Nintendo diz que pode se afastar do mercado de consoles "a longo prazo"
O presidente da Nintendo, Shuntaro Furukawa, revelou em recente entrevista ao jornal "Nikkei" (traduzida pelo site "NintendoEverything") que a empresa pode se afastar do desenvolvimento de consoles no futuro, se o mercado assim exigir.
"Não estamos fixados em nossos consoles. No momento, oferecemos o singular Nintendo Switch e seu software, e é nele que nos baseamos em como entregar a 'experiência Nintendo'", disse Furukawa quando questionado sobre os dilemas da inovação que a empresa passou ao longo dos anos.
"Dito isto, a tecnologia muda. Precisamos continuar a pensar de forma flexível sobre como entregar essa mesma experiência com o passar do tempo".
O executivo ainda comentou que "a longo prazo, talvez o nosso foco enquanto negócio possa afastar-se dos consoles domésticos - a flexibilidade é tão importante quanto a criatividade".
A possibilidade da Nintendo deixar o mercado de consoles ainda é um cenário distante, se considerado o momento da empresa.
Com quase dois anos de vida completos, o Nintendo Switch tem sido um sucesso de vendas. Embora provavelmente não atinja a meta de 20 milhões de unidades até o final do ano fiscal, com término em março, o console híbrido alcançará entre 18 e 19 milhões de aparelhos vendidos até seu segundo aniversário, de acordo com analistas de mercado.
A plataforma deu sinais de que iria ter uma queda de popularidade em 2018, pois os principais lançamentos do ano, "Super Smash Bros. Ultimate" e "Pokémon Let's Go, Pikachu/Eevee", chegaram em dezembro e novembro, respectivamente. O que se viu foi o contrário, já que os dois títulos turbinaram as vendas no período de festas - o game de luta quebrou recordes do console.
Apesar disso, Furukawa ainda analisou como ele enxerga que a Nintendo deve lidar com eventuais instabilidades da indústria dos jogos. Para ele, investidas no mercado mobile, em parques de diversão e no cinema podem ser a resposta.
"Estou pensando em pequenas maneiras de reduzir esse tipo de instabilidade. Eu gostaria de aumentar a quantidade de jogos em smartphones que têm um fluxo contínuo de receita. Também estamos nos interessando por parques temáticos e filmes - maneiras diferentes de fazer com que nossos personagens façam parte da vida cotidiana".
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