NBA Jam

CLAUDIO PRANDONI
da Redação

Em 1993 a Midway teve a grande ideia de produzir "NBA Jam", um jogo de basquete diferente, cômico e exagerado, nos quais duplas de atletas se enfrentam e são capazes de dar pulos de muitos metros, lançar bolas de fogos e correr freneticamente pela quadra.

A ideia deu certo no fliperama e depois nos videogames caseiros, mas não foi tão bem nas continuações. De fato, nenhuma conseguiu honrar o legado do título original, culminando numa parada total da franquia em 2003.

Agora sob a batuta da Electronic Arts, a série volta com gráficos e mecânica modernas, mas também realizando a proeza de resgatar a diversão de antigamente.

Renovado, mas divertido como antigamente

A fórmula continua a mesma: jogadores escolhem dois atletas dos vários times da NBA para disputas na quadra. Os controles são simples de aprender e eficientes, respondendo de forma rápida e precisa.

Heróis do basquete estão de volta

Basicamente, os atletas podem arremessar a bola ao cesto, passar, correr, realizar fintas variadas e proteger a redonda. Na configuração padrão, parte desses comandos é realizada por meio de movimentos com o Wii Remote, o que pode soar desajeitado no começo, mas logo fica fácil de lidar. Felizmente, há opção de usar o controle clássico e até mesmo o Wii Remote sozinho, como se fosse um controle de NES.

Dentro das quatro linhas a ação rola rápida e com poucas interrupções, tal qual no original dos fliperamas e 16-bits. A simplicidade impera e em poucos minutos qualquer um domina o sistema, o que por outro lado resulta em falta de profundidade e estratégia. De fato, não é o mais técnico dos games de basquete, mas a agilidade e os movimentos malucos garantem a diversão.

A parte visual exibe um charme todo próprio ao misturar 3D e 2D de forma engraçada e criativa: os corpos dos atletas são tridimensionais, mas suas cabeças são fotos variadas, sendo muitas delas caretas engraçadas. Não só isso, mas elementos do cenário também ganham esse tratamento como se fossem folhas de papel, a exemplo da torcida, técnicos, mascotes e até cheerleaders na beira da quadra.

O som também dá um show à parte, especialmente por conta do empolgado e emblemático narrador da partida. Velhos bordões, como o inesquecível "Boom Shakalaka, voltam ao lado de dezenas de outros divertidos comentários. Claro, alguns se repetem vez ou outra, mas a variedade é grande o bastante para não cansar.

UOL Jogos mostra trechos do game

Diversidade é também palavra de ordem nos modos de partida que vão desde o modo campanha tradicional, em que se deve enfrentar duplas de todos os times, até outros como 21, Domination e Boss Battles. De fato, na contagem o número e grande, mas todos são meramente versões limitadas das partidas normais, e não acrescentam muito ao pacote.

A principal diversão de "NBA Jam" reside mesmo no modo multiplayer tradicional, com opção para até quatro jogadores simultaneamente. O game tropeça ao dispensar totalmente qualquer oção de partida online, mas ao menos é mantida a tradição de muitos e divertidos personagens secretos, desde jogadores clássicos, como o tatuado Dennis Rodman, até os políticos americanos Barack Obama, Bill Clinton, George W. Bush e outros.