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Brasileiro já vendeu mais de 150 mil jogos, mas é desconhecido no país

Sucesso de crítica no Steam, "Momodora" agora está disponível para PS4 e Xbox One - Divulgação
Sucesso de crítica no Steam, "Momodora" agora está disponível para PS4 e Xbox One Imagem: Divulgação

Pedro Henrique Lutti Lippe

Do UOL, em São Paulo

29/03/2017 15h54Atualizada em 30/03/2017 09h16

Aos 25 anos, o brasileiro Guilherme "rdein" Martins já vendeu mais de 150 mil jogos, mas é pouco conhecido em sua terra natal.

Criador de "Momodora", Guilherme faz parte de um coletivo de desenvolvedores chamado Bombservice. O grupo reúne pessoas de várias nacionalidades, que cooperam remotamente na produção de games.

"Eu conheço mais gente de fora e tenho um contato maior com essas pessoas, através do Twitter e de outras redes sociais", explica.

O mais recente capítulo da série "Momodora", batizado de "Reverie Under the Moonlight", teve mais de 100 mil unidades vendidas no Steam, e é avaliado na plataforma de maneira "extremamente positiva" por 97% dos usuários. Mas Guilherme é pouco conhecido no Brasil, e até mesmo escreve exclusivamente em inglês no Twitter.

Agora disponível também para PlayStation 4 e Xbox One, "Reverie Under the Moonlight" sequer tinha suporte ao português quando foi lançado originalmente, e recebeu uma tradução para o idioma por conta de um pequeno grupo de fãs.

Veja o novo "Momodora" em ação

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"Momodora" ainda faz parte da primeira leva de games brasileiros a chegarem aos consoles. Enquanto títulos como "99Vidas: O Jogo" e "Horizon Chase" chegaram a ter suas (ainda não lançadas) versões para consoles destacadas em eventos de Sony e Microsoft, o jogo do Guilherme tornou-se realidade sem qualquer alarde por aqui.

O desinteresse do público brasileiro por jogos com um estilo retrô, que remete a clássicos dos anos 1980 e 1990, é citado como o motivo por trás do foco no mercado internacional.

Guilherme "rdein" - Reprodução - Reprodução
Guilherme prefere não utilizar fotos pessoais nas redes sociais
Imagem: Reprodução

Em "Momodora", jogadores controlam a jovem sacerdotiza Kaho em uma jornada para vencer inimigos mortos-vivos e corrompidos.

A aventura é retratada com belos gráficos bidimensionais, e tem uma estrutura parecida com as de jogos como "Metroid" e "Castlevania". Exploração é um fator importante, tais quais intensas batalhas contra enormes chefes.

"Desenvolvedor autodidata", Guilherme já trabalha em um novo projeto, mas não revela detalhes do mesmo.