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Destroy All Humans! Path of the Furon

17/12/2008

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Poderes e habilidades novos
A franquia "Destroy All Humans!" pegou de surpresa os jogadores na geração anterior, revelando uma mistura interessante da mecânica aberta da série "Grand Theft Auto" e referências a filmes de ficção-científica dos anos 50, com um alienígena malvado como protagonista. A inversão de papéis foi fundamental para o sucesso, mostrando que as pessoas nem sempre gostam de jogar com os mocinhos. Controlar o carismático Crypto se tornou libertador, em suas missões pontuadas por abduções e torturas de seres humanos - ainda que de forma cômica e exagerada.

Depois de algumas continuações - e a partida da equipe de criadores - a série acabou perdendo o rumo e a qualidade, com continuações cada vez menos inspiradas e repetitivas. "Destroy All Humans! Path of the Furon" parece ser a pá de cal que faltava, não só por explorar os mesmos elementos de sempre com certa má fé, mas também graças aos problemas financeiros de sua distribuidora, a THQ. Tais dificuldades acabaram levando a empresa a fechar o estúdio responsável pelo game antes mesmo que pudesse concluir o projeto, deixando um jogo mal-acabado nas prateleiras.

Ataque nos anos 70

É pouco provável que alguém acompanhe com afinco a saga de Crypto, mas sempre é bom explicar um pouco sobre o que se passa. O alienígena agora vive de forma pacata gerenciando seu cassino, durante a década de 70, mas logo se envolve em problemas quando seus negócios se cruzam com os da máfia. Para piorar, guerreiros de seu planeta também aparecem, levando o protagonista a investigar uma terrível conspiração com a ajuda de um mestre especialista em artes marciais.

Mestres do tempo e do espaço
Assim como a figura do tal mestre - que faz referência aos filmes de kung-fu que fizeram muito sucesso nos anos 70 - o restante do jogo tenta empurrar goela abaixo tipo de citação ao período, como a moda da discoteca, a crise do petróleo e outros filmes, como "Os Embalos de Sábado à Noite". Nada perto do inteligente, principalmente ao utilizar estereótipos e clichês a todo instante, principalmente nos diálogos que se repetem sem misericórdia.

A mecânica do jogo permanece a mesma. Crypto deve cumprir uma série de objetivos explorando livremente as cinco cidades disponíveis, além de contar com alguns minigames extras. Basicamente o jogo convida o jogador a destruir tudo o que quiser, contando com a clássica sonda anal ou outros truques, como armas capazes de soltar raios ou criar buracos negros, além de uma armadilha que libera uma grande planta carnívora alienígena. O protagonista ainda conta com seu inseparável disco voador e seus poderes psíquicos, que são capazes de controlar a mentes de humanos ou levantar objetos.

Defeitos e mais defeitos

Sem nenhuma inovação estrutural, "Destroy All Humans! Path of the Furon" ainda poderia agradar os admiradores da série por alguns minutos, se não fossem seus inúmeros problemas. É um produto claramente mal-acabado, sem polimento. Para um jogo aberto, por exemplo, as ruas parecem sempre muito vazias, com personagens robóticos e que constantemente agarram em paredes ou travam em algum lugar sem motivo.

ETs não gostam de monges
Os gráficos, no geral, parecem ainda os da geração passada, contando ainda com carregamento demorado e uma interface paupérrima. Fora Crypto, seu disco voador e alguns outros coadjuvantes, pouco se salva, tanto em design quanto em execução, pois é comum ver o jogo travar, texturas desaparecerem ou comandos não responderem. Nem mesmo um multiplayer decente foi implementado, restrito ao jogo local e com modalidades fracas como uma espécie de futebol em que os dois jogadores atiram contra uma bola gigante, tentando direcioná-la.

CONSIDERAÇÕES

Se, em seu projeto original, "Destroy All Humans! Path of the Furon" já não parecia ser grande coisa por se recusar a evoluir, o resultado final foi ainda mais decepcionante. Se não bastasse tal falta de inspiração e ambição, o produto foi acabado de qualquer maneira para chegar às prateleiras em tempo para o Natal, repleto de problemas gráficos e mecânicos que são graves o suficiente para manchar a franquia para sempre. Uma triste queda de padrões para uma franquia que começou de forma tão original e interessante.

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    GALERIA

    Destroy All Humans! Path of the Furon (Xbox 360)

    28 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Sandblast
    Lançamento: 01/12/2008
    Distribuidora: THQ
    Suporte: 1-2 jogadores, multiplayer local, cartão de memória
    Outras plataformas: PS3
    DesprezívelAvaliação:
    Desprezível

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