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Multiplayer versátil é única boa novidade de "Ultra Street Fighter II"

Claudio Prandoni

Do UOL, em São Paulo

04/07/2017 12h30

A linha de lançamento do Nintendo Switch chamou atenção por ter logo nas primeiras semanas um episódio da série "Street Fighter".

Mas a versão escolhida dividiu opiniões: "Ultra Street Fighter II: The Final Challengers" é mais uma edição requentada do bom e velho "Street Fighter II".

O clássico de 1991 até envelheceu bem e é uma boa combinação com a natureza multiplayer do Switch, já que os controles Joy-Cons podem funcionar como joysticks individuais, mas as poucas novidades não justificam a compra - a não ser que seja em uma promoção muito boa.

"Ultra Street" pega carona na versão "HD Remix" e traz o game de luta com a adição de um visual redesenhado em alta definição. O resultado divide opiniões e pode agradar muitas pessoas, mas felizmente existe a opção de jogar com os antigos e carismáticos pixels quadradões.

Nota - Ultra Street Fighter II - Arte/UOL Jogos - Arte/UOL Jogos
Imagem: Arte/UOL Jogos

Vale o mesmo para a trilha sonora, que aparece tanto na versão original quanto remixada.

As novidades são poucas e nada empolgantes. Por exemplo, é possível personalizar as cores dos personagens e fazer combinações malucas para usar nos vários modos de jogo.

Existe também o minigame Way of the Hado, que usa os gráficos 3D de "Street Fighter IV" e coloca o jogador no controle do carateca Ryu, com direito a visão em primeira pessoa. O objetivo é fazer movimentos com os controles Joy-Cons para imitar Hadoukens e Shoryukens e derrotar os inimigos que aparecem na tela, mas o resultado é chato e desastroso. Passe longe.

Mesmo as inclusões de Evil Ryu e Violent Ken, que já tinham aparecido em outros jogos, mas nunca em uma edição de "Street Fighter II", soam como atrações rasas e pouco inspiradas. Claro, é sempre bom ter novas opções de lutadores, mas eles são apenas versões levemente modificadas dos personagens mais básicos do game - que, por sua vez, já são quase totalmente idênticos entre si.

O único motivo para ter este game no Switch é a versatilidade do multiplayer. É verdade que os pequenos controles Joy-Cons não são perfeitos para "Street Fighter", já que os botões são pequenos e não há um direcional digital, mas a facilidade de sacar eles a qualquer momento e tirar um contra com quem estiver por perto já empolga bastante.