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Homens estão trabalhando menos por jogar muito videogame, diz pesquisa

Para que trabalhar quando existe "Job Simulator"? - Reprodução
Para que trabalhar quando existe "Job Simulator"? Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

04/07/2017 13h17

Uma pesquisa feita pelo Bureau de Pesquisa Econômica, dos EUA, pode ter encontrado um vilão para o nível de produtividade no trabalho entre homens: videogames.

Segundo os dados, entre 2000 e 2015 houve uma queda de 203 horas de trabalho em relação a homens entre 21 e 30 anos nos EUA. Para base comparação, homens entre 31 e 55 anos trabalharam 163 horas a menos neste mesmo período.

Entre 2004 e 2015, o tempo livre de homens jovens subiu de 61 para 63,4 horas por semana, e de acordo com o estudo as horas dedicadas a videogames subiu de 2 para 3,4 horas, uma taxa superada só pelo "uso recreacional do computador", que foi 3,3 para 5,2 horas.

Por outro lado, as horas livres de mulheres da mesma idade passaram de 58,5 para 59,9, mas não houve qualquer alteração no tempo de uso de videogames.

(É importante notar que estudantes em período integral não foram levados em consideração na análise)

Um artigo falando sobre a pesquisa no New York Times indica que, considerando a estagnação do ganho de salário médio e a evolução da mídia de games, faz sentido que jovens passem a dedicar suas horas a jogos, especialmente se tiverem um apelo social como "League of Legends" e "World of Warcraft".

Adam Alter, professor de marketing e psicologia da NYU, também diz que o fato de estes jogos não terem "fim", como filmes ou shows de bandas, traz este aumento.

"Eles são elaborados para ser infinitos ou ter objetivos de longo alcance que não queremos abandonar", disse ao jornal.

É importante notar, porém, que o estudo já recebeu críticas de outros economistas, que citaram como contraponto aos EUA o Japão, outra nação com uma população gamer significativa, mas que não traz esta tendência. Outros fatores a serem considerados também são efeitos como a globalização, modernização tecnológica e métodos de trabalho alternativos, como motoristas de Uber, para trabalhadores desempregados.

A pesquisa completa pode ser conferida aqui.