"Fliperama do futuro", "Nex Machina" desafia jogador com tiroteio frenético
"Nex Machina" é o jogo mais recente da Housemarque e, para os fãs mais dedicados, só isso já é motivo o bastante para compra. Mas, talvez você não esteja associando o nome do estúdio aos games, então vamos lá: a produtora é responsável por vários 'shooters' viciantes, como "Super Stardust", "Alienation" e "Resogun".
O novo game traz elementos que deram certo nesses jogos, mas também apresenta ideias novas e lembra clássicos dos fliperamas do começo dos anos 1980. A semelhança com "Robotron" e "Smash TV" não é mera coincidência: o jogo conta com a colaboração do lendário game designer Eugene Jarvis, criador desses jogos.
A premissa é simples e direta: no futuro, as máquinas desenvolveram inteligência e decidiram exterminar a raça humana. Você deve impedir que isso aconteça, atirando em todas as máquinas que aparecem pela frente ao mesmo tempo em que tenta salvar os humanos espalhados pelas fases.
"Nex Machina" é um tiroteio frenético e ininterupto, onde os jogadores (você pode jogar sozinho ou com um companheiro em multiplayer local) percorrem mapas feitos de voxels, lutando contra diversos tipos de robôs, procurando os melhores caminhos para salvar os humanos e avançar para a fase seguinte. Uma alavanca controla a direção, a outra atira e você ainda pode equipar armas especiais, como bombas, lança-foguetes ou uma improvável espada.
Durante a jornada, espere por mudanças de perspectiva e desafios inusitados, seja atravessar áreas cheias de raios laser ou fugir de uma imensa bola de demolição enquanto luta contra os robôs. Ao final de cada mundo, você encara chefões bem criativos - como um enorme gorila de metal pendurado na beirada do cenário.
O show de luzes e cores, acompanhado pela trilha sonora eletrônica dá ao game um ritmo quase hipnótico. Praticamente tudo pode ser destruído e voxels voam por todos os lados, numa escala muito superior ao visto em "Resogun". É uma festa para os olhos e um desafio enorme para os reflexos e a concentração do jogador.
Modos de jogo
Além do modo arcade, onde você atravessa os vários mundos de "Nex Machina" um depois do outro, há um modo Arena, onde é preciso competir por pontuações e medalhas, e a opção de jogar cada mundo isoladamente. Em qualquer modo, você é premiado ao realizar Feitos ("passe de fase em menos de 4 minutos, sem salvar nenhum humano", "destrua 50 robôs com um disparo de laser", etc) e as diferentes dificuldades dão recompensas melhores, mas trazem inimigos mais fortes e rápidos, além de uma quantia menor de "continues".
Mesmo não sendo imprecindível, faz falta em "Nex Machina" uma história para acompanhar a ação. Mesmo que simples, é um elemento que deu certo em "Dead Nation" e "Alienation", outros ótimos jogos da Housemarque.
"Nex Machina" é o futuro dos jogos de fliperama, ou o que designers como Eugene Jarvis e as crianças que jogavam "Pac-Man", "Asteroids" e "Robotron" imaginavam que seria o futuro, lá no começo dos anos 1980.
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