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Nintendo supera ceticismo e faz do lançamento do Switch um sucesso

O novo videogame da Nintendo começou sua caminhada com o pé direito - Divulgação/Nintendo
O novo videogame da Nintendo começou sua caminhada com o pé direito Imagem: Divulgação/Nintendo

Pedro Henrique Lutti Lippe

Do UOL, em São Paulo

14/03/2017 11h00

O fracasso do Wii U colocou todas as fichas contra a Nintendo, que passou os últimos anos assistindo aos competidores PS4 e Xbox One abrindo vantagem em números de vendas. Mas a empresa japonesa conseguiu quebrar recordes e o ceticismo do mercado com o bem-sucedido lançamento de um novo videogame, o Switch, que já tem uma performance inicial melhor do que o incontestável Wii.

Por ora, as forças do sistema que mistura console de mesa e portátil são duas.

Primeiro, o conceito do hardware: trata-se de um aparelho extremamente bem realizado, leve, silencioso e confortável de usar, capaz de gerar experiências em alta definição na tela da TV ou na palma da mão.

E segundo, "The Legend of Zelda: Breath of the Wild", um dos maiores arrasa-quarteirões que já agraciaram um lançamento de plataforma, lado a lado com "Super Mario 64", e recordista absoluto de notas máximas na imprensa especializada.

Mas isso é só o começo. Para não repetir o triste destino do Wii U, ainda há percalços que a Nintendo precisa evitar: o Switch precisa ter um calendário de lançamentos constantes (e não os vácuos de meses sem novos games como os que o Wii U enfrentou) e o apoio de third-parties, sejam elas grandes produtoras ou pequenos estúdios indie.

Assista ao unboxing do Nintendo Switch

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O Switch não precisa de paridade completa com PS4 e Xbox One em termos de lançamentos para ser um sucesso. Mas precisa, sim, de pelo menos algo de empresas como a Activision e a Ubisoft, que têm força para ajudar a manter o sistema sempre em evidência com novos jogos.

O formato diferenciado do Switch siginifica que todas as avenidas estão abertas para os desenvolvedores. Experiências em alta definição como as que PS4 e Xbox One recebem funcionam no videogame, assim como aquelas que historicamente se saíram melhor em portáteis (como "Pokémon"), ou como jogos mobile, dependentes unicamente da tela sensível ao toque.

E este é o verdadeiro diferencial do Switch: a versatilidade. As brincadeiras de "1-2-Switch" mostram que o sistema é capaz, sim, de abrigar ideias inovadoras como fez o Wii. Mas a exclusividade que importa é o fato de que o Switch pode receber literalmente qualquer tipo de game, de "Flappy Bird" a "GTA", sem que eles sejam comprometidos.

O Nintendo Switch ainda tem um longo caminho para trilhar antes de cruzar a linha de chegada como um sucesso, pois a corrida metafórica aqui é uma maratona, e não uma prova de 100 metros rasos. Mas a largada foi boa, e agora cabe à própria Nintendo e às third-parties agarrarem as várias possibilidades que só o sistema proporciona.