibilidade de carregar a bateria enquanto ele está apoiado nesse suporte, a bateria bastante limitada em seu uso portátil, o uso desconfortável dos Joy-Cons e seu método de carregamento, a biblioteca limitada de games no lançamento - mesmo com um blockbuster como "The Legend of Zelda: Breath of the Wild" -, a ausência de aplicativos como Netflix e a falta de clareza sobre como serviço digital do console funcionará. 

UOL Jogos teve um contato inicial com o aparelho durante o evento de apresentação realizado em Nova York (EUA), no mês de janeiro. Tão logo tivermos o console em mãos, daremos nossa opinião sobre a novidade.