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Xbox 360

Paperboy

15/02/2007

da Redação
"Paperboy" foi um daqueles games que faziam a festa dos donos de fliperamas. Por quê? Por sua dificuldade elevada, que levava os jogadores gastarem fichas e mais fichas (ou moedas de 25 centavos, lá nos EUA). Também chamava a atenção pelo seu controle "temático", que imitava um guidão de bicicleta.

E faz todo sentido, já que no game o jogador controla um entregador de jornal, que lá nos EUA é um trabalho temporário de muitos jovens. À bordo de sua inseparável bicicleta, o personagem anônimo deve entregar as notícias do dia na casa dos assinantes, ao mesmo tempo em que faz arruaças em quem não é cliente. Agora o clássico retorna para a Live Arcade, tal como foi concebido. Ou quase. Só não deu para imitar o controle em forma de guidão, mas de resto está tudo aqui.

Extra! Extra!

O objetivo do game é bem simples, mas realizá-lo não é nada fácil. É que o menino enfrenta os mais variados perigos, como hidrantes, bueiros, pneus, brigas de rua, carros, cães e gatos, carrinhos de controle remoto (são um dos piores, acredite) e toda sorte de obstáculos. "Paperboy" é daqueles games que, no começo, você se perde entre desviar de tudo que pode lhe derrubar e a entrega do jornal. E você precisa fazer as duas coisas ao mesmo tempo para não perder o emprego, ou seja, o "game over".

Como se trata de um game de 1984, os controles são simples: o direcional comanda a bicicleta (direção de velocidade) enquanto o botão A lança o jornal. A mira é dificultada pela visão, que é isométrica, pela velocidade e direção da bicicleta.

O jogador tem três ruas para escolher: Easy Street, Medium Road e Hard Way. O nome das localidades está relacionado ao seu nível de dificuldade. Em cada rua, você trabalha por uma semana, de segunda a domingo, isso se você não perder todas as vidas antes. Depois, um mapa mostra quem são os assinantes de seu jornal.

A vingança do jornaleiro

A distinção é fácil: enquanto as casas dos assinantes são coloridas, as dos não-clientes têm tons sombrios, daquelas de filme de terror, completo com janelas vermelhas. Aos primeiros, você deve entregar o jornal, mandando o pacote na porta ou, melhor, dentro da caixa de correios, que, naturalmente, é mais difícil de acertar e, portanto, garante mais pontos.

Para quem não assina o periódico, sobra todo tipo de pirraça, como derrubar-lhe latas de lixo e ter as janelas quebradas com o jornal. Todo dano provocado fica acumulado e garante bônus quando terminar o dia. Atente que a "munição" é finita, e o jogador deve "recarregá-la" pegando pacotes de jornal na rua.

Terminada a entrega, o game emenda para uma espécie de "fase bônus", cujo objetivo é desviar dos obstáculos e chegar são e salvo até o final. Falhar aqui não resulta em perda de vida, mas deixa de ganhar pontuação. No dia seguinte, começa tudo de novo, só que com mais obstáculos. No domingo, há uma dificuldade extra: o jornal é mais pesado e o garoto carregar menos exemplares e não voa tão longe.

Todos os clientes que deixaram de receber cancelam sua assinatura. Por outro lado, se todas as casas forem atendidas, novos leitores são adicionados. Há um bônus proporcional para cada residência satisfeita.

A lista de conquista tem dificuldade equilibrada, sem nenhum desafio muito complicado. A maioria pode ser feita na Easy Street, mas há duas que são exclusivas da Hard Way. Quatro dependem da modalidade multiplayer.

Na sua bicicleta ou na minha?

Assim como todos os clássicos feitos pela Digital Eclipse, "Paperboy" possui opções multiplayer. O modo competitivo pode valer pontos para o ranking. Assim como em "Root Beer Tapper", o oponente não aparece na tela, apenas sua pontuação. Jogar com (ou contra) quem mora no Brasil não costuma ter problemas de atrasos de conexão, mas o cenário inverte quando o adversário é de fora do país.

O visual é praticamente o mesmo para o arcade de mais de 20 anos atrás, simples, mas tem seu charme e uma identidade única. O nível de detalhe é um pouco melhor que seus contemporâneos, graças a uma resolução maior. Se numa TV de alta definição isso não é problema, em modelos apenas com vídeo composto ou s-vídeo, o escalonamento da tela ficou tosco, com quebras de pixels bem visíveis na faixa amarela da rua, por exemplo.

O som também é típico de games de meados da década de 1980, mas alguns dos "loops" ficam na sua cabeça por não ser nada convencional. Surpreende a quantidade de narrações e você até confunde se é alguém falando pela Xbox Live ou se é mesmo o jogo.

Diversão de papel

"Paperboy" tem sua cota de diversão. Mas ela é mais bem aproveitada por quem tem habilidade suficiente para encarar o desafio, que não é pequeno. Um usuário menos experiente provavelmente vai encontrar muita frustração, tal o nível que se exige mesmo no modo mais fácil. Como sempre, os nostálgicos também deverão amar o game, mas é até passar o saudosismo, que não demora muito para dissipar. A vantagem aqui é que você paga apenas uma "ficha" de 400 pontos, ou cerca de US$ 5 nos EUA. Sai bem mais em conta do que na época do arcade.

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    Paperboy (Xbox 360)

    12 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Midway
    Lançamento: 14/02/2007
    Distribuidora: Midway
    Suporte: 1-2 jogadores
    RegularAvaliação:
    Regular

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