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Inspirado em "Jogos Vorazes", "Battlegrounds" é nova febre dos games online

Pode parecer, mas "PlayerUnknown"s Battlegrounds" não é apenas mais um jogo de sobrevivência - Divulgação/Bluehole
Pode parecer, mas "PlayerUnknown's Battlegrounds" não é apenas mais um jogo de sobrevivência Imagem: Divulgação/Bluehole

Pedro Henrique Lutti Lippe

Do UOL, em São Paulo

25/05/2017 17h13

Um novo jogo de sobrevivência conquistou milhões de jogadores de PC.

Essa é uma notícia que já cansamos de ler. De "DayZ" a "H1Z1", de "Rust" a "ARK: Survival Evolved", literalmente dezenas de games do gênero se transformaram em sucessos virais nos últimos anos, envolvendo jogadores em disputas pela sobrevivência em enormes cenários abertos onde os maiores obstáculos não são o mundo em si, mas sim outras pessoas.

Mas o barulho que "PlayerUnknown's Battlegrounds" está fazendo é mais estrondoso do que o normal. Dois meses após o lançamento, o título já se aproxima da marca de 3 milhões de unidades vendidas; de acordo com o site SteamSpy, só no Brasil já foram mais de 70 mil compradores. No site de streaming Twitch, o game só perde para "League of Legends" em número de visualizações.

Mas o que é que "Battlegrounds" faz de diferente de todos os outros jogos de sobrevivência que lotaram o Steam nos anos recentes?

Assista ao trailer de "PlayerUnknown's Battlegrounds"

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Criador do mod "Battle Royale" de "ArmA II" e "ArmA III" e de "H1Z1" (hoje conhecido como "King of the Kill"), Brendan "PlayerUnknown" Greene é essencialmente o criador do gênero apelidado de, bem, 'battle royale'.

Exatamente como no livro japonês homônimo de Koushun Takami ou nas disputas da série "Jogos Vorazes", os jogos do estilo se assemelham por largarem em arenas indivíduos munidos apenas de uma missão: matar para sobreviver.

A fórmula já tornou-se batida, mas Greene injetou em "Battlegrounds" o toque de sua experiência. Mesmo ainda estando em fase de testes - o game é vendido pelo sistema de Acesso Antecipado no Steam -, a experiência já tem um equilíbrio sublime entre o hiper-realismo de "ArmA" e os tiroteios descompromissados de "King of the Kill". Há no jogo profundidade suficiente para convencer os fãs a experimentarem novas táticas a cada partida, mas não em um nível excessivo, que afaste novatos.

Cada partida de "Battlegrounds" abriga até 100 jogadores. Após um período inicial de matança livre em uma pequena ilha que serve como período de espera para que todos se conectem ao servidor, a horda de guerreiros despreparados é levada em aviões para pontos separados de uma ilha bem maior.

Este enorme cenário aberto abriga itens, armas, veículos e ferramentas aos montes, apenas esperando para serem encontrados pelos jogadores.

Exatamente como em "Jogos Vorazes", os primeiros momentos das disputas são brutais. Quando o número de sobreviventes cai e o círculo que delimita o tamanho da arena diminui, porém, os personagens mais poderosos e aqueles que firmaram alianças costumam ser tragados por uma guerra de atrito, que geralmente acaba de maneira emocionante.

A acessibilidade é o maior trunfo do game. Ele não é um simulador complexo como "ArmA", e a abundância de recursos pelo mapa permite que jogadores de primeira jornada tenham uma chance nas disputas sem antes precisarem assistir a dezenas de partidas de outras pessoas no Twitch ou no YouTube para entender como a experiência funciona.

PlayerUnknown's Battlegrounds - Divulgação/Bluehole - Divulgação/Bluehole
Além de recursos, jogadores também podem encontrar itens cosméticos pela ilha, utilizando-os para personalizar o visual de seus personagens
Imagem: Divulgação/Bluehole

Com suporte a português, o game já está disponível por R$ 56 no Steam. Versões para PlayStation 4 e Xbox One também são planejadas.