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No More Heroes 2: Desperate Struggle

05/02/2010

CLAUDIO PRANDONI
Da Redação
Um assassino em busca de vingança
O primeiro "No More Heroes" chegou cercado pela curiosidade de ser um título de ação maluco e violento produzido, quase que ironicamente, para o Wii, videogame marcado pelo público casual e os jogos simples e ingênuos da Nintendo.

O que era para ser aposta única do excêntrico produtor Goichi Suda resultou em bom sucesso comercial, convencendo o game designer a criar uma continuação, novamente publicada no ocidente pela Ubisoft.

Heroísmo refinado

Como seria de se esperar de uma boa sequência, a fórmula continua a mesma, só que expandida e muito melhor polida. O protagonista continua sendo Travis Touchdown, um nerd egocêntrico que arranja uma espada laser e decide se tornar assassino.

Trailer da E3 2009
O diferencial da trama agora fica no fato de que Travis passou três anos longe da cidade de Santa Destroy, onde aconteceu o primeiro jogo, e quando volta decide vingar a morte do melhor amigo, assassinado misteriosamente a mando do empresário mais poderoso da metrópole.

Para tanto, ele deve novamente galgar os degraus de um ranking de assassinos. No primeiro game eram 11 posições, agora são 51. Mas não se engane: a quantidade de lutas e duração da aventura é muito similar ao primeiro "No More Heroes", tendo em vista que surpresas das mais diversas e malucas promovem rápida ascensão pela lista.

Aliás, como de costume Goichi Suda despeja toneladas de referências a cultura pop. Filmes, músicas, HQs, games e muito mais são homenageados e satirizados na forma de personagens ou situações, tornando novamente um prazer adicional identificar as citações.

Santa Destroy Express

Minigames nostálgicos
A trama doida e cheia de surpresas do primeiro "No More Heroes" ganha digno herdeiro em "Desperate Struggle", enquanto nos controles e estrutura de jogo o que vemos é uma evolução considerável da fórmula.

Agora não é mais possível navegar livremente por uma representação tridimensional de Santa Destroy, a movimentação agora ocorre por meio de menus, o que torna a ação muito mais ágil. Além disso, não é mais preciso pagar taxa para se inscrever nas lutas de ranking, que fazem o roteiro progredir. Caso deseje, é só escolher a opção e ir para a próxima luta.

Contudo, mesmo aqui os produtores deram um jeito de tornar interessante realizar trabalhos paralelos para juntar dinheiro e comprar novas roupas, armas e evoluir habilidades. Quase todas as profissões - com exceção de uma - são minigames com visual e comandos ao estilo 8-bits. De fato, muitos são variações de clássicos, como "Pipe Dream" e outros. Saudosistas encontram aqui material para se divertir por horas e ainda acumular dinheiro, que por sua vez ajuda na aventura principal.

Nas lutas os comandos estão mais ágeis e agora a mudança de arma promove também diferentes estilos de combate. Espadas mais leves permite golpes ligeiros, enquanto lâminas pesadas golpeiam forte, porém devagar. Uma vez que a variedade de inimigos continua grande, os novos armamentos garantem um leque de estratégias ainda maior que anteriormente.

O ápice da criatividade e competência de "No More Heroes 2" é, tal qual no predecessor, nos embates contra chefões. Precedidos e sucedidos por animações divertidas (e às vezes até chocantes pela violência exagerada e sem rodeios), os duelos brilham por motivos diversos. Oras é pelo empolgante desafio, oras por alguma bem vinda surpresa, que confere uma saudável variedade ao jogo.

Travis está de volta no trailer da TGS 08
Realizar tudo que a curta campanha principal tem a oferecer é tarefa que ocupa cerca de 10 a 15 horas. Como prêmio, é possível jogar novamente com dificuldade maior, mas todos os equipamentos e melhorias obtidas, além também da opção Deathmatch, que permite enfrentar novamente qualquer chefe.

Graficamente o jogo evolui o alto padrão do título anterior, como modelhos detalhados e bem animados. Texturas melhoraram consideravelmente e agora há mais elementos interativos nos cenários, mas as fases continuam um tanto quanto simplórias demais em certos momentos.

Por fim, o áudio conta com excelente dublagem - incluindo vozes conhecidas de outras séries, como Quinton Flynn e Paul Eiding (Raiden e o coronel Roy Campbell, ambos de "Metal Gear Solid") - e composições empolgantes de Masafumi Takada, compositor do primeiro game. Em tempo, o jogo conta com diversas trilhas remixadas do álbum "No More Heroes Sound Tracks: Dark Side" e algumas trilhas originais de Akira Yamaoka, ex-compositor e produtor da série "Silent Hill", e alguns de seus primeiros trabalhos como funcionário do estúdio Grasshopper.

CONSIDERAÇÕES

"No More Heroes 2: Desperate Struggle" repete com sucesso a excelente fórmula estabelecida pelo anterior. Além de melhorar os combates e trazer um roteiro tão excêntrico e salpicado de cultura pop quanto antes, o jogo ainda refina os minigames paralelos - transformando-os em tributos nostálgicos - e elimina totalmente a chateação de vagar por uma cidade vazia. Um título maduro e refinado como pouco se vê no Wii.

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    No More Heroes: Desperate Struggle (Wii)

    95 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Grasshopper Manufacture
    Lançamento: 26/01/2010
    Distribuidora: Marvelous Entertainment
    Suporte: Cartão de Memória
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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