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Para driblar censura, lojas chinesas vendem games com nomes diferentes

Um varejista vende o "Resident Evil 2" com uma capa desenhada à mão pra tentar escapar da censura das autoridades. - Reprodução/Taobao e Abacus
Um varejista vende o "Resident Evil 2" com uma capa desenhada à mão pra tentar escapar da censura das autoridades. Imagem: Reprodução/Taobao e Abacus

Do GameHall

08/02/2019 17h01

Nos últimos meses as autoridades chinesas barraram diversos jogos, causando problemas pra Tencent, que não conseguiu aprovar games como o "Fortnite" e "PUBG" por conta dos seus modelos de micro-transações. Outros jogos com temáticas mais violentas e de terror também foram barrados e estão sendo banidos da China. As proibições forçaram muitos varejistas a usarem a criatividade para conseguir vender os jogos.

Segundo reportagens dos sites Abacus e Automation Media (via Kotaku), vendedores estão tentando burlar as proibições com nomes trocados e até mesmo capas desenhadas à mão. O remake de "Resident Evil 2", por exemplo, é vendido como "Shoot and See: Remake 2" e "Capcom Remake 2" (Capcom é a empresa japonesa que produz e desenvolve jogos da franquia).

Também tem variação mais "fofinha" trazendo Leon e Claire se cumprimentando, ou mesmo o título "Primeiro Dia no trabalho na delegacia de polícia: Versão do Remake".

Propaganda de "Resident Evil 2" na China - Reprodução/Taobao - Reprodução/Taobao
Imagem: Reprodução/Taobao

Já o "Diablo III" é vendido como "Demon Buddy" (amigo demônio) ou "Big Pineapple". Em uma reportagem antiga do Kotaku, em chinês, o título é pronunciado como " dà b?luó", que lembra um pouco a pronúncia do jogo da Blizzard, enquanto outros varejistas citam o jogo como "Dark God of Destruction" (Deus Maligno da Destruição). "Battlefield 4" é vendido por "Boyfriend Storm" (Tempestade do Namorado ?!?).

Diablo III na China - Reprodução/Taobao - Reprodução/Taobao
Para escapar do controle de censura, varejista chinês vende "Diablo III" como "Demonbuddy"
Imagem: Reprodução/Taobao

Com a censura pesada na China, os varejistas continuarão a usar a criatividade para tentar vender os jogos e burlarem as autoridades chinesas.