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As telas de "Continue" mais cruéis dos games

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Imagem: Reprodução

Giuseppe Carrino

Do GameHall

23/05/2019 16h00

Você perdeu sua última vida, é "game over". A não ser que o jogo mostre uma tela de "Continue" frenética, com uma contagem regressiva pressionando você a gastar mais uma ficha para continuar de onde parou. Essa foi a tática que alguns jogos de fliperama começaram a descobrir na década de 80 para aumentar seus lucros.

No livro "Gamers: Writers, Artists, and Programmers on the Pleasures of Pixels", a autora Shanna Compton relata que o primeiro jogo a trazer uma tela de continue foi "Fantasy", da SNK, lançado em 1981 no Japão. A partir de então, as telas de Continue não só viraram regra para os arcades, como foram se tornando mais sofisticadas (e cruéis) na arte de convencer o jogador em poucos segundos.

Na lista abaixo, resgatamos algumas das telas de Continue mais memoráveis dessa época.

"Final Fight"

O clássico jogo de briga de rua da Capcom não pegava leve nem na hora de perguntar ao jogador se ele queria continuar jogando. A tela de Continue colocava o personagem amarrado em uma cadeira, enquanto bananas de dinamite estavam prontas para explodir -- e o personagem tentava, sem muito sucesso, assoprar para apagar o estopim. Esse conceito reapareceu nos outros dois jogos da série, mas com variações. Em "Final Fight 2", o personagem se afogava se o jogador não decidisse continuar, e em "Final Fight 3" ele era esmagado por uma prensa com espinhos.

"Cadillacs and Dinosaurs"

A Capcom gostou da ideia de pressionar os jogadores a continuarem jogando em "Final Fight", e aplicou isso também em outra de suas franquias e de forma ainda mais brutal. Em "Cadillacs and Dinosaurs", um dos inimigos apontava uma arma diretamente para o jogador e dizia frases intimidadoras como "parece que sua sorte chegou ao fim". Ao fundo, a tela piscava cada vez mais rápido conforme o cronômetro ia chegando a zero. Se você desistisse de jogar, o inimigo disparava um tiro na tela, simulando a morte do próprio jogador, com gotas de sangue escorrendo pela tela.

"The Punisher"

O jogo de 1993 era baseado no Justiceiro, famoso anti-herói da Marvel, e também foi produzido pela Capcom. A tela de Continue mostrava o personagem recebendo massagem cardíaca na tentativa de recuperar os sentidos, algo que só aconteceria se o jogador decidisse continuar jogando.

"Ninja Gaiden"

Embora a Capcom tenha popularizado essas telas de continue brutais, a Tecmo, em 1988, já testava o recurso com a versão Arcade de seu clássico "Ninja Gaiden". Ela colocou o protagonista, Ryu Hayabusa, deitado e amarrado enquanto uma serra circular descia até seu corpo. Ao fundo, os demônios riam com o iminente fim do mestre ninja.

"Tecmo Knight"

Um ano após "Ninja Gaiden", a Tecmo lançou "Tecmo Knight", que também tinha uma tela de continue similar à da aventura shinobi. Se o jogador falhasse, o personagem aparecia lutando dentro da boca de um gorila gigante, que ia se fechando cada vez mais, até devorá-lo se a contagem regressiva chegasse ao fim.

"Mortal Kombat 4"

"Mortal Kombat 4" está bem longe de ser um dos melhores da franquia, mas tem seu lugar na história por ter sido o primeiro Mortal em 3D. Caso o jogador perdesse uma luta no modo história, seu personagem apareceria se debruçando em desespero enquanto caía em um poço. Se você não continuasse jogando, ele seria alvo dos espinhos pontiagudos no fundo do poço.

"Riot City"

Em 1991, mesmo ano em que a Sega trouxe o fenomenal "Streets of Rage" para Mega Drive, ela lançou no mercado "Riot City", jogo de pancadaria exclusivo para Arcade. Sua tela de Continue coloca o protagonista amarrado, com um dos inimigos lhe dando uma gravata e ainda por cima colocando uma faca em sua cabeça, prestes a dar o golpe fatal.