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Xbox 360

Borderlands

29/10/2009

OTAVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Escolha seu herói
Depois de passar anos afundada em projetos de encomenda para várias distribuidoras, de continuações e conversões de séries como "Brothers In Arms", "Samba de Amigo" e "Half-Life", a Gearbox Software resolveu respirar um pouco e deixar sua criatividade livre para criar um jogo totalmente inédito. O resultado é o interessante "Borderlands", um jogo de tiro em primeira pessoa com generosas doses de RPG.

A ambientação e certas características de jogo lembram o recente sucesso da Bethesda, "Fallout 3", pois a sensação de estar perdido em um ambiente áspero e decadente, cercado pela morte e violência, é bastante similar.

No entanto, "Borderlands" não se passa em futuro apocalíptico, mas em um planeta chamado Pandora, que abriga também criaturas bizarras e alguns toques de magia. Tudo começa com a busca por um local lendário chamado Vault, que abrigaria muitas riquezas alienígenas, mas a jornada toma alguns desvios no desenrolar dos eventos.

Quarteto mortal

Na mecânica, há também a idéia de livre arbítrio presente em "Fallout 3", com a necessidade de explorar um mapa aberto para buscar missões que evoluam seu personagem e a própria história. Mudam as proporções. "Borderlands" é mais limitado no aspecto RPG e não oferece as mesmas árvores de diálogos que podem alterar o rumo da trama ou grande personalização de personagens. No entanto, o game da Gearbox valoriza a ação e a habilidade do jogador em tiroteios constantes.

Trailer da Comic-Con 2009
O usuário pode selecionar seu avatar entre quatro classes, que representam as bases de qualquer RPG ocidental. Há o Soldier, o mais equilibrado do quarteto e que consegue atacar razoavelmente com todos os recursos disponíveis; a Siren faz o papel de suporte, capaz de tudo um pouco, desde curar, ficar invisível e encantar objetos; o Hunter é o responsável pelos ataques a longa distância; e o Berzerker funciona como o tanque, aquele sujeito grandão da turma que bate forte e aguenta muita pancada.

Não há muito o que alterar no visual dos mocinhos, mas seu progresso no jogo é bastante intricado, com pontos a serem gastos em habilidades especiais e o desbloqueio de poderes que definem melhor seu papel na mecânica. Há ainda espaço para um sistema criação e modificação de armas, armaduras e outros acessórios que, de tão complexo, é capaz de gerar milhares de variações. Dá para perder muito tempo pensando em todas as possibilidades de uso de equipamentos, o que somado ao grande número de missões principais e paralelas, deixa o desenrolar do game bastante dinâmico, com longa duração.

Os inimigos também oferecem um desafio respeitável. Enquanto figuras importantes para a finalização de missões são mantidas sempre nas mesmas posições, os outros soldados são gerados de maneira aleatória, inclusive versões de elite dos mesmos, que oferecem maior resistência e poder de fogo. Há um indicador de dificuldade para cada tarefa, mas esta imprevisibilidade dos oponentes pode transformar um tiroteio que deveria ser rápido em um caótico banho de sangue, o que é bom para manter a tensão sempre em alta.

Para melhorar, a Gearbox introduziu um sistema bem bacana nos combates. Quando seu personagem perde toda a energia, ele não morre logo. Há uma espécie de segunda chance. Um novo contador entra em cena e é preciso despachar o inimigo mais próximo antes que tempo acabe. O sucesso dá um novo sopro de vida a seu avatar, que pode permanecer lutando.

Visual de quadrinhos

Apocalipse e destruição
Embora o roteiro e o design não sejam dos mais originais, "Borderlands" acerta ao utilizar visuais coloridos e estilizados, que imitam graphic novels. Em vez de tentar criar um planeta de aparência realística, os desenvolvedores rumaram para algo mais exagerado e cartunesco, com personagens de roupas coloridas, acessórios extravagantes e comportamento amalucado. Há uma boa variedade de modelos, com texturas que imitam traços em nanquim, em um conjunto bem charmoso. O áudio não chega a impressionar, perde fôlego com alguns diálogos ruins, mas em geral acompanha a ação de maneira adequada.

Paralelamente o game ainda conta com um modo multiplayer bem variado. Há a opção de reunir até quatro jogadores para formar o grupo ideal do enredo e se envolver em várias missões, com a mesma personalização de equipamentos e ganhos de experiência. Duelos complementam o pacote, para aqueles que não gostam de cumprir objetivos e ir direto ao ataque.

CONSIDERAÇÕES

"Borderlands" é um jogo de tiro em primeira pessoa ambicioso, que agrega várias características de RPG ao ritmo habitual do gênero, ampliando seu alcance. O roteiro sofre com diálogos pobres e vários clichês, tantos de enredo quanto de situações de jogo, o que torna a imersão mais complicada. A dinâmica entre tiroteios e customização de habilidades e equipamentos consegue trazer um melhor equilíbrio na balança, ajudada também pelos visuais exagerados, que lembram quadrinhos. Não é tudo o que gostaria de ser, mas é um título que merece ser descoberto.

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    GALERIA

    Borderlands (Xbox 360)

    112 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Gearbox Software
    Lançamento: 20/10/2009
    Distribuidora: Take 2 Interactive
    Suporte: 1-4 jogadores, multiplayer online, cartão de memória
    Outras plataformas: PC PS3
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

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