Nintendo responde fã cego com carta em braile no Japão
Por se tratar de uma experiência bastante apoiada no audiovisual, os games podem representar uma barreira para pessoas com deficiências visuais ou auditivas. Ainda assim, alguns jogadores dão um jeito de superar dificuldades em nome da diversão.
Esse é o caso de Hibiki Sakai, uma criança japonesa que não enxerga desde os dois anos de idade. Ainda assim, o gosto por videogames fez com que ele se apegasse à série de jogos "Rhythm Tengoku". Trata-se de uma franquia de games rítmicos com versões para Game Boy Advance, DS, 3DS e Wii.
A série tem lançamentos esparsos (o último ocorreu no ano passado, com "Rhythm Heaven Megamix"), o que motivou Sakai a escrever uma carta para a Nintendo pedindo por mais games no estilo. Nela, ele diz que este é "o único game que eu consigo aproveitar com outras pessoas" e que "nunca perde" as disputas.
Além disso, ele pede que a Nintendo faça mais versões de "Rhythm Tengoku" e que não haveria qualquer problema "se elas fossem um pouco mais difíceis". Ele termina a carta dizendo que tem certeza "que várias pessoas com deficiência gostariam de jogar, mas não conseguem" e pede que mais games do tipo sejam desenvolvidos. Saikai diz que "sempre apoiará" a Nintendo.
Como resposta, a Nintendo enviou uma carta em braile ao garoto. Inicialmente, ela agradeceu o contato e disse que está feliz por Sakai ter gostado da série de games. E concluiu dizendo que o pedido do jogador será enviado ao departamento de desenvolvimento da empresa. "Nós queremos continuar fazendo jogos capazes de divertir qualquer pessoa, então obrigado pelo apoio", concluiu.
Sakai não é o único jogador com deficiência a ganhar destaque nos últimos tempos. Recentemente, um jogador cego conseguiu ganhar uma partida em um torneio de "Street Fighter V". Além dele, outras pessoas com limitações visuais têm conseguido aproveitar games, sejam sozinhos ou em parceria. Apesar de alguns games contarem com modos de acessibilidade, a indústria, porém, ainda carece de jogos destinados especificamente a pessoas com deficiência.
Quem sabe casos assim não ajudem a mudar esse panorama?
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