Ela quer tatuar todos os Pokémon (e já foram mais de 100!)
Conheça a tatuadora geek que planeja fechar a Pokédex na pele de seus clientes
As paredes estão cobertas com rascunhos de tatuagens temáticas. De "Dragon Ball" a "League of Legends", os desenhos coloridos de animes, games e histórias em quadrinhos enchem o estúdio localizado na zona norte de São Paulo.
O som metálico da máquina de tatuagem agitando suas agulhas na perna de um cliente se espalha pelo ambiente. Compenetrada no próprio traço e usando uma máscara de proteção está a tatuadora Sara Pimentel - ou Chibs, como é mais conhecida.
A jovem tem 25 anos, mas só começou a trabalhar no ramo da tatuagem em 2015. Em dois anos de profissão, ela já é conhecida por seu traço e cores que dão vida a diversos personagens famosos da cultura pop.
"Eu sempre gostei de jogos e cultura pop em geral", fala enquanto contorna um Flareon na perna de seu cliente. "Eu fazia design de games e tive que parar por problemas de dinheiro. Aí eu comecei a tatuar para pagar os estudos e quis misturar os dois mundos: os personagens com a tatuagem."
Um pôster pendurado na parede tem mais de 100 monstrinhos riscados. Todos os Pokémon estão na lista, incluindo as formas de Alola e as mega evoluções.
"Eu quero tatuar todos eles, até a sétima geração. O dia em que eu terminar pelo menos uma geração, farei uma festona. Quero tatuar uma Pokédex em mim com os dizeres 'Gotta tatt 'em all'! [trocadilho com 'Gotta catch 'em all', famoso bordão do anime que em português 'Temos que pegar']"
Seu estúdio próprio ainda é muito recente, com uma semana de funcionamento. As estantes das prateleiras estão repletas de mangás como "Death Note" e "Naruto", HQs como "Batman: A Piada Mortal", além de jogos de tabuleiro, games de Xbox 360 e um Nintendinho.
Tatuando, Chibs é rodeada por amigos - todos com tatuagens de Pokémon. Enquanto ela colore o desenho, seu marido e colegas enchem o ambiente com conversas sobre "Magic", "One Piece" e a seleção de campeões na partida de "League of Legends" que passa na TV.
Gustavo Dócil, apresentador do Campeonato Brasileiro de League of Legends, falava sobre o campeonato. Ela me aponta para a telinha e comenta animada: "Eu tatuei ele também!"
"E quando vai ser a tattoo do Nappon?", alguém pergunta. "Acho que semana que vem", diz ela se referindo a Carlos "Nappon" Rücker, jogador de "LoL" que recentemente foi campeão do CBLoL.
Inclusive, o famigerado "Lolzinho" é assunto recorrente entre a tatuadora e clientes. "Estava pensando em deixar um espaço para que os amigos das pessoas que vêm tatuar, que não fazem nada, possam jogar 'LoL' enquanto isso."
Ela ainda comenta, toda orgulhosa, que está preparando seu primeiro cosplay oficial como Vi, campeã do jogo da Riot Games.
Quem recebe o Flareon na perna é Matheus Froelich, de 21 anos. Sua namorada, Marília Babberg, 24 anos, espera por sua vez para tatuar um Sylveon logo depois de seu namorado. Além do Sylveon, ela também já tem dois Ninetales feitos com Chibs.
"Eu acho ótimo ter uma tatuadora geek, normalmente você encontra tatuadores que fazem de tudo. Quando eu descobri que ela fazia só de cultura nerd, eu achei muito interessante e legal, além de ter um público enorme", fala Babberg, que trabalha como tradutora de games.
Chibs reage com o que a cliente disse: "Engraçado que quando eu tive essa ideia, me falaram que eu não teria público, que isso é coisa de criança. As pessoas que vêm aqui tatuar variam de idade entre 18 a até quase 40 anos."
Quando pergunto se ela é muito requisitada, ela para e pensa. Sorri e diz: "Bom, eu não tenho o que reclamar. Agora eu tenho até dois meses de espera para marcar uma tatuagem!"
Quer encontrar a tatuadora? Siga-a no Instagram: @chibstattoo!
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