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Discussão entre jogadores de "Call of Duty" termina com morte de inocente

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Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

01/01/2018 12h27

A polícia da cidade norte-americana de Wichita, no Kansas, matou um homem inocente após ser acionada por uma ligação que denunciava um caso de homicídio e sequestro de reféns. A informação foi divulgada pelo site Kansas.com.

A denúncia que resultou na morte do homem, identificado pela família como Andrew Finch, de 28 anos, era falsa, um trote feito após uma partida de "Call of Duty: WWII".

O time dos jogadores Miruhcle e Baperizer perdeu uma partida online e os dois discutiram por conta disso. Irritado com a briga, Baperizer entrou em contato com um terceiro jogador, que atende pelo apelido Swautistic, conhecido por fazer denúncias falsas no serviço de emergência 911 e enviar policiais para batidas nas casas de outros jogadores - prática chamada de "swatting").

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Baperizer e Swaustitic teriam decidido aplicar um trote em Miruhcle e ligarm para a polícia denunciando um caso de sequestro e homicídio. Eles informaram um endereço que foi fornecido por Miruhcle, sem saber que não era o do jogador.

A força tática SWAT de Wichita foi até o local, bateu na porta e quando Andrew Finch abriu, foi baleado e morto por um policial.

Com a repercussão da morte, Swaustitic comentou no Twitter: "A casa do moleque que eu 'swattei' no noticiário" e "Eu não matei ninguém, porque não uso uma arma e não sou um oficial da SWAT". A conta dele foi suspensa pelo Twitter.

Miruhcle, que também foi suspenso do Twitter, comentou: "Alguém tentou me 'swatar' e acabou fazendo com que um inocente fosse morto".

Investigação em andamento

A polícia de Wichita está investigando o caso e o oficial que atirou em Finch foi suspenso da função por tempo indeterminado.

Segundo a NBC News, a polícia de Los Angeles, na Califórnia, prendeu Swaustistic, que na verdade se chama Tyler Barris, de 25 anos. Ele já havia sido preso anteriormente por ter feito uma ligação sobre uma falsa ameaça de bomba em um estúdio de TV.

O FBI estima que pelo menos 400 casos de "swatting" ocorrem anualmente, mas nem sempre com consequências tão sérias quanto a morte de Andrew Finch.