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Xbox 360

Call of Duty 2

16/11/2005

da Redação
Ao lado do inédito "Perfect Dark Zero" e de "Quake 4", "Call of Duty 2" completa o trio de jogos de ação em primeira pessoa que figura entre os títulos de lançamento para Xbox 360. Pela primeira vez, a Segunda Guerra mundial é simulada em um console de nova geração e, para a estréia, a escolha não poderia ter sido mais adequada.

Enquanto "Medal of Honor" parece perder um pouco de seu apelo e qualidade a cada nova versão lançada, "Call of Duty" chegou e, com o perdão do trocadilho, mostrou as suas armas: democrático, o jogo permitiu enxergar os horrores da guerra sob os pontos de vista de um soldados norte-americano, um britânico e um russo. Some-se isso o realismo de primeira, tanto nos gráficos quanto na jogabilidade e, mesmo em meio a um batalhão de concorrentes, a série escreveu seu nome no hall dos melhores.

Naturalmente, quando se vê "Call of Duty 2" entre os títulos de lançamento do Xbox 360, a primeira pergunta que vem à mente é: "Será que se trata realmente de um game de próxima geração ou apenas de uma adaptação do PC?". Porém, desde a feira de games E3 2005, quando o jogo foi demonstrado ao público, já se via que poderia ir além.

Tudo bem que hoje em dia muito se critica a indústria do entretenimento eletrônico por valorizar demais o visual em detrimento do conteúdo, mas deixemos isso um pouco de lado para dizer que a primeira coisa que se nota em "Call of Duty 2" são seus gráfico absolutamente magníficos, para PC com placa de vídeo de última geração nenhum botar defeito.

É um daqueles jogos que deixam você salivando por um televisor widescreen de alta definição. Definitivamente, nunca um console transmitiu com tanto realismo e emoção a atmosfera caótica de uma guerra, com balas assoviando na sua orelha o tempo todo, explosões a poucos metros de distância, poeira e gritos desesperados dos soldados. Tudo isso a uma taxa de 60 quadros por segundo, com filtro "anti-aliasing" (que elimina o efeito serrilhado das texturas) e 720 linhas de resolução, com varredura não-entrelaçada.

Você pode correr, mas não pode ser esconder

"Call of Duty" dispensa o tradicional sistema de saúde representado por uma porcentagem ou coisa do gênero. O personagem, na verdade, tem dois pontos-chave: a cabeça e o tórax. Quando ele é atingido em um destes pontos, a visão fica vermelha e um pouco borrada, a audição diminui e o ritmo do jogo fica mais lento por alguns segundos.

Caso você leve mais um tiro nesse estado, a morte é certa. Mas se você conseguir se recuperar, poderá seguir em frente como se nada tivesse acontecido. Ou seja, um sistema de danos quase nulo em termos de realismo e coerência, mas que acaba "casando" com a ação frenética de "Call of Duty 2".

A exemplo de seu antecessor, "Call of Duty 2" traz três campanhas para o modo single-player, revivendo momentos reais da Segunda Guerra sob a ótica de um soldado russo, um britânico e um norte-americano. Como as campanhas russa e britânica são ambientadas durante o mesmo período, ao completar a fase inicial da primeira, a britânica fica disponível, enquanto a norte-americana só pode ser acessada no final do game.

De qualquer forma, o mais importante é que as campanhas diferem muito entre si, o que garante uma experiência única para cada. Na pele do soldado russo, você precisa combater a invasão nazista em Moscou e Stalingrado; com o britânico, é necessário ir até os desertos da África do Norte, com os famosos "Ratos do Deserto", terminando em Caen, na França; a norte-americana, finalmente, captura um ponto de vista diferente do Dia D, no qual, ao invés de aportar na praia de Omaha, escalando o penhasco de Pointe du Hoc como integrante da artilharia.

Levantou poeira

Uma das novidades mais bacanas de "Call of Duty 2" é que se trata de um dos raros jogos em que a granada de fumaça não apenas funciona, como também tem utilidade. Além de o efeito da fumaça ter ficado magnífico no Xbox 360, ela serve perfeitamente para neutralizar a ação inimiga por alguns instantes, fornecendo a você e seus companheiros a oportunidade de se deslocar, sob cobertura segura.

São raros os instantes de calma em "Call of Duty 2", pois quase sempre o jogador se encontra envolvido em um tiroteio ou sob a mira do adversário. Há poucos pontos nos quais você fica protegido por completo das investidas inimigas, por isso estes devem ser muitíssimos bem aproveitados. Ao menos, na maioria das vezes você terá ao seu lado alguns companheiros de guerra, que se comportam de maneira realista, embora a inteligência artificial, de aliados ou inimigos, não seja de próxima geração.

Assim como seu antecessor, "Call of Duty 2" oferece missões bastante lineares e "scriptadas". Mas embora o caminho a ser seguido e a maneira de cumprir os objetivos sejam únicos, o jogo apresenta vários acontecimentos que "quebram" essa aparente repetição, sempre recheados de muita ação - "exploda isso, "mate aquilo" etc. - e que acabam minimizando os efeitos da linearidade.

Junte a isso o clima cinematográfico, perfeitamente embalado pela trilha sonora e, assim como aconteceu com o "Call of Duty" original, não será raro você sentir-se dentro de um filme da Segunda Guerra Mundial. A história, sob o ponto de vista dos três soldados, não é nada profunda ou dramática, mas a Infinity Ward parece ter a habilidade de tirar de um lugar o que sobra para colocar onde está faltando. Com isso, o resultado é um título maduro e extremamente equilibrado.

O multiplayer, capaz de suportar até 32 jogadores simultâneos na Xbox Live, é baseado em classes de soldados, diferenciadas de acordo com as armas escolhidas por cada participante - ao optar pelo rifle sniper, por exemplo, sua classe será a de atirador de elite. Cada mapa privilegia uma ou mais classes, portanto para ter um bom desempenho online é essencial levar esse aspecto em consideração.

O estilo do multiplayer, embora longe de ser novidade, é bem sucedido ao capturar ação do single-player, apresentando-se como uma das opções mais sedutoras para a safra inicial de jogos para Xbox Live.

O lado bom da guerra

Embora as versões para PC e Xbox 360 sejam muito semelhantes, no console de nova geração da Microsoft o jogo de tiro demonstra personalidade e, enquanto título de guerra, mostra-se uma das opções mais atraentes desta linha inicial. Uma conversão bem sucedida para um jogo que, chegando ao segundo episódio, mantém a série em perfeita forma.

Apenas é bom destacar que, em uma próxima versão, pelo bem do realismo e da coerência, seria interessante reavaliar o sistema de danos, afinal, levar um tiro na cabeça e, segundos depois, estar "pronto para outra", definitivamente não é uma fórmula adequada para um game que tem a intenção de fazer o jogador se sentir literalmente dentro da Segunda Guerra Mundial.

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    Call of Duty 2 (Xbox 360)

    52 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Infinity Ward
    Lançamento: 22/11/2005
    Distribuidora: Activision
    Suporte: 1-32 jogadores, Xbox Live, cartão de memória
    Outras plataformas: PC
    RecomendadoAvaliação:
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