Rayman Raving Rabbids: TV Party

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL

Rayman, até pouco tempo, era o mascote da Ubisoft em uma série de jogos de plataforma de excelente qualidade. Nas últimas gerações, no entanto, ele foi perdendo lugar para outros jogos mais sérios da empresa e, ultimamente, até mesmo para seus coadjuvantes, os vilões Rabbids, uns coelhos malucos que estrelam a série "Raving Rabbids" e acabaram ficando sob os holofotes.

Coelhos invadem a TV

Em "Rayman Raving Rabbids: TV Party", o velho mascote aparece ainda menos e sofre um bocado. Ele, coitado, é forçado a agüentar os tais Rabbids em sua televisão, depois que os alucinados coelhos são atingidos por um raio e vão parar dentro do aparelho. Assim, a programação passa a ser alterada a bel prazer dos novos apresentadores, com resultados insanos na forma de minigames que podem ser jogados por até oito pessoas se revezando.

Programação intensa

A fórmula do jogo é bastante simples. Os Rabbids tomam conta da programação por uma semana e cada dia é separado por faixas de horário. Cabe então aos jogadores escolherem programas para preencherem tais lacunas, pontuando o suficiente para chegar ao dia seguinte.

Os minigames são bastante variados, são cerca de 50 tipos na verdade, que misturam corrida, ritmo, tiro e reflexos. Todos podem ser realizados tranqüilamente com variações e combinações entre o Nunchuck e o Wii Remote, mas alguns têm suporte ao acessório Balance Board - pedindo inclusive que o jogador utilize as nádegas para jogar determinadas provas, o que pode ser estranhamente divertido em grupo. Cada um com seu gosto.

Entrando na dança

Há várias homenagens estranhas também, como a "Star Wars", "A Noite dos Mortos-Vivos", "Godzilla" e "Os Intocáveis", com direito a gráficos bem bacanas que tentam imitar filtros com ranhuras e poeira das películas e outros efeitos especiais. No dos zumbis, por exemplo, você deve usar o Wii Remote para mirar nos Rabbids infectados e em uma prova inédita, por assim dizer, você faz snowboard montado em uma vaca que desliza de costas pelas montanhas. Em uma virada absurda, em um minigame musical, você escolhe um instrumento e toca uma singela balada balançando o Nunchuck e o Wii Remote no ritmo certo dos ícones que surgem na tela, como qualquer "Guitar Hero" da vida. Vá entender.

Com a grande quantidade, é de se esperar uma seleção bastante irregular. Há algumas boas pérolas misturadas a outros títulos enfadonhos, com muita necessidade de ficar chacoalhando os controles sem parar. Claro que um título desta natureza não preza pelo desafio e precisão, mas acaba funcionando em seu propósito de divertir um grupo grande de amigos em um dia em que sair de casa não parece ser a melhor opção.