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The Chronicles of Narnia: Prince Caspian

30/05/2008

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
A Traveller's Tales conseguiu o raro feito de adaptar filmes para o videogame com sucesso e, indo além, acrescentou toques de originalidade, como no caso da série "LEGO". Volta e meia a produtora também se aventura em adaptar grandes blockbusters do cinema de uma maneira convencional, como aconteceu com "Transformers" no ano passado, e agora com "Prince Caspian", infelizmente com resultados bem menos inspirados. Mesmo com vários problemas típicos deste tipo de adaptação, provavelmente devido ao curto tempo de desenvolvimento, a empresa pelo menos conseguiu dar alguma dignidade ao produto. Não chega a ser memorável, mas funciona melhor do que outras transposições da temporada, como foi o caso de "Iron Man".

O segundo capítulo

Conheça os heróis de Nárnia
O grande trunfo do título, na verdade, é o enredo, que se baseaia não somente no filme, mas também no livro original escrito por C.S. Lewis em 1949, mas publicado pela primeira vez na Inglaterra em 1951, depois do primeiro livro da saga "As Crônicas de Nárnia", que em território nacional é conhecido como "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa".


A trama se passa 1300 anos depois daquela história, quando os irmãos Pevensie, vindos do nosso mundo, lutaram ao lado de Aslan, o Grande Leão, para salvar o mundo de Nárnia das garras de Jadis, a Feiticeira Branca. Mas o tempo por lá funciona de maneira diferente, tendo se passado apenas um ano na Inglaterra onde os garotos vivem, depois de terem retornado da grande batalha.

Agora eles são evocados, a princípio sem saber, para ajudar o jovem Príncipe Caspian do título nacional, a lutar por Nárnia novamente, que agora é controlada pelo tio do rapaz, o déspota Miraz, e pelas forças dos piratas Telmarinos. A Traveller Tales até mesmo utilizou cenas do filme e adicionou novos trechos de história para complementar algumas passagens, que explicam melhor o que aconteceu desde a partida dos quatro irmãos para aqueles que não leram o livro.

Guerra civil

Trabalho em equipe
Como o tema do livro (e do filme) gira em torno de uma guerra civil, então se prepare para encarar grandes batalhas, mais ou menos como funciona a série "Dynasty Warriors". São cerca de 20 personagens selecionáveis durante todo o jogo, que podem ser trocados a qualquer momento, de acordo com sua disponibilidade em cada cenário. Cada um tem dois tipos de ataque, um fraco e um forte, e pode pegar bônus que aumentam seus poderes temporariamente, além de algum tipo de habilidade especial que serve para cumprir objetivos das fases ou resolver quebra-cabeças simples.

Como é um jogo voltado para um público mais jovem, a dificuldade não é das mais altas e os objetivos são básicos, como destruir catapultas ou capturar torres. Há ainda a opção para dois jogadores simultâneos offline, com o segundo podendo entrar a qualquer momento durante as partidas. Para os completistas, há uma série de extras que podem ser habilitados ao colecionar chaves durante a campanha principal, muito fáceis de serem encontradas, o que garante alguma sobrevida ao jogo.

Problemas da maldição

Uma nova era está chegando
Novamente, por ser um jogo claramente voltado para um público mais novo, a simplicidade não é um problema - no caso é até bem-vinda, mas esta não precisava ocupar todos os aspectos da produção. A interface e os textos nunca explicam direito o que se deve fazer e muitas vezes você fica perdido para descobrir como deve realizar tal tarefa, o que é bastante frustrante.

E, como não poderia deixar de ser, como em várias adaptações de filmes feitas às pressas, há uma série de problemas, como texturas que somem, colisão deficiente e inteligência artificial quebrada, com alguns personagens parados olhando para o céu no meio do campo de batalha. Os gráficos no Xbox 360 são os melhores e mais consistentes, ainda que não cheguem aos pés de grandes títulos da plataforma, fazendo apenas o básico. O Playstation 3 segue o mesmo padrão, mas sofre com graves problemas na taxa de quadros e com algum serrilhado mais à vista. O Wii obviamente trabalha com menor resolução, mas apresenta gráficos detalhados que correspondem às versões dos consoles mais poderosos com as devidas proporções - pena que não chega a aproveitar bem as facilidades do controle de maneira original.

CONSIDERAÇÕES

"The Chronicles of Narnia: Prince Caspian" é um jogo baseado em filme que faz um pouco melhor do que o habitual. O conceito é bastante consistente, ajudado bastante pelo enredo e carisma dos personagens, mas infelizmente sofre dos típicos problemas deste tipo de produto. É um jogo simples e divertido, curto e com nível de dificuldade adequado para os mais jovens, que deverão ao menos tentar uma locação, principalmente se forem fãs dos livros os dos filmes.

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    The Chronicles of Narnia: Prince Caspian (Wii)

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    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Traveller's Tales
    Lançamento: 27/05/2008
    Distribuidora: Disney Interactive Studios
    Suporte: 1-4 jogadores, multiplayer online, cartão de memória
    Outras plataformas: DS PC PS3 X360 PS2
    RegularAvaliação:
    Regular

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