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Xbox 360

Dead or Alive 4

11/11/2005

da Redação
A série "Dead or Alive" nasceu nos arcades em 1996 e, pelo menos no começo, parecia muito similar à franquia "Virtua Fighter" da Sega, voltada para jogadores experientes. Por outro lado, também trazia algumas inovações, como um sistema de golpes particular e aspectos fetichistas, que viriam a ser mais explorados a cada nova versão.

Assim como "Dead or Alive 3" integrou a primeira leva de jogos do Xbox, pelo menos no Japão, agora, "Dead or Alive 4" terá o mesmo papel no Xbox 360. Desde 2002, a série é exclusiva para o console da Microsoft, refletindo a identificação de seu criador, o polêmico Tomonobu Itagaki, com os videogames da empresa de Redmond.

Pixels além do alcance

A Team Ninja, grupo de desenvolvimento interno da Tecmo liderado por Itagaki, é considerada uma das melhores produtoras para o Xbox, tendo em seu currículo novos clássicos como "Ninja Gaiden" e o próprio "Dead or Alive". Entre outras qualidades, merece destaque a habilidade da Team Ninja em trabalhar com gráficos, uma das marcas registradas dos títulos citados.

A parte visual de "Dead or Alive 4" foi naturalmente uma das mais beneficiadas no console de nova geração. Um dos motes do Xbox 360 é o entretenimento de alta definição, e, realmente, as melhoras só são plenamente sentidas em TVs mais modernas, de preferência com 720 linhas de resolução. Claro que, mesmo numa TV comum, é possível ver o salto de qualidade, mas equipamentos convencionais não conseguem mostrar todas as minúcias.

Agora, com um hardware de última geração, os personagens estão mais detalhados que nunca, com rostos bem definidos e minuciosamente modelados até à ponta dos dedos. O figurino dos combatentes está mais complexo que nunca, como, por exemplo, o traje da estreante El Mariposa, repleto de adornos dourados e penduricalhos, além de uma bela máscara toda ornamentada. Aliás, quase todos os personagens possuem alguma peça que fica solta, justamente para mostrar as capacidades de simulação de física que a equipe foi capaz de produzir no Xbox 360.

E todos os "materiais" possuem um brilho bem natural, cada um reagindo à luz de forma diferente. Assim, objetos metálicos têm aquele reflexo característico, bem como todos os outros, que emulam características como as de seda, vidro e plástico, por exemplo. Isso já era uma especialidade da Team Ninja, e ficou ainda mais evidente na nova geração. Somente a textura de pele ainda não está perfeita, lembrando bonecos de borracha.

A personagem Spartan-458, vinda da série "Halo", possui uma armadura que demonstra extrema solidez. Altamente detalhada, é quase uma prévia de como serão os guerreiros de "Halo 3" - desde já um dos títulos mais aguardados do novo console da Microsoft. A inclusão dessa lutadora é mais uma prova do comprometimento e de identificação do time de Itagaki com o Xbox 360.

O poder do novo processador gráfico fica evidente nos efeitos visuais de "Dead or Alive 4". O novo episódio da série é mais dinâmico que os antecessores, mas a sensação de velocidade fica reforçada por borrões de movimentos - o chamado "motion blur" -, acionado quando se usa golpes mais fortes, que até é visto em jogos da geração atual, mas à custa de muito corte na taxa de quadros. Não é o caso do novo "Dead or Alive", que mantém sólidos 60 quadros por segundo durante todo o combate. Além de auxiliar na experiência de velocidade, também ajuda a compor cenas mais dramáticas.

Arena dos sonhos

A qualidade das animações que já era muito boa nas edições passadas - aliás, os jogos de luta primam nesse aspecto - foi mantida. A diferença é que os movimentos das articulações estão muito mais naturais e, agora, alguns detalhes deixaram o conjunto de animações muito mais deslumbrante. O cabelo, por exemplo, se mexe conforme o movimento da cabeça; penduricalhos e partes soltas dos trajes também acompanham o movimento do corpo.

Os cenários também estão mais bonitos e interativos. As lutas ganham mais destaque justamente porque o ambiente sustenta o espetáculo. Os planos secundários ficam fora de foco e há objetos interativos em todos os cantos - caixas se quebram e carros podem atropelar os jogadores. As fases também podem interferir na estratégia, pois muitas delas possuem mais de um ambiente e obstáculos diversos. Um dos ringues, por exemplo, possui cordas eletrificadas, que tiram a energia de quem tocar nelas.

Os efeitos dos cenários também são deslumbrantes. Um dos mais marcantes é de uma cidade japonesa com várias cerejeiras - uma chuva de pétalas preenche toda a tela. Os efeitos de luz também causam admiração, seja nos néons das cidades ou um simples escudo de energia da fase de "Halo".

As trilhas musicais são apenas corretas e, provavelmente, não serão lembradas após desligar o game. O que ajuda a manter o clima são os efeitos sonoros, com barulhos dos potentes socos e chutes dos lutadores acompanhados por gritos característicos dos mesmos. Os diálogos são poucos; os personagens costumam soltar seus insultos entre os rounds.

Bem vivo ou bem morto

O sistema de jogo é basicamente igual ao antecessor, que já herdava grande parte das funcionalidades de "Dead or Alive 2", considerado o episódio com a mecânica mais equilibrada da série. A franquia tem como característica possuir três grupos de ataques, existindo um relacionamento triangular entre eles. O primeiro é composto por golpes de impacto - soco, chutes, cotoveladas e afins -, que sobressaem aos arremessos (o segundo grupo, que por sua vez vence os "parries"). E os "parries", no entanto, servem justamente para desviar a trajetória dos golpes de impacto, ou até mesmo, para os contra-ataques.

Mas estas são apenas regras hipotéticas, pois existem muito mais variáveis para decidir quem leva a melhor, como a velocidade dos ataques, o local onde é desferido o golpe etc. Enfim, um sistema bem complexo e que demanda muito treino para dominar um único personagem. Assim como acontece em "Virtua Fighter", os jogadores mais tarimbados podem definir os confrontos em decisões tomadas no intervalo de 1/60 segundo.

Os confrontos estão mais velozes e, portanto, é mais complicado para defender ou usar os "parries". Sendo assim, a iniciativa de atacar será mais valorizada. Enfim, não se trata de um título ideal para quem pouco conhece os jogos de luta se aventurar, pois a curva de aprendizado é um tanto lenta. Mas, dominando as técnicas do jogo, poderá realizar "combos" espetaculares.

O "cast" de lutadores abriga quase todos os que apareceram nas edições anteriores de "Dead or Alive", como a kunoichi Kasumi, a wrestler Tina Armstrong e a carateca Hitomi. Além deles, Ryu Hayabusa e Ayane, que aparecem em "Ninja Gaiden" para Xbox, também estão na briga. A eles se juntam lutadores como a já mencionada El Mariposa, que usa golpes aéreos típicos da "lucha-libre", versão mexicana do "telecatch", e gingadas da capoeira. Participam também a pequena Kokoro, que lembra um pouco a Aoi de "Virtua Fighter 3", e a Spartan-458, guerreira geneticamente modificada e com alto treinamento militar, tal e qual Master Chief.

Como sempre, ao completar diversos objetivos, os lutadores ganham novos trajes. Obviamente, o conjunto de roupas do elenco feminino é muito maior e, mantendo a tradição, algumas fantasias são bem provocantes. Todos os fetiches mais clássicos serão atendidos pelo guarda-roupa. A Team Ninja mostra mais uma vez ser mestre em modelar personagens femininos e, agora com muito mais resolução, elas estão mais sensuais que nunca.

Roupa de gala

"Dead or Alive 4" mostra algumas das capacidades do Xbox 360, com gráficos em alta definição e muitos detalhes. Tudo isso ajuda a dar mais vida aos cenários e aos combates em si, produzindo um resultado deslumbrante. A nova roupagem deverá agradar principalmente aos fãs dos personagens e, mesmo sem grandes mudanças estruturais, os amantes dos jogos de luta também deverão apreciar o "Dead or Alive" de nova geração.

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    Dead or Alive 4 (Xbox 360)

    129 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Team Ninja
    Lançamento: 28/12/2005
    Distribuidora: Tecmo
    Suporte: 1-2 jogadores, cartão de memória, Xbox Live
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

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