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Xbox 360

Chromehounds

25/07/2006

da Redação
A produtora japonesa From Software possui uma vasta experiência com jogos de robôs, tendo produzido "Armored Core", uma das mais famosas séries sobre o assunto para a plataforma PlayStation. Agora, aproveitando toda essa desenvoltura, a empresa está às voltas com "Chromehounds", exclusivo para Xbox 360.

Entre semelhanças e diferenças, o jogo distribuído pela Sega tem uma das melhores cenas de combate neste primeiro ano de vida do Xbox 360, e conta com uma extensa campanha online, além de diversos tipos de modalidades competindo via Xbox Live. Por outro lado, a parte offline não é mais que um treino para os combates online, a verdadeira estrela do game.

Cada um no seu papel

"Chromehounds" é um jogo de combate de robôs que até guarda semelhanças com a tradicional série "Armored Core", mas é muito mais cadenciado e menos futurista. Está mais para um presente alternativo, em que a humanidade, em vez de criar aviões e helicópteros, optou por inventar robôs de combate com um ar retrô.

A história gira em torno da Guerra de Neroimus, que envolve as nações fictícias de Sal Kar, Tarakia e Morskoj, que lembram o estado de conflito entre Estados Unidos, Oriente Médio e Rússia. Isso será o pano de fundo da principal opção online, que reproduz uma guerra viva com jogadores do mundo inteiro.

Mas antes de se aventurar na grande batalha, convém participar do modo de história offline. Aqui o enredo volta um pouco no tempo, e você participa, como mercenário, de diversas missões em diferentes lados do conflito. São seis arcos de enredo, divididos entre os seis tipos de papéis que os robôs podem ter, os chamados Role Types (RT).

Porém, essa divisão pode enganar os jogadores, pois não há classes no game, apenas configurações que se adaptam a cada um desses estilos - enfim o jogador pode montar os robôs como quiser. Cada um dos arcos de história possui seu nível de dificuldade e contam com seis ou sete estágios, além de liberar peças para você montar seu robô na garagem. Cada fase terminada dá direito a algumas peças e cumprindo-as com rank S, o melhor, resulta em objetos extras.

Para conseguir altas avaliações, será preciso cumprir os objetivos secundários, como terminar a fase em determinado tempo, destruir certos inimigos ou a sua totalidade, ou impedir que seus companheiros sejam mortos. Em geral, as missões não são complicadas, mas nem por isso significam que todas sejam fáceis.

As seis opções de história incluem missões para robôs tipo Soldier, infantarias que possuem armamentos equilibrados para curtas e médias distâncias; Sniper, destinados a atirar de longe; Defenders, com pouca mobilidade, mas grande poder de fogo; Heavy Gunners, tropas com alto poder ofensivo; e o Commander, o único que pode servir como torre de comunicação. Este último permite dar ordens nas missões offline, mas é online que sua função se torna mais estratégica.

Metal pesado

Além de conseguir as primeiras peças para montar seu robô, o modo de história offline serve como treino e uma demonstração dos diversos papéis que os robôs podem ter. A campanha toda dura cerca de 10 a 12 horas. Também serve com treino para se acostumar às máquinas, bem diferente da mecânica da série "Armored Core".

Em "Chromehounds", é tudo mais cadenciado. Esqueça aquele ritmo frenético de jogos de tiro em primeira pessoa. O deslocamento dos robôs é bem lento e mesmo as máquinas do tipo "hover", flutuantes, não são lá muito velozes. Partes móveis do tipo roda ou esteira possuem outro tipo de restrição, já que funcionam como num jogo de carro, ou seja, não andam para os lados.

A visão é em terceira pessoa, mas na prática funciona como um jogo de tiro em primeira pessoa. O jogador pode trocar essa visão externa pela câmera colocada em cada um dos equipamentos de ataque. O nível de zoom é determinado pela arma: os de longo alcance, geralmente, vêm com telescópio, enquanto um rifle de assalto amplia apenas um pouco a profundidade de visão.

Devido à lentidão, a habilidade do jogador influencia muito menos que um game de tiro em primeira pessoa. No final, a batalha é geralmente vencida por quem equilibra proteção e armas mais poderosas. Avistar o inimigo primeiro também traz vantagem, já que o virar da máquina também é lento. Além disso, quando um robô é atingido, a câmera chacoalha e a visão fica desalinhada.

Guerra de informação

Cada uma das partes possui resistências independentes. Ao destruir as pernas (ou rodas, dependendo do caso), o robô fica impossibilitado de andar. Com as armas destruídas, obviamente, perde-se a capacidade ofensiva destas. Outro elemento importante no game é o funcionamento das torres de comunicação, chamadas de Combas.

Eles são como torres de celulares, cobrindo um determinado raio. Ao ficar próximo de uma torre, ela passa a ser do seu grupo e o campo de comunicação é ampliado. A posse, no entanto, não é definitiva, e os inimigos podem tomá-la de volta. Isso é especialmente importante no modo online, já que a comunicação via headset é feita apenas pelas unidades que estão em áreas cobertas pelas torres. Os robôs podem se equipar com uma antena móvel, ganhando uma função estratégica.

Para quem curte montar robôs, "Chromehounds" é um prato cheio. Há diversas peças disponíveis, entre cockpit, pernas, armas e equipamentos extras. Ainda, é preciso pensar no peso dos equipamentos, no consumo de energia e em diversas outras limitações. Há uma loja online para comprar novas peças. O processo é complicado para iniciantes, levando mais de uma hora para começar a entender o funcionamento, mas esse é um passo obrigatório para se dar bem nos confrontos online.

Uma guerra de verdade

Como dito, o modo offline é apenas para conseguir peças e treinar, pois o "filé" está nas modalidades online, tanto que 86% das conquistas são destravadas pela Xbox Live. E entre as modalidades, a "Neroimus War" é a principal. Trata-se de uma guerra persistente, com jogadores do mundo inteiro participando.

Mas o nível é bastante alto, necessitando de boas peças e uma equipe bem treinada. O jogador escolhe um dos três países e tenta levá-lo à vitória. Ao escolher uma região, a equipe luta contra um grupo adversário, em combates de até 12 jogadores - 6 para cada lado. Dependendo dos resultados dos vários grupos que se digladiam na região, o território passa a ser de um dos lados. Vence o país que dominar as duas capitais adversárias ou quem tiver o maior domínio a cada dois meses. Caso o país seja tomado, o jogador pode continuar a lutar como guerrilheiro ou trocar de lado na guerra. Às vezes, o servidor da Sega não está pronto para conexão, sem falar nos ocasionais atrasos.

Como dito, os confrontos têm exigências altas, já que os participantes, em geral, possuem níveis avançados. As vitórias conferem boas recompensas financeiras, mas as perdas são grandes em caso de derrota, já que precisará comprar novas peças. Antes de encarar a guerra de verdade, há diversas modalidades que permitem treinar, sozinho ou em equipe, contra robôs controlados pelo computador, sem interferir no resultado da guerra.

Além disso, há combates online entre jogadores, valendo ou não pontos no ranking. As opções de batalha livre, as Free Battle, também não influenciam na guerra. São oito tipos de regras, entre Standard (vence quem derrotar todos os adversários ou destruir a base inimiga), Deathmatch (a vitória é do lado que tiver a maior contagem de mortes), Capture the Flag (consiste em levar o maior número de bandeiras para sua base) e Combas Keeper (vence o time que mantiver o controle da torre por mais tempo).

Como se estivesse no cockpit

A maior virtude de "Chromehounds" é fazer o jogador se sentir dentro de uma guerra. Os efeitos de explosão são um dos melhores já vistos, seguidos por uma fumaça espessa, que dificulta a visão. Além disso, quando os tiros acertam o chão, sobem colunas gigantes de terra, e tudo isso faz com que as armas pareçam ter grande poder de impacto.

Quando seu robô é atingido, o controle chacoalha assim como a visão, e junto com o efeito de borrão de movimentos faz com que tudo pareça bem real. A sonoplastia, obviamente, também ajuda para potencializar a sensação de impacto. Os efeitos de visão de calor e de ampliação de luz residual também são belos.

Os cenários, porém, são bastante simples. As áreas urbanas são um pouco melhores - além disso, os prédios podem ser derrubados, o que é sempre divertido -, mas ainda continua tendo pouca variação. É uma pena que o escombro que fica é um gráfico padrão e pouco realista. O número de objetos destrutíveis é satisfatório: várias árvores, contêineres e muros podem ser destruídos.

Os robôs são bem detalhados, com gráficos diferentes para cada peça, e tudo é animado com bastante complexidade. Um problema recorrente em jogos para Xbox, a falta de sincronia vertical, também acontece em "Chromehounds", principalmente em conexão de alta definição. No campo sonoro, o destaque são mesmo os efeitos de explosão. O modo de história offline tem algumas narrações, mas não há nada para destacar.

A batalha das máquinas cromadas

"Chromehounds" tem a virtude de trazer um dos modos online mais evoluídos para Xbox 360, integrando batalhas via Xbox Live e uma guerra persistente. O modo exige bastante dedicação, mas as recompensas também são à altura. Mas há outras modalidades mais descompromissadas, que resultam em igual diversão. Por outro lado, a modalidade offline é muito simples, um conteúdo raso que serve apenas para um treino básico e obtenção das primeiras peças. Fãs de combate de "mechs" terão um prato cheio.

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    Chromehounds (Xbox 360)

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    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: From Software/Sega
    Lançamento: 11/07/2006
    Distribuidora: Sega
    Suporte: 1-12 jogadores, cartão de memória, Xbox Live
    RecomendadoAvaliação:
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