Crystal Defenders

OTAVIO MOULIN
Colaboração para o UOL

"Crystal Defenders" nasceu como um produto para celulares japoneses sob o título de "Crystal Guardians" e logo migrou para o ocidente em conversões para iPods e iPhones. A base para o jogo do estilo chamado "tower defense", que em o jogador deve construir unidades ao longo de um mapa para deter o avanço de grupos de inimigos.

É um esquema bastante comum a vários games em flash (há muitos exemplares aqui mesmo no UOL), mas o nome da gigante Square-Enix e sua proximidade com a franquia "Final Fantasy" garantiram certo glamour ao lançamento. Mas será que é suficiente para prender a atenção de donos de um console tão poderoso quanto o Xbox 360?

Arrastão de monstros

A mecânica de "Crystal Defenders" é a mais tradicional possível. Ao fundo do seu mapa se encontra um estoque de cristais mágicos, que devem ser defendidos a todo custo dos monstros que fazem fila para atacar. O jogador deve então comprar unidades - inspiradas em profissões da série "Final Fantasy Tactics" como Thief e Black Mage - e posicioná-las ao longo do percurso, para que elas ataquem os invasores de acordo com seu avanço.

Os inimigos se movimentam em grupos, então entre uma onda e outra, você tem tempo para montar seu plano de defesa e equilibrar seu pelotão da melhor maneira possível. Por exemplo, se as criaturas que irão atacar na próxima onda são resistentes a magia, você deve comprar novas unidades que priorizam ataques físicos ou dar novos níveis aos soldados que você já possui com tal característica. Em último caso, quando fica claro que suas tropas não darão conta do recado, ainda é possível apelar para criaturas míticas da franquia "Final Fantasy" como Ifrit para ajudarem - ao sacrificar alguns preciosos cristais.

Com algumas centenas de estágios, o game consegue cativar pelo visual inspirado nas clássicas marcas da Square Enix aplicado a um estilo consagrado, mas com certeza poderia ser bem mais profundo - com mais opções entre unidades e suas habilidades - e bem acabado do que é. Os controles são um pouco travados, imprecisos na navegação e seleção de unidades, e a apresentação não ajuda muito - o visual lembra um jogo de Super NES, com animações precárias e cenários pouco inspirados, apesar dos personagens carismáticos.