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Xbox 360

Rayman Raving Rabbids

15/05/2007

HENRIQUE SAMPAIO
Colaboração para o UOL
A série do carismático e desmembrado Rayman, criado pelo notável designer de jogos francês Michel Ancel, ganhou uma nova premissa com "Raving Rabbids", passando do gênero plataforma para uma coletânea de minigames. Lançado para o Wii no final do ano passado, o jogo abusava do controle do console da Nintendo. Apesar do humor e da originalidade, o título força a barra ao tentar adaptar seus comandos ao controle e à câmera Live Vision do Xbox 360, fazendo com que alguns de seus joguinhos percam toda a diversão.

Vale pelo humor

Cada arena é composta por quatro minigames, sendo que um é sempre musical - com divertidas versões de "Girls Just Wanna Have Fun", de Cindy Lauper, "La Bamba" e até mesmo da canção grega "Mirsilou", conhecida pela trilha do filme "Pulp Fiction". Rayman deve vencer ao menos três para ter direito ao desafio do dia, mas ao completar todos destrava novos visuais para seu guarda-roupa e canções para seu jukebox, que ficam em sua cela. A prova final do dia é geralmente um game de tiro em primeira pessoa (no qual você não tem controle direto de Rayman, e sim da mira de sua arma) ou uma prova de corrida em bichos.

Sobreviva ao dia e ganhe um desentupidor. Espertinho, Rayman usa o seu prêmio para formar uma escada e tentar fugir da prisão pela janela. Precisará de muitos. Com o tempo, o desprezo dos coelhos se transforma em admiração à medida que Rayman vai sobrevivendo na arena. Ele ganha até torcida e uma cela luxuosa após alguns dias. Suas conquistas também ficam liberadas no modo de pontuação, que traz todos os minigames divididos em categorias para serem jogados individualmente e em qualquer ordem.

O principal problema da adaptação para o Xbox 360 são os controles. No Wii, os minigames abusavam do sensor de movimento do Wii-Remote, exigindo bastante precisão, rapidez, agilidade e até mesmo uma certa capacidade física do jogador. No console da Microsoft, no entanto, toda a diversão cai por água abaixo, visto que são poucos os minigames cujos comandos fazem algum sentido no controle do Xbox 360.

Os desafios que utilizavam o Wii-Remote como pistola, por exemplo, tem a diversão comprometida ao substituir o esquema por uma mira controlada pelo direcional. Outros que exigiam a movimentação rápida e alternada do Wii-Remote e sua extensão Nunchuck para imitar passadas agora necessitam apenas dos botões L e R do controle. Tais exemplos mostram que "Rayman Raving Rabbids" para o Xbox 360 não proporciona a metade da diversão da versão original.

Há também a opção de substituir o controle tradicional pela câmera Live Vision, limitada a uma pequena quantidade de minigames que, quando jogados com o controle, envolvem botões. Contudo, a experiência é prejudicada pela detecção irregular dos movimentos, principalmente nos minigames que exigem sincronia com a música. Se quiser evitar a frustração, melhor ignorar esta opção.

O humor escrachado dos minigames e o carisma dos coelhinhos acabam compensando os desinteressantes esquemas de controle. Há até paródia de jogos como Splinter Cell e alguns ícones da cultura pop. O jogo se salva também pela diversidade - são mais de 70 minigames com os mais variados temas e cenários - e animações caprichadas de Rayman e dos coelhos - impossível jogar sem dar risada com os orelhudos em algum momento. Alguns joguinhos, no entanto, trazem mecânicas muito parecidas, quando não similares.

Coelhos fofos e redondos

Como outros jogos de Rayman, "Raving Rabbids" é colorido e cheio de vida, o que não se traduz em belos gráficos. Apesar da tentativa da Ubisoft em polir o visual do jogo, adicionando mais polígonos aos modelos em 3D e alguns efeitos especiais, ele ainda se parece com um título de geração passada rodando em alta definição, trazendo inclusive momentos de lentidão. Nem mesmo os novos minigames feitos especificamente para o Xbox 360 trazem gráficos genuínos da nova geração. Não se trata de um jogo feio, visto que a direção de arte é muito competente; ele apenas não abusa do potencial do console.

Outro sério problema é o extenso tempo de carregamento dos minigames ou até mesmo das seqüências animadas, que trazem telas com animações engraçadinhas, que tentam nos distrair enquanto esperamos. O fato é que as telas de carregamento são constantes e demoradas, banalizando cada segundo dessas animações.

Por trata-se de um "party game", não oferece uma experiência multiplayer tão agradável e variada quanto os jogos da consagrada série "Mario Party". Embora existam alguns joguinhos que permitam a participação de até quatro jogadores simultâneos, a maioria requer que cada jogador tome seu próprio turno e jogue individualmente (enquanto os demais esperam), para que no final, a pontuação de cada um seja comparada. Apesar de o Xbox 360 carecer de um party game de qualidade, "Fuzion Frenzy 2" continua sendo a melhor opção, se sua intenção é reunir os amigos.

Ao menos, sem cansaço físico

CONSIDERAÇÕES

A versão para Xbox 360 de "Rayman Raving Rabbids" é idêntica à do Wii, mas sem o entusiasmo proporcionado pelo controle sensível ao movimento - e sem metade da diversão. A simples adaptação para um console sem tal função faz com que seus minigames pareçam genéricos, com comandos forçados. Ainda que o jogo não seja ruim, perde todo o brilho da versão original. O humor e variedade, pelo menos, continuam intactos, garantindo muitas risadas.

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    GALERIA

    Rayman Raving Rabbids (Xbox 360)

    21 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Ubisoft Montpellie
    Lançamento: 24/04/2007
    Distribuidora: Ubisoft
    Suporte: 1-4 jogadores, cartão de memória
    RegularAvaliação:
    Regular

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