Você nunca deveria ter assoprado seus cartuchos: veja o que acontece
Prática comum entre jogadores dos anos 1980 e 1990, assoprar o cartucho para consertar problemas em um game era, na verdade, uma péssima ideia.
No Nintendinho ou no Mega Drive, cartuchos cujos conectores eram vitimados pela saliva de seus bem-intencionados donos ficavam cada vez mais problemáticos. A ideia de que assoprar a fita podia tirar resíduos de poeira acumulados nos conectores pode até fazer sentido, mas a ação também prejudicava a integridade do cobre no circuito.
Em um estudo feito em 2008, fãs do NES compararam os estados dos conectores de dois cartuchos idênticos após um mês de testes. Um deles tinha sido submetido a constantes assopros, e o outro não. Mesmo em um curto período, a diferença entre os dois era evidente: resíduos já cobriam praticamente toda a extensão dos conectores da fita que sofreu o abuso bucal.
Assoprar a fita ainda acelera o processo de oxidação dos conectores. Eventualmente, a maioria dos cartuchos que são submetidos a este tipo de tratamento param de funcionar.
Mas há quem jure de pés juntos que assoprar a fita ajudava a fazer um jogo com problemas a funcionar normalmente de novo. Essas pessoas estão enganadas?
Sim.
Como assegura a própria documentação oficial da Nintendo, não há razão científica para acreditar que meros assopros possam resolver problemas de conexão entre cartucho e console.
Na maioria dos casos em que o processo de assoprar o cartucho parecia funcionar, a ação que realmente estava fazendo efeito era o recolocamento da fita no encaixe. Com ou sem assopro, o reposicionamento do game dava aos encaixes uma chance a mais de fazer a conexão correta entre os circuitos.
Além de fazer o game enfim funcionar corretamente, isto acabava criando um placebo na cabeça dos jogadores, que achava que sua ação direta (o assopro), e não a aleatoriedade (a reconexão bem-sucedida) era a causa do sucesso.
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