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Xbox 360

Burnout: Revenge

14/04/2006

FABIO PANCHERI
Da Redação
Os simuladores de corrida se confudem com a própria história dos games. Trata-se de um gênero que sempre esteve na moda e que sempre será atual. Afinal, que lugar melhor para se testar os limites e adrenalina da velocidade sem correr o risco de acabar com a cara achatada? Assim, não demorou para sugir variantes do tema, nos quais chegar na frente não exatamente rende um lugar no pódio.

As variações são muitas e vão desde as fumacinhas no labirinto de "Rally X" até os motoristas alucinados de "Crazy Taxi", ambos marcos em suas respectivas épocas. "Burnout" trilha por essa estrada secundária. Tem carros, asfalto e, às vezes, uma linha de chegada, mas vencer os outros competidores no relógio é totalmente secundário, principalmente em "Revenge", quarto título dessa série que nasceu no PlayStation 2, em 2001.

3, 2, 1... destrua!

"Burnout: Revenge" não é um título inédito. Lançado originalmente para Xbox e PlayStation 2, é uma adaptação em alta-definição, como a própria apresentação do jogo ressalta. Apesar de ganhar o subtítulo "Battle Racing Ignited", pequenos ajustes e ainda opção de gravar e compartilhar "replays" na Xbox Live - a rede online da Microsoft - não espere algo totalmente novo ou um exemplo digno da nova geração de consoles.

"Burnout: Revenge" para Xbox 360 pede uma TV de plasma ou LCD com 720 linhas de resolução e som Dolby Digital 5.1. Aqueles que já se esbaldaram com a versão para Xbox ou que não possuem um equipamento "top de linha" podem ter uma ponta de decepção. Feito essa ressalva, "Burnout: Revenge" detona.

Basicamente, o jogo se divide em provas de acidentes, destruir os adversários e vencer o relógio. Na primeira, a meta é causar o maior prejuízo possível em danos. Capriche em sua batida, envolva o maior número de veículos possíveis e transforme tudo, literalmente, numa bomba que é acionada apertado o botão do controle freneticamente. A explosão aumenta consideravelmente os danos e acaba envolvendo o tráfego remanescente dando chances a uma nova bomba.

A prova de destruir adversários envolve o "Takedown", que deu título ao terceiro jogo da série. Sem grandes mistérios, o objetivo é tirar o máximo possível de oponentes possíveis da pista, seja através de fechadas, forçando-os a bater ou até mesmo aterrizando em cima deles após um breve vôo provocado pelas elevações do percurso e velocidades absurdas.

Vencer o relógio pode até parecer uma prova tradicional de um simulador de corrida, mas em "Burnout: Revenge" fazer a tangente perfeita ajuda somente em pouco a reduzir o tempo. A estratégia é acumular e torrar a maior quantia de nitro possível para elevar a velocidade ao máximo. E para isso o caminho mais fácil é buscar recompensa tirando veículos da pista.

Seja qual for a modalidade, todas têm metas para medalhas de bronze, prata ou ouro que rendem estrelas. Melhor sua performance, maior o número delas, que servem de medidor para abrir novas etapas do jogo. Fora isso, como já falado, cada prova possui alguns objetivos extras, que uma vez completados liberam bônus como veículos.

Amigos do volante

A curva de aprendizado de "Burnout: Revenge" é bem rápida. Use o gatinho direito para acelerar, botão A para acionar o nitro e direcional para controlar o veículo. O botão de freio também existe, mas como muitos jogos de corrida quase sempre ele é esquecido. Resumindo, chame seus amigos para conhecer o Xbox 360 e mostre três ou quatro títulos: as chances da jogatina acabar em "Burnout: Revenge" (e algum outro jogo da Live Arcade) são boas, principalmente se a maioria for jogador de primeira viagem.

O aspecto comunitário se extende na Xbox Live. Como mencionado, o jogo oferece opção de compartilhar "replays" na rede do videogame da Microsoft. Ao começar a reprise de uma corrida, o jogador pode gravar até 30 segundos do evento no disco-rígido do Xbox 360. Ao se conectar à rede é possível subir esses arquivos para que outros testemunhem suas proezas. Além de votações de melhores batidas, o servidor oferece também lista dos 20 arquivos mais baixados.

As competições online para até seis jogadores foram herdadas da versão para o primeiro Xbox. Além do festival de destruição do "Crash Party" e "Crash Battle", as modalidades incluem o "Road Rage", um mata-mata individual ou em times no qual vence aquele que tirar o outro da pista, e o "Crash Tour", cujo objetivo é juntar a maior quantia de dinheiro no menor número de turnos possíveis. Seja qual for a modalidade escolhida, as provas fluem bem e sem sinal do famigerado "lag", desde, é claro, que o jogador tenha uma boa conexão de banda larga.

Como muitos jogos do Xbox e Xbox 360, "Burnout: Revenge" oferece também provas que valem pontos para um ranking mundial. De modo geral, sua classificação sobe muito se vencer oponentes mais fortes, mas, por outro lado, cai vertiginosamente se perder de adversários supostamente menos capacitados. Há rankings separados para os modos de corrida e de Crash, já que a essência dessas duas modalidades são bem diferentes.

Oh, não! Riscaram a minha... Ferrari?!?!

Na nova geração, "Burnout: Revenge" segue o alto padrão da versão para Xbox. As cores são bem definidas, os cenários detalhados e a ação roda suavamente a 60 quadros por segundo. Como dito, o show estará completo se sua TV tiver suporte para resolução 720p ou 1080i . Mas mesmo num aparelho convencional, lado a lado, nota-se uma diferença gráfica entre as duas gerações de consoles.

Ao contrário "Project Gotham Racing", não espere encontrar Ferrari, Maserati e outras máquinas dos sonhos. Os carros não são licenciados, mas não por isso deixaram de receber uma camada de cera extra. Seja ele compacto, esportivo, sedã de luxo ou utilitário, o efeito de refletir o ambiente na lataria dá a impressão de que é realmente feito de metal. Infelizmente, esse explendor dura pouco, pois com poucos minutos de prova, sua máquina começa a mostrar os sinais da imprudência, seja em simples amassados ou com a porta que não se fecha mais. Em algumas provas, terminar com o carro inteiro já é um feito.

A trilha sonora é o punk-pop que acompanha muitas das franquias da Electronic Arts, entre elas a série "SSX" e "Need for Speed Underground". Entre as bandas mais conhecidas por aqui estão MxPx , The Chemical Brothers, Bloc Party, Asian Dub Foundation, LCD Soundsystem e Yellowcard. Para o pessoal da velha guarda, há também um remix de "Break On Through (To The Other Side)", do grupo The Doors. As músicas casam muito bem o clima do jogo. No entanto, uma vez dada a largada, elas caem para segundo plano, dando lugar para o barulho do motor, o ranger de metais retorcidos, impacto das batidas e os barulhos dos carros e objetos zunindo que criam uma ambientação fantástica.

CONSIDERAÇÕES

"Burnout: Revenge" pode não ser o exemplo de um título da chamada nova geração de consoles. Mas nem precisa, pois suas qualidades vão além disso. Como "Rally X" e "Crazy Taxi", trata-se de um jogo de corrida diferente que, se exagerado chamar de futuro clássico, ao menos deixará uma marca e saudades dessa época da história dos games. Se você não teve a oportunidade de assumir o volante e sentir a adrenalina de quebrar todas as leis do trânsito, "Burnout: Revenge" é um jogo obrigatório na sua coleção. Mas se você já teve o prazer de detonar veículos na versão para Xbox, talvez essa reedição não tenha atrativos suficientes para repetir a mesma viagem.

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    Burnout: Revenge (Xbox 360)

    109 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Criterion Studios
    Lançamento: 07/03/2006
    Distribuidora: EA Games
    Suporte: 1-6 jogadores, cartão de memória, Xbox Live
    Outras plataformas: PS2 XB
    RecomendadoAvaliação:
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