Pegando no controle: jogos inspiram paródias pornô de sucesso na internet
Trocando o console pelo consolo
Sentada na cadeira do trabalho, bem no meio de uma tarde comum, eu buscava material de pesquisa para esta reportagem. Enquanto procurava, tentava esconder a tela do meu computador dos meus colegas de redação - isso porque eu estava assistindo a um vídeo pornô em pleno expediente com o Ash, a Misty e até mesmo o pobre coitado do Pikachu.
Por mais estranho que pareça, paródias pornográficas de games fazem um sucesso estrondoso pela internet.
E não sou eu dizendo isso: de acordo com o RedTube, sempre quando um novo videogame é lançado, as paródias relacionadas a este tipo de conteúdo recebem um pico de buscas no site. Sem trocadilhos infames, por favor. Os meus já são suficientes.
“Aparentemente, os jogos formam o quarto maior segmento de todas as paródias no RedTube, atrás de séries de TV, super heróis e filmes, respectivamente", diz a assessoria do RedTube.
“Olhando apenas para buscas relacionadas a games, logo em primeiro lugar vem ‘Super Mario Bros’, seguido de ‘Pokémon’ e do mais novo queridinho do público, ‘Overwatch’.”
“As principais buscas relacionadas ao termo 'paródia' são muito diferentes dos videogames mais procurados no RedTube. ‘Pokémon’ sozinho é o termo mais procurado para títulos de videogames no site. ‘Overwatch’ é o único jogo que chega perto disso, os outros games estão a anos luz atrás.”
"Overwatch" não só recebeu o prêmio como melhor game do ano em 2016, como também é o 11º termo mais procurado de todo o Pornhub. E olha só o Brasil representando: o jogo de tiro em primeira pessoa é o favorito dos brasileiros na hora de pegar o controle… Ao menos figurativamente falando.
De acordo com o Pornhub, os brasileiros levam a sério o lema "Temos que pegar!". Não é à toa que existem paródias como "Strokemon", da produtora pornográfica Woodrocket - aquela mesma que assisti bem no meio da redação, que traz trocadilhos de nomes incríveis como Dickachu, Gash e Fisty.
Mas se o público nacional é tão fiel aos games, por que não há conteúdo nacional referente ao assunto? Fui a fundo na questão - ninguém poderia me parar - e falei com ninguém menos senão Cleyton Nunes, CEO da Brasileirinhas, uma das maiores produtoras pornográficas brasileiras.
"Existe uma lei nos EUA de que paródia é um direito ao humor, um direito autoral, por isso os norte-americanos produzem muito este conteúdo. No Brasil, se fizermos o mesmo, vamos ter problemas e por isso não entramos nessa onda", me explicou em tom bem-humorado.
"Ainda mais eu que sou um nerd total, infelizmente não podemos nem brincar com isso! Aqui, isso entra em confronto direto com a lei do direito autoral, então a gente licencia esses filmes ao invés de produzi-los. Por isso não vemos produção nacional deste tipo", finaliza o empresário.
Mas fique tranquilo: os brasileiros não são os únicos com gostos… Peculiares. Por exemplo, a quantidade de buscas por material pornográfico de “Minecraft” subiu de forma impressionante em países como Polônia, Argentina e Canadá. Aparentemente, não é só de curvas que o povo gosta.
Além disso, há mais exemplos que fazem sucesso como animações de "Bayonetta" ou versões proibidonas de clássicos do mundo dos games, como "Final Fuck X", "Biocock", "Queers of War 2", "Ass Effect 2", "Analo: Penetration Envolved" e diversas outras produções que mostram como a humanidade não tem limites para trocadilhos sexuais.
Isso sem falar nos games pornográficos - mas isso é assunto para outra pauta.
Afinal de contas, não podemos nos esquecer de uma das grandes verdades da internet, com sua regra nº 34: se uma coisa existir, há pornografia dela. Sem exceções. Enquanto isso, fica a dica: não consuma pornografia no trabalho.
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