3 on 3 NHL Arcade

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL

No ano passado, visando explorar o crescente mercado de games casuais, a Electronic Arts desenvolveu o selo Freestyle, voltado para amantes de jogos esportivos com regras simplificadas e ênfase na diversão. O primeiro jogo da tal subdivisão, o fraco título de boxe "Facebreaker", não conseguiu fixar a marca nas mentes dos consumidores e, a julgar por este novo projeto, "3 on 3 NHL Arcade", a gigante do software ainda está a um longo caminho de conquistar este recente e lucrativo nicho.

Melhor até no Mega Drive

Estrelas da liga

Como o próprio nome indica, "3 on 3 NHL Arcade" é um jogo que coloca dois times de três jogadores (fora o goleiro) para disputar partidas de hóquei sobre o gelo, com o aval da imponente National Hockey League norte-americana. Apesar da grife, os times oficiais não estão presentes e o jogador deve escolher entre uma equipe azul ou vermelha para preencher com 40 astros do esporte atual.

Além de simplificar o esquema de equipes, o game se encarrega de ignorar as complexas tabelas de estatísticas dos atletas - como aquelas vistas na série "NHL XX" - e os classificar como rápidos, fortes ou equilibrados. No entanto, sentir realmente tais diferenças é uma tarefa ingrata até mesmo para os mais empolgados com o esporte.

Logo fica claro que os desenvolvedores varreram para baixo do tapete todos os elementos que pudessem manter o jogador longe da ação. Não há muita coisa entre a tela inicial e a disputa, para a alegria dos menos pacientes. Estes são recompensados com uma ação bem divertida, com controles fáceis que ajudam a manter um ritmo forte e rápido. Passes, tiros ao gol, giros e outras manobras mais elaboradas funcionam de maneira intuitiva e algumas partidas - principalmente em companhia dos amigos - são bem competitivas e empolgantes. Os goleiros controlados pelo computador são um pouco exagerados, mas dá para apelar de vez em quando com movimentos especiais malucos, com direito a raios e outros efeitos, e algumas jogadas mais duras e violentas.

O problema é que, com tantos pontos importantes descartados, não há mais o que fazer com o jogo depois de algumas rodadas. Não há torneios, sistema de gerenciamento de jogadores, minigame ou nenhum outro modo diferente que possa prolongar sua vida útil. Até mesmo jogos jurássicos como "Mario Lemieux Hockey" do Mega Drive, com seus quase vinte anos de idade, conseguiam equilibrar uma mecânica arcade com um mínimo de opções.