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Call of Duty 3

30/11/2006

da Redação
"Medal of Honor", jogo lançado em 1999 e que teve a participação do diretor Steven Spielberg, foi um dos primeiros jogos de tiro em primeira pessoa a explorar o contexto da II Guerra Mundial. Depois que a franquia começou a fazer sucesso, novas séries foram surgindo. Curiosamente, "Call of Duty" foi um dos primeiros a usar uma postura mais cinematográfica, fazendo com que o jogador se sentisse no meio do caos de uma guerra.

O original foi lançado para computador, assim como sua continuação direta. Enquanto o PC recebia as versões "principais", aos consoles eram relegados meras edições "paralelas", sem a mesma integridade de conteúdo. Isso começou a mudar com a nova geração de videogames. O Xbox 360 recebeu "Call of Duty 2", tal e qual como é no computador, e o mais novo herdeiro direto chega apenas aos consoles.

"Call of Duty 3" é basicamente o mesmo jogo para todos os consoles, mas cada versão tem particularidades, e tenta explorar os aspectos únicos de cada plataforma. A edição mais bem-acabada é para Xbox 360, enquanto o Wii se destaca por seu modo novo de se jogar, graças ao controle sensível aos movimentos. A "antiga" geração faz bonito, principalmente o Xbox. Se eles não competem em tecnologia com as novas máquinas, mostram que algumas produtoras aprenderam a explorar praticamente todo o potencial desses videogames que tem mais de cinco anos de vida.

Rumo à cidade-luz

"Call of Duty 3" é um jogo de tiro em primeira pessoa e uma de suas maiores peculiaridades, no modo de campanha, é o roteiro, que faz o jogador se sentir no meio de um filme de guerra, não como espectador, mas como participante ativo. O game também conta com modalidades multiplayer, com exceção do Wii, que colocam vários jogadores num combate entre americanos e nazistas.

O roteiro narra os 88 dias da campanha aliada que começou com a operação Cobra, iniciada quase dois meses após o Dia D, e culmina na libertação de Paris dos domínios do exército nazista. A história é contada por vários exércitos do lado Aliado, como a 29ª Divisão de Infantaria dos EUA, a SAS britânica, a Argyll and Sutherland Highlanders canadense e a 1ª Divisão Couraçada da Polônia.

O game começa no lado norte-americano. Você está numa base e uma de suas primeiras missões é treinar os controles. O game aproveita para ensinar os principais comandos que serão usando em toda a campanha. A controlabilidade é quase a mesma em todos os consoles, como exceção do Wii, e quem já jogou algum game de tiro em primeira pessoa não deverá encontrar nenhuma dificuldade, pois a sensibilidade está equilibrada entre velocidade e precisão.

No Wii, usa-se o Wii-Remote para apontar a mira e controlar a visão, e o direcional do Nunchuk comanda o deslocamento. A mecânica funciona melhor que em "Red Steel", mas ainda há espaço para melhoras. O controle da mira é excelente, permitindo enorme precisão e velocidade. Porém, a parte de fazer girar a câmera já não funciona tão bem, pois é preciso levar a mira para os limites da tela para só depois começar o fluxo de fato.

Guerra multiplataforma

Logo depois da parte de treino, o jogador é convocado para atuar na linha de frente. A partir daí você segue num caminhão e, como sempre, de maneira dramática, começa o combate, depois de o veículo ser atacado. O que se vê logo em seguida é uma batalha sangrenta em Saint-Lô, naquele clima de caos que a série "Call of Duty" reproduz com maestria.

O esquema de jogo é simples: os objetivos se resumem, basicamente, em andar do ponto A para o B. O problema é que, entre eles, há uma montanha de nazistas querendo arrancar seu couro. Às vezes você recebe outros tipos de ordens, como defender uma posição por um tempo. O sistema de energia é o mesmo do antecessor: tomar tiros em seqüência mata, mas ao ficar protegido por um tempo, os ferimentos se vão como mágica.

A evolução dentro da campanha é linear. O sistema de eventos pré-programados tira um pouco da liberdade do jogador, mas é compensado por ações dramáticas, lembrando as de um filme de guerra. Perde-se em espontaneidade, mas a produtora abusou do controle que tem das cenas para criar situações de alta carga de adrenalina. Aqui, os eventos são disparados quando você chega num determinado ponto da fase, e faz com que os aliados ajam de acordo com o "script". De tão bem-feito, dá a impressão de você estar combatendo junto com um grupo, em vez da sensação de "Rambo" solitário que se tem em muitos games de tiro em primeira pessoa.

De vez em quando, acontece de um evento não disparar por algum erro, e isso impede que o jogador avance. As chances de isso acontecer são raras, a não ser que você esteja jogando a versão para PlayStation 3. O console de nova geração da Sony recebeu a edição mais instável, pois, além dos erros, também costuma ficar lento em algumas partes. Isso pode ser explicado por ser um console novo. No caso do Wii, como seu hardware é similar ao GameCube, a produtora pôde usar seu conhecimento adquirido no GameCube.

Dentro de um filme de combate

O que é admirável em "Call of Duty 3" é sua capacidade de prover situações novas a cada esquina rumo a Paris. Os ambientes quase nunca se repetem. Em cada nova área, você terá de descobrir o melhor esconderijo para se proteger da saraivada de tiros. Dentro de lugares fechados, o perigo é a pouca visibilidade, e alguns oponentes aparecem de onde menos se espera.

Nessas horas, eles podem tirar a sua arma, e você briga, cara a cara, com um nazista. Essa parte funciona como um minigame, em que você deve apertar uma seqüência de botões ou usar o sensor de inclinação, no caso do PlayStation 3 e Wii. Neste console, deve se alinhar os dois controles e empurrá-los, como se estivesse disputando força com o adversário. No final, uma coronhada acaba com a queda de braço. Há também outros mecanismos, como numa parte inicial em que você, à bordo um tanque, indica, através de um binóculo, para onde o canhão deve apontar.

O clima e o caos de uma guerra também foram muito bem recriados, com explosões, tiros e destruição par todo o lado. Os ambientes são complexos e "vivos", graças à grande quantidade de soldados - aliados e oponentes -, tanques, da fumaça que aparece de todos os lados e dos aviões que cruzam o céu.

Batalha para muitos

O game também conta com modalidade multiplayer, seja online ou não. Nesse quesito, a versão para Wii se sobressai, mas negativamente, pois não traz nenhum modo para mais de um jogador, nem com tela dividida. De novo, trata-se de um console recente, e o tempo de produção foi exíguo, mas seu valor definitivamente é menor que as versões para outras plataformas.

Naturalmente, o melhor multiplayer é o do Xbox 360, graças à sua estrutura de rede robusta e integrada ao sistema. A versão para PlayStation 3 chega perto, com bom desempenho - os "lags" são suportáveis -, mas não tem sistema de pontuação nem conversa pelo headset. Na nova geração, até 24 jogadores podem participar de uma guerra.

Já no Xbox e no PlayStation 2, são 16 jogadores. Funciona bem no primeiro, mas nem tanto no console da Sony, apesar de se manter "jogável". E a versão para PlayStation 2 tem todas aquelas dificuldades como não ter uma identificação única, nem pontuação e ranking não persistente.

O game conta com várias modalidades multiplayer, que vai do simples mata-mata (Deathmatch) até a War, em que dois grupos devem proteger pontos estratégicos. O jogador pode escolher sete arquétipos para os soldados, cada um deles com características diferentes. A variedade de classes e veículos, além de uma arma exclusiva para a modalidade, faz com que uma gama enorme de estratégias possa ser aplicada, e rendendo partidas de grande emoção.

Guerra cinematográfica

Em termos visuais, a melhor versão é a do Xbox 360, que traz detalhes incríveis e texturas superdefinidas. O trabalho de luz e sombra impressiona, assim como os efeitos de explosão e de fumaça, evidentemente presente por todos os lados. Enfim, é o que melhor reproduz o clima de guerra. Mas mesmo nos atuais consoles, principalmente no Xbox, os gráficos estão ótimos, com boa quantidade de objetos e efeitos. A fumaça pode não ser tão "real" como na nova geração, mas engana usando alguns truques. O visual do Wii é semelhante ao do Xbox. A modelagem é um pouco grosseira na atual geração e no Wii, e isso fica evidente nas cenas em que o rosto é mostrado de perto.

Já a versão para PlayStation 3 parece estar no meio do caminho. Tem suporte para alta resolução, os efeitos e quantidade de objetos são comparáveis ao do Xbox 360, mas as texturas não chegam nem perto em definição. Além disso, as sombras não são pronunciadas, e tudo parece não ter volume, algo que o faz se aproximar da geração atual.

O fluxo de tela é melhor também no Xbox 360, seguido pelo PlayStation 3, mas este, de vez em quando, fica lento. É menos suave no Xbox e no Wii, mas também continuam excelentes. Já no PlayStation 2 é um pouco mais travado, mas rápido o suficiente para não comprometer a fluidez dos controles.

A sonoplastia de qualidade já é uma tradição na série e não desaponta em "Call of Duty 3". O som incessante dos tiros, explosões, dos soldados gritando e dos tanques completam a experiência de imersão. A trilha sonora é uma típica orquestra de filmes de guerra e, apesar de não trazer novidade na abordagem, sempre funciona. As dublagens obedecem ao linguajar típico de soldados e está de acordo com o clima do game.

Entre mortos e feridos, todos saem vencedores

"Call of Duty 3" é mais um jogo de qualidade desta que é a mais cinematográfica entre as séries de guerra em primeira pessoa. A rigor, o game não traz nada inovador, mas as campanhas dramáticas sempre satisfazem o jogador. E desta vez, há um multiplayer bastante robusto, que aumenta a vida útil do game, exceto no Wii, cuja versão carece da modalidade para mais de um jogador. Tenta compensar com um controle diferente, mas ainda fica devendo valor agregado.

As versões para Xbox 360 e Xbox sobressaem como melhores em cada uma das gerações, mas o nível de todas é alto e garantia de diversão para quem gosta de uma boa guerra. Até mesmo os recrutas de primeira viagem podem se divertir, pois o game não complica mais que o necessário.

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    Call of Duty 3 (Wii)

    12 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Treyarch
    Lançamento: 14/11/2006
    Distribuidora: Activision
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    Outras plataformas: PS3 X360 PS2 XB
    RecomendadoAvaliação:
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