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Army of Two: The 40th Day

29/01/2010

OTAVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Dois anos atrás, "Army of Two" conseguiu se destacar por sua mecânica voltada para a ação cooperativa, aspecto até então mal explorado pela indústria na geração atual. A Electronic Arts não perdeu tempo e, ao sentir que tinha uma franquia em potencial, embarcou em uma continuação, batizada de "The 40th Day".

Destruição em massa

Trailer de lançamento
Em vez de uma narrativa fragmentada como a vista no game original, a nova aventura dos mercenários Rios e Salem é bem mais enxuta e ocorre na cidade de Xangai, na China. Os dois surgem em cena durante uma missão trivial, mas logo são surpreendidos por uma onda de destruição que varre os maiores edifícios e construções do lugar. A dupla, claro, resolve então descobrir o que está causando tamanha catástrofe e abre caminho na base dos tiros através das ondas intermináveis de soldados inimigos.

A continuação funciona sem grandes surpresas para os fãs do primeiro capítulo ou qualquer um que tenha experimentado games de tiro em terceira pessoa nos últimos anos, com direito a energia que se recupera com o tempo e sistema de cobertura. A diferença, claro, é que o trabalho em equipe aqui é mais valorizado.

O sistema de Aggro ainda é a peça fundamental. Os inimigos se focarão no jogador que tiver a capacidade de causar maiores danos ou aquele que tiver uma postura mais agressiva em relação a eles, com armas de maior calibre e comportamento mais desleixado. O segredo é saber utilizar isso a seu favor. Enquanto um dos protagonistas captura a atenção dos oponentes, o outro fica praticamente livre para traçar estratégias e reverter a situação, com ataques pela retaguarda ou pelos flancos.

Variações no combate

Multiplayer em destaque
Outras variáveis que deixam o combate mais imprevisível. Os dois sujeitos são bem malandros e podem, por exemplo, se fingir de mortos ou criar uma cena de rendição para, em seguida, surpreender os inimigos com um efeito de câmera lenta. Há também a possibilidade de resgatar reféns para ganhar uma grana extra ou render inimigos antes que eles chamem reforços para faturar equipamentos adicionais.

Sobre o salvamento de civis ou captura de inimigos recai também o sistema de moralidade. Atitudes nobres garantem pontos positivos e podem alterar o comportamento do parceiro quando este for comandado pelo computador. Há momentos mais dramáticos que podem alterar os rumos da história, e um vídeo logo é exibido depois da escolha para explicar as repercussões de tal ato.

Sobre o equipamento da dupla, não há o que reclamar. Além de um GPS que pode indicar o caminho a seguir e a posição de alguns inimigos, Salem e Rios contam com um arsenal respeitável. Além da compra de metralhadoras, granadas, escopetas e outros armamentos, eles ainda são capazes de customizar tudo, desde que tenham dinheiro. Espere muitas peças e até texturas e cores diferentes para tomar bastante de seu tempo.

Atualização de visuais

Xangai é alvo de ataques terroristas
Nos aspectos técnicos, "Army of Two: The 40th Day" não surpreende e segue no padrão do anterior. A inteligência artificial é adequada e os comandos dados aos parceiros são suficientes para uma experiência tranquila no modo de um jogador. Claro que o game cresce no multiplayer, já que dois humanos conseguem uma química melhor, capaz de improvisos e respostas mais ágeis. Além de modo cooperativo local com tela dividida ou pela rede, há ainda partidas competitivas no estilo Deathmatch e Team Deathmatch e o Warzone, que indica certos objetivos a serem completados.

Os gráficos não surpreendem, mas dão conta do trabalho. É fácil notar que maior parte dos cuidados foram empregados na caracterização da dupla principal. Salem e Rios agora são mais definidos, com modelos mais detalhados e movimentos sutis que tornam mais fácil a distinção entre os dois. Os detalhes de explosões, escombros e outras mudanças nos cenários tem qualidade irregular, assim como algumas texturas, mas as locações são variadas os suficiente para manter o foco. Só tente não xingar muito a câmera, que não sabe se comportar bem perto de paredes e objetos e joga nas mãos do jogador a responsabilidade de ajuste de ângulo.

O áudio é de primeira linha e faria inveja a muito filme de ação. Em um bom home theater, é possível identificar de maneira clara a direção e distância de tiros e explosões, com direito ainda a diferenciar os ajustes e customizações de armas. As falas dos personagens também são boas, com comentários sobre os eventos da trama, comportamento dos inimigos e algumas piadas pontuais.

CONSIDERAÇÕES

"Army of Two: The 40th Day" é uma continuação pouco ousada do sucesso de 2008, que atualiza a mecânica e aspectos da apresentação para os padrões atuais. Não espere muitas surpresas na trama ou na apresentação, mas conte com um sistema de combate mais complexo, que valoriza ainda mais a cooperação entre os heróis, seu comportamento e táticas. As variáveis no enredo e o multiplayer adequado fecham o pacote eficaz.

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    Army of Two: The 40th Day (Xbox 360)

    104 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: EA Montreal
    Lançamento: 12/01/2010
    Distribuidora: Electronic Arts
    Suporte: 2 jogadores, multiplayer online
    Outras plataformas: PS3 PSP
    RecomendadoAvaliação:
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